MIL MUNDOS EM UM SÓ

por Tamara Dokuchaeva
6ºC – Unid. Butantã

Livro: Em algum lugar nas estrelas
Editora: DARKSIDE BOOKS
Autor: Clare Vanderpool
288 páginas

Na obra ¨Em algum lugar das estrelas¨, Clare Vanderpool apresenta Jack, um personagem solitário, que tem um pai que sempre vai a guerras e viaja pelo mundo, e  tinha uma mãe, porém, desde sua morte, o garoto sempre se sentiu culpado por não ter cuidado dela, como teve prometido ao pai. Jack então foi indispensavelmente obrigado a ir para um colégio interno para meninos, onde encontra um garoto muito diferente e também solitário, Early. Neste colégio, o professor de matemática está prestes a formular uma teoria a respeito de que os números infinitos do número Pi acabam, enquanto Early procura novos números para sua história criada. É como se a autora utilizasse alegoricamente os dois personagens para demonstrar aos leitores que cada um determina seu destino a partir de sua compreensão do mundo, como se fossem mil mundos em um só, o mundo normal  cheio de mundos completamente diferentes, os mundos que cada um vê.

A história representa como cada um pensa de um jeito, como Early, que leva sua história muito a sério e sai a procura de Pi, o personagem principal de sua criatividade. ¨- Pi. Aquele professor diz que o Pi acaba, mas eu sei onde ele está.¨ O personagem deixa explícito no livro que sabe onde o personagem Pi se encontra, e irá sair a procura de Pi, apenas por causa de sua compreensão do mundo. Por Early compreender que Pi não é um simples número, e sim um personagem com muitas histórias, ele sai a procura do personagem, que segundo ele existe no mundo real.

No livro, a história criada por Early que conta sobre Pi  está presente no meio do objetivo do professor de matemática. Isso leva os leitores a pensarem que a história também representa como algumas pessoas conseguem continuar a fazer, pensar e viver do seu jeito, apesar de outras pessoas estarem  discordando com elas, como na vida real, todos vivem entrando em conflito uns com os outros, muitos mundos e pensamentos em conflito. Não desistimos, nem os personagens do livro. ¨A história está nos números. Olhe para eles! Os números têm cores… azul do oceano e do céu, grama verde, um sol amarelo e brilhante. Os números tem textura e paisagem, montanhas, ondas, areia e tempestades.¨ Early conta a partir de uma linda descrição o que, para  ele são os números, o que há no mundo dele, apesar de ninguém concordar, e de ninguém ter a vontade de acreditar.

Na vida, há um mundo, em que dentro há outros mil mundos, em que cada um pensa de um jeito, gosta de coisas diferentes, e acredita em coisas diferentes. Às vezes os pensamentos e as pessoas entram em discordância, alguns até entram em conflito, pois cada pensamento pertence ao seu mundo.

UM PONTO REBELDE

por Joana Seacero
6ºC – Unid. Butantã

Livro: Pesépolis
Editora: Quadrinhos na CIA
Autor: Marjane Satrapi
352 páginas

Em “Persépolis”, a autora, Marjane Satrapi, discorda do estereótipo da  iraniana e aposta em sua individualidade de ser. Com isso, a obra vai se desenvolvendo de acordo com seu crescimento.

Com sua grande rebeldia em sua adolescência, a personagem principal gosta de se vestir de punk, o que na época era extremamente proibido. “Minha jaqueta jeans, com o button do Michael Jackson e o véu é claro obrigatório para sair”. Para a época, essa atitude era bastante revolucionária.

A rebeldia da protagonista não apenas apareceu em sua adolescência, mas quando criança Marjane Satrapi, invés de ficar brincando de boneca, como na época todas as meninas de sua idade faziam, ela preferia se juntar ao seus dois amigos (que na “brincadeira” sempre queriam ser o Fidel e o Trotsky) e começaram uma “manifestação” no quintal dela.

“Persépolis”, uma história em quadrinhos, tem ilustrações de modo diversificado, em preto e  branco, com uma história considerada muito significativa em relação a época (entre 1969 a 2008) e aos lugares onde passa (Irã, França e Áustria)

“Persépolis”é uma biografia tratada em quadrinhos, interessante, pois ela entretém o leitor com seu jeito de contar a sua história, e com isso no final o livro passa uma mensagem importante, dependendo seu jeito de visualizá-la, que é: Cada um tem seu jeito.

                                                                                                                                                                                            

 

UMA RESENHA EXEMPLAR

por Leonardo Cassiano De Almeida Mota
6º A – Unid. Butantã

Livro: Garota exemplar
Editora: Intrínseca
Autor: Gillian Flynn
432 páginas

Na obra de  Gillian Flynn ,“Garota exemplar”, um elemento que está muito presente durante a obra, é o “medo”.

