Por: Luisa Luz Motta Lopes
Título Livro: “A culpa é das estrelas”
Autor: John Green
Editora: Intríseca
Páginas: 283
Em uma cidade, havia uma menina muito triste, Hazel, que só pensava na morte, e que tinha câncer de pulmão, mas não queria morrer. Nessa mesma cidade, Augustus, que também tinha câncer, mas era muito fraco, veio para alegrá-la. E consegue, eles vivem felizes por muito tempo, mas sabem que o fim de um dos dois está próximo.
Este é um livro espirituoso e ao mesmo tempo muito triste, que trata da história de Hazel e Augustus, que sofrem da doença câncer e que se apaixonam. Eles foram felizes por muito tempo, mas um dia o menino morre e ela sofre.
Os grandes momentos da vida são feitos por amor. E quando esse amor vai embora, o que resta tanto para eles como para todos, é sofrer por algo que foi perdido. John Green apresenta a morte de Augustus com poucas descrições, mas Hazel sofre muito com a morte dele que foi sensível porém desesperadora, tanto para Hazel quanto para a família do Gus. Um trecho do livro que mostra isso é: “Augustus Walters morreu oito dias depois do seu pré-enterro” (…) “Foi insuportável. A coisa toda. Cada segundo pior que o anterior. Eu só ficava pensando em ligar para ele, tentando imaginar o que aconteceria, se alguém atenderia o celular.”
Porém muitas pessoas acham que esse livro é totalmente triste. Não, mas podemos afirmar que o começo e que o final são muito tristes, (mais o final do que o começo) mas no meio tem muitos acontecimentos espirituosos, engraçados. Como quando Augustus chama Isaac e Hazel para fazer seu pré-enterro e Isaac fica brincando com o Gus. O Issac fala:
“Augustus Walters era um filho da mãe autoengrandecedor. Mas nós os perdoamos. Nós os perdoamos porque seu coração figurativo era tão bom quanto o coração literal era ruim, nem porque ele sabia segurar um cigarro melhor que qualquer outro não fumante na história, nem porque ele viveu dezoito anos quando deveria ter vivido mais.
-Dezessete- o Gus disse.
-Estou presumindo que você ainda tenha algum tempo de vida, seu filho da mãe que só sabe interromper os outros. Vou dizer uma coisa para vocês- o Isaac continuou-, o Augustus Walters falava tanto que seria possível interromper a pessoa falando em seu próprio enterro”.
John mais uma vez relata, o fato da morte, dizendo que mesmo depois que alguém morre, você ainda tem de ser feliz, você sofre por um tempo e depois com o tempo supera. E você tem que acreditar que algum dia a tristeza passa e a felicidade volta. E deixa isso esclarecido por causa de sua linguagem rica, sofisticada e ao mesmo tempo brutal deixando todos os acontecimentos muito claros para o leitor.