As brasas

Por Wanilda Tieppo

Vania me entregou este livro dizendo: “Leia, foi o melhor livro que li em 2008”. Fiquei doida para chegar na minha casa e iniciar a leitura. 

É verdade: o livro é lindo, emocionante, instigante. Leitura maravilhosa principalmente na minha idade: 53 anos. Um general com 75 anos é visitado por um amigo inseparável de infância e juventude, estavam afastados por 41 anos. Juntos, num jantar caprichado e muito bem organizado, conversam sobre paixão, honra, vingança e amizade. Fiquei encantada com uma personagem de pouca fala, discreta e sábia.

Por Ana Maria Cerqueira

Nestas férias li alguns livros e um me deu um enorme prazer : “As Brasas” de Sandór Maraí. É pequeno, de poucas páginas, mas de uma força e intensidade marcantes. Comparo-o a outros dois “pequenos” grandes livros: “Um copo de cólera” do Raduan Nassar e o “Homem Comum” do Philip Roth.

Passa-se na Hungria, na primeira metade do século 20, entre as duas guerras mundiais, e narra a vida de um homem, onde um caso de amizade, amor e traição o alimenta até o crepúsculo da sua vida e, para mim, fala, sobretudo, da influência do tempo, da espera e o quanto viver no passado e do passado perde significado quando exposto no presente. Imperdível!

MARAI, Sandor. As brasas. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.