Nick Dunne e Amy Dunne eram casados. No dia do 5° aniversário de casamento deles dois, a esposa dele desaparece da casa deles. E com isso seu esposo fica com muito medo de acontecer alguma coisa com Amy (maus tratos, morte etc). Deixou-o tão preocupado, que tenta fazer de tudo para achá-la, chamando polícia em sua casa e investigando o caso, junto com pressão e a escuridão que começou a rondar a sua vida a partir daquele dia. Em todos os capítulos, Nick falava sobre o caso e chega um ponto do livro que ele fica tão maluco com este momento de sua vida, que acaba virando o principal suspeito do caso, pois seu comportamento mudou totalmente que levou ele a ficar diferente também. E com a ajuda de sua irmã gêmea, ele tenta provar sua inocência e investigar o caso de sua esposa ao mesmo tempo. A mãe de Nick havia sido diagnosticada com câncer, e com isso se mudaram para Nova York.

Depois disso ele ficou preguiçoso e Amy ficou brava por causa de sua infidelidade. Isso chegou a um ponto de que ele acabou ficando tão preocupado com o caso, que sem querer acabou acontecendo, que ele acabou virando o principal suspeito do caso de Amy, pois ficou “louco” para ter ela de volta e tudo isso foi por causa de sua infidelidade, que acabou gerando seu medo.

E por isso na obra de “Garota Exemplar”, eu acho que o “Medo” está muito envolvido no livro, que os personagens principais são Nick e Amy.

Se você conhece alguém que gosta de livros que a cada capítulo vai te deixando mais curioso para saber o que aconteceu, a obra de “Garota exemplar” é uma obra muito boa para esse tipo de pessoas.

No livro, o medo, acaba mudando os próprios personagens, Nick era uma pessoa muito legal sempre conversava com seus amigos e o medo acabou o alterando, pois depois que Amy sumiu, o comportamento dele mudou completamente, por isso o medo muda os personagens.

TRÊS COROAS NEGRAS

por Júlia Rangel
6ºA- Unid. Butantã

Livro: Três coroas negras
Editora: Globos livros
Autor: Kendare Blake
304 páginas

Em uma ilha três irmãs rainhas tem um dom precisam se matar para ver quem vai reinar .Desde pequenas são separadas e cada uma vai para uma parte da ilha  ela fazem um treinamento para o festival que é onde elas tem que matar as duas outras irmãs.

 cada uma e força a fazer o que não quer ,matar umas a outras, mas elas decepcionar todos, cada uma é pressionada a por algo.

ou porque ninguém acredita nela, ou porque vai decepcionar todos, como nos primeiros trechos do livro vemos ela está sendo torturada para conseguir ganhar. em outra frase “você não consegue você não vai conseguir”

Elas são bastante pressionadas a fazer aquilo, tanto pelas pessoas que fazem, com que elas fiquem com os pesos nas costas e por outro lado elas não querem decepcionar todos.

 A autora descreve muito bem a forma que elas se sentem quanto aquilo tudo,a obra é muito interessante e com uma curiosidade que te faz querer ler mais ainda do livro. Esse foi o primeiro livro que li dessa autora, mas achei muito interessante, ela deixa uma curiosidade que eu vejo muito pouco nos livros que leio

Essa curiosidade que faz o livro ficar mais interessante a vontade de descobrir quem que vai reinar e quem vai morrer.

 

essa historia tem um final muito surpreendente, o livro inteiro achamos que já sabemos o final, mas quando você termina o livro você percebe que tudo que você imagina estava completamente errado.

 

 

SOBRE SE DECIDIR – RESENHA NOAH FOGE DE CASA

por Rachel Brant Leroy
6ºA – Unid. Butantã

Livro: Noah foge de casa
Editora: Companhia das Letras
Autor: John Boyne
193 páginas                          

Sobre se decidir
A história do livro “Noah foge de casa”, escrita por John Boyne, conta sobre Noah, uma criança de apenas 8 anos que resolve fugir de casa para se livrar de problemas que nem ele mesmo sabe direito que existem, ou, se sabe, não admite. A mãe do menino, doente,  acaba tendo atitudes inesperadas e divertidas, porém incomuns para Noah. Isso acaba fazendo o leitor pensar que tudo o que ela faz, quer apenas aproveitar os tempos que não teve com seu filho antes da sua morte.
“Um dia, Noah Barleywater saiu de casa ainda cedo, antes do sol raiar, antes dos cachorros acordarem, antes do orvalho parar de cair no campo”. Ao sair de casa com o objetivo de chegar a uma cidade que goste, passa por duas cidades estranhas que não o agradam muito, e ao invés das pessoas ignorarem-no como qualquer que poderia aparecer na rua, o culparam por coisas como comer uma maçã.  Até que em um momento chega em uma pequena aldeia onde é recepcionado por uma árvore comum, mas que acaba chamando a sua atenção e, sem perceber, a encara por 1 hora. Noah percebe que o que chama a sua atenção é a construção desalinhada que fica atrás e entra nela, percebendo que é uma loja de brinquedos. O que ele não sabe é que tem algo de mais esperando lá dentro.
O livro “Noah foge de casa” trata indiretamente de uma reflexão para o leitor sobre problemas na família e desejos que não podem ser realizados, em uma história fantástica e maravilhosa. Noah foge de casa por coisas estranhas que vem acontecendo. Sua mãe está doente e toda vez que ele questiona o que está acontecendo, apenas o ignoram ou mentem, fazendo-o ficar na dúvida e se iludir, pensando e temendo a verdade. E é com partes como essa que o leitor vai descobrindo o que está acontecendo:

“ – Desculpe, Noah – ela disse com uma voz cansada. – Mas acredite, não precisa se preocupar. Foi só um pequeno mal-estar. Deve ter sido o algodão doce.
– Mas você não comeu algodão-doce – Retrucou Noah olhando para ela.”

Quando chega na loja de brinquedos do velho, Noah começa a querer viver ali, fabricar brinquedos, morar com o dono, começa a ter desejos que não podem se realizar, ele esquece que tem uma casa, uma família, e que tem apenas seus 8 anos de idade.

“ – Então talvez eu possa ser apenas o seu aprendiz – Sugeriu Noah –  O senhor poderia me ensinar tudo o que sabe. Eu poderia ajudá-lo e…

   – Noah – Disse o velho – Você se esqueceu que já tem casa.

   – Tenho? – Disse o menino

   – Claro que tem.”

“Noah foge de casa”, escrito por John Boyne, autor também de “O menino de pijama listrado”, é muito recomendado para o público infanto juvenil, já que é narrado por um simples menino que ainda está descobrindo o que deve fazer. Sugiro o livro para aqueles que sempre tem vontade de ler mais e mais, pois o velho da loja, contando suas histórias para o menino, acaba contagiando os leitores como se estivesse na verdade contando para eles. Com um final inesperado, o livro acaba com uma grande revelação.

TRÊS RAINHA E UMA RESENHA

por Aline Mie
6ºA – Unid. Butantã

Livro: Três coroas negras
Editora: Globo
Autor: Kendare Blake
304 páginas

Em uma ilha fictícia, chamada Fennbirn, afastada do continente, três irmãs são rainhas herdeiras da coroa, mas apenas uma poderá reinar sobre a ilha.

Cada uma das irmãs tem um poder especial. Katherine é uma envenenadora, capaz de manipular todos os venenos, também sendo invencível à eles. Arsinoe tem o dom de controlar os animais até o mais feroz, e as plantas, fazendo florescer a mais bela flor. E Mirabella possui a habilidade de dominar todos os elementos, como água e fogo. Desde de crianças são separadas uma das outras para treinar essas habilidades com povos diferentes, os envenenadores, naturalistas e elementais.

Mirabella é a rainha mais forte e a única que recebeu sua dádiva (como chamam o dom na ilha) de elemental, é a favorita do templo e acham que será ela a rainha escolhida para reinar. Mas Mirabella não consegue matar suas  irmãs queridas, herdeiras do trono, porém todos desejam que ela o faça. Katherine é uma envenenadora muito fraca, não resistindo a quase nenhum dos venenos, mas tendo uma grande habilidade de envenenar as pessoas e animais. Os demais envenenadores acreditam bastante nela, pois sempre estiveram no poder e continuarão com ele para sempre, por isso Katherine se sente obrigada a matar as outras rainhas. Já Arsinoe não faz brotar nem uma pequena flor e muito menos consegue domar um animal feroz. Seu povo de naturalistas já está acostumado a não estar no poder, fazendo Arsinoe crescer pensando que vai ser morta facilmente pelas outras rainhas.

Quando completam 16 anos são apresentadas para a ilha em um festival, onde demonstram um pouco de suas habilidades. Depois disso a batalha entre elas começa.

Podemos ver tudo isso no livro “Três coroas negras” da autora Kendare Blake.

Nessa história surpreendente a autora nos mostra que as pessoas estão dispostas a fazer qualquer coisa pelo poder, até mesmo matar suas próprias irmãs, como várias outras rainhas de outras gerações fizeram, pois o que importa de verdade para eles é o poder sobre a ilha e não o amor por quem eles amam.

Como exemplo uma das três irmãs diz:  “Eu vou matar as minhas irmãs com a mesma facilidade, Natalia – diz Katherine. – Prometo.” Mas podemos perceber ao longo da história que nem todas as irmãs pensam da mesma forma. “Rainhas não devem amar suas irmãs. Ela sempre soube disso, mesmo quando estavam juntas no Chalé Negro, onde ela as amava de um jeito ou de outro. Mas são rainhas. E precisam morrer.”. O pensamento de uma das rainhas nos mostra que mesmo ela não querendo matar quem ama ela precisa, pois é o que todos querem que ela faça, e se não o fizer acabará morta pelas outras rainhas.

O jeito que a autora descreve as cenas nos faz imaginar muito bem o cenário, personagens e suas ações. Como não existem imagens no livro, tudo fica por conta da imaginação do leitor. O livro causa no leitor uma sensação de surpresa e curiosidade, fazendo com que ele se envolva bastante com a encantadora história de Kendare Blake.

Uma história de outro mundo, onde magias e poderes são reais, ali os reis não existem e apenas as rainhas podem reinar.

 

 

O AMOR MOVE O MUNDO

por Joaquim Lira Viana
6ºA – Unid. Butantã

Livro: A Droga do Amor
Editora: Moderna
Autor: Pedro Bandeira
176 páginas

Na obra “A droga do Amor”, o autor Pedro Bandeira escreve de uma maneira delicada e inovadora sobre uma trama policial infanto-juvenil. A história envolve sequestros e assassinatos, mas também prova a importância do amor, de como ele move o mundo e os que não o têm, ficam tristes e solitários.

O livro trata de cinco adolescentes que tem um grupo, Os Karas. Esses desvendam assassinatos, crimes e sequestros, junto com o detetive Andrade. Um dia, o cientista americano Bartholomew Flanagan encontra a cura da praga do século, a morte, que a imprensa acaba dando o nome de A Droga do Amor. A droga será testada oficialmente pela primeira vez no Brasil, onde o criador também receberá o Prêmio Nobel da Paz após o esperado sucesso. Enquanto isso, Magrí, a única menina dos Karas, está em Nova Iorque, se preparando para competir no Campeonato Nacional de Ginástica. Já no Brasil, Chumbinho, Calu, Miguel e Crânio, os outros integrantes, discutem por causa de seu amor por Magrí, significando o fim dos Karas. Então, Chumbinho convoca Magrí, que finge sua contusão para voltar ao Brasil e tentar ressurgir com a turma. Coincidentemente, no avião da volta para o Brasil, Bartholomew Flanagan, o criador da Droga do Amor, está poltronas a frente de Magrí, a espera do grandioso teste final. Após pousarem, no salão de desembarque, Bartholomew é sequestrado e junto com ele, o remédio capaz de mudar o mundo.

Podemos provar o quanto o amor é importante na sociedade quando a própria imprensa põe o nome da droga de a Droga do Amor, pois eles sabem que precisamos de amor para viver, e que a morte não pode permanecer. Mas também provamos isso quando o próprio autor põe o nome do último capítulo de “O amor pode mudar o mundo”, ou quando o detetive Andrade fala: “[…] acreditava realmente estar numa pista muito segura para a criação do soro que curasse a maldita praga que faz com que o amor entre as pessoas transforme-se em morte”, afirmando que a praga do amor (que deriva da vida) é a morte.

O livro tem momentos comoventes que os cinco amigos passam juntos para descobrir o culpado por trás do sequestro da tão aclamada Droga do Amor, que é de pular o coração da boca. Assim, o livro torna-se um suspense clássico, fazendo o autor contar a história com uma linguagem rica e bonita, mostrando cada detalhe de cada passo dos amigos para resolverem o caso. Pedro Bandeira constrói muito bem os personagens, conseguindo designar cada personalidade, o que não é fácil, e com muita maestria, consegue fazer com que a história flua, que a cada página dê mais vontade de ler.

PULANDO PARA DENTRO DOS JOGOS VORAZES

por Julia Martinez do Carmo
6ºA – Unid. Butantã

Livro: Jogos Vorazes
Editora: Rocco
Autor: Suzanne Collins
204 páginas

No livro ‘‘Jogos Vorazes’’ Suzanne Collins trata um pouco sobre nossa sociedade, pois cada distritos quer ser o mais forte, o melhor de todos e gostam muito de mostrar para as pessoas como eles são bons, o que acontece na sociedade também.

 A história conta sobre um lugar como um país que tem vários distritos e cada um deles quer mostrar que eles são mais fortes, por conta disso foi decidido fazer um jogo que um menino e uma menina de cada um dos distritos deveriam lutar e sobreviver até que todo mundo morra e só reste apenas uma pessoa viva que será o campeão. Essa história é mais focada nos personagens do distrito 12, Katniss que se ofereceu para jogar no lugar da sua irmã mais nova que tinha sido sorteada para participar dