por Luan Paiva Ferracciú
6ºA
Título: Erik Vermelho: os vikings na América
Autor: Helena Gomes
Ilustrador: Julio Carvalho
Editora: Berlendis & Vertecchia
256p.
Em terras distantes, navegadores valentes e corajosos, se juntaram a Erik Vermelho, que por seus cabelos ruivos, foi apelidado de certa maneira. Esta “orda” de aventureiros foi se enriquecendo com novos acordos, moradias, mercadorias e novos navegadores dispostos a se juntar a trupe e se arriscarem em travessias perigosas, com inimigos que tem como objetivo estragar o sonho de Erik e, que aparecem em momentos que nem você, nem o mais inteligente dos inteligentes imagina, porém juntos vão em busca do “novo mundo”, que está a espera de todos com boas intenções. E assim, nesta aventura emocionante, a obra foi desenvolvida com o aspecto literário muito bem explorado, descrevendo muito bem os locais de onde se passa a histórias, os personagens e suas características tanto físicas, quanto mentais, deixando o leitor cada vez mais exitado em querer ler mais constantemente a obra.
Uma parte das descrições que o autor faz durante o livro, é retratada a cada vez que algo novo, inesperado, acontece na vida de algum personagem. Um bom exemplo, seria quando Leif, filho mais velho de Erik, encontra uma ilha desconhecida pelos nórdicos, a descrição da terra onde chegaram foi bem assim: “A manhã trouxe outras maravilhas para os homens acostumados a um cotidiano áspero, sob condições climáticas desfavoráveis. No lago, pescaram os maiores salmões que já tinham encontrado. Havia frutas silvestres em abundância, relva sempre fresca, árvores que forneciam quanta madeira necessitassem. O gado poderia ser criado livre, dividindo espaço tranquilamente com os outros animais daquela terra. Parecia um bom lugar para permanecerem no inverno.”
As características literárias que o autor usa para nos entreter mais na leitura, como palavras bonitas e ricas que deduzem os acontecimentos de uma forma muito bonita, também é bem retratada nas batalhas que ocorrem durante o enredo, como na batalha principal do livro, quando os nativos da ilha onde Leif se hospedará temporariamente, invadiram o local para uma batalha territorial. Uma parte da descrição da luta foi bem assim: Os nativos surgiram numa manhã nublada, na temida onda vermelha que tomava conta do rio de margem a margem. Dezenas de canoas e corpos pintados, inúmeros braços empunhando arcos e lanças. Conforme o planejado, ao desembarcarem, parte dos guerreiros foi atraída pela clareira e emboscada na dianteira e na retaguarda. Primeiro houve uma chuva de projéteis contra eles, pegos de surpresa, disparados por nórdicos devidamente empoleirados nas copas das árvores na floresta. Como esse estavam em minoria, evitariam ao máximo o combate corpo a corpo. As armadilhas também abocanharam boa parcela dos nativos. A reação, porém, foi violenta e a luta, inevitável.
Resumindo, este é um livro cheio de aventuras, momentos de tensão e suspense, mas, além de tudo, o autor utiliza uma linguagem bem rústica, ou seja, uma linguagem literária bem simples, mas nos deixa bem interessado na leitura, querendo cada vez mais, continuar lendo as aventuras de Erik Vermelho.