por Matheus Esposito Almeida Ribeiro
6ºE
Autor: Alexandre Dumas
Editora: Zahar
472 p.
O próprio Robin Hood, de fato, é um bom exemplo para mostrar para o leitor o principal tema do livro, pois tem um coração muito melhor que o coração de vários ricos e nobres, mesmo ele tendo sido criado por um pobre guarda florestal chamado Gilbert Head, em uma humilde casa na floresta de Sherwood. Ele mostra essa qualidade, de ter um coração muito melhor do que de outras pessoas mais ricas e nobres do que ele, em vários momentos do livro: um deles ocorre quando salva um rico e nobre, Sir. Allan Clare, junto com sua irmã, de um assalto de um outlaw (um pobre camponês que rouba ricos) e ainda pede para o seu padrasto hospedar o rico e sua irmã, pois seguramente, mesmo Allan, levando vantagens por ser rico – tendo armaduras e armas melhores do que as do ladrão ou tendo um ótimo cavalo – quem tem que o salvar é Robin Hood, o pobre nobre.
De modo semelhante, outra situação que envolve Robin, mostrando estar errado que pobres não podem ser grandes nobres, acontece quando o pai adotivo de Robin grita: “Meu filho adotivo é conde”. Isso é significativo para servir de exemplo pois, nesta cena o pai de Hood descobre, pelo cunhado, que Robin na verdade é um grande conde tirado de sua vida de luxo pelos ricos assim que seu pai real morreu. Contudo, ao saber disso, Robin não quer o que é seu por direto pois acha muito mais valioso ser o que é: um pobre nobre. Ele prefere ter um bom coração e ser pobre do que ser ruim, mesquinho e toscado sendo um rico. Por tal motivo a tradição oral conta, Robin Hood roubava dos ricos para doar para os pobres.
Em razão de tudo isso é possível refletir sobre “As Aventuras de Robin Hood” como um clássico que quer transmitir a lição de ignorar o preconceito contra os pobres, por causa de sua condição social. O próprio Robin Hood é um ótimo exemplo de que pensar desta maneira preconceituosa está totalmente errado e que Robin não quer ser rico, apenas quer ser o nobre pobre que é.