Por: Julia Lerner Marques
Ficha técnica
Livro: A culpa é das estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrinseca
Número de páginas: 283
No livro “A culpa é das estrelas”, John Green descreve de maneira forte, sincera e profunda, os sentimentos de uma adolescente em crise, Hazel Grace, que são extremamente tristes. Ele mostra a vida da Hazel, que está em crise por causa do seu problema (o câncer). E não faz questão de fazer amigos, prefere ficar sozinha, em casa, sem ninguém nem nada, apenas ela e o seus pais.
Aos 13 anos, Hazel Grace foi diagnosticada como câncer de tiroide nível 4, e John Green mostra o sofrimento de uma garota que passa 4 anos precisando de ajuda para respirar, detalhando seus sentimentos de uma maneira insensível, porém verdadeira.. “Vai chegar um dia – eu disse – em que todos nós vamos estar mortos. Todos nós. Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum ser humano para se lembrar de quem já existiu…” O belo trecho mostra que apesar de ser triste uma menina de 17 anos pensar e saber disso, todos nós sabemos que é verdade, só não somos fortes o bastante para admitir.
A dor que ela sente faz com que seus sentimentos sejam cada vez mais profundos: “meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações”. O medo. A tristeza. O desapontemento, da Hazel cria no leitor a vontade, a curiosidade de saber o que vai acontecer.
Apesar de toda dor e sofrimento, John Green também mostra a alegria dela, que é baseada em coisas simples para nós, mas que fazem uma grande diferença para ela, como quando ela se alegra não por ir viajar e sim por poder viajar. Por conta da sua doença, talvez ela não poderia andar de avião, e isso é muito triste, pois ela iria com o seu melhor amigo, que já tinha comprado a passagem, e ela pensava “Talvez, essa seja a minha única chance”. Quando sua mãe conta que os médicos permitem que ela viaje, ela grita: ” MÃE, EU TE AMO TANTO!”
Hazel Grace nos mostra que temos que aproveitar o tempo que nos resta, e a doença? É só um detalhe. Ela mostra que a vida é uma montanha russa, sobe e desce, mas ela quer subir o máximo que puder, antes de despencar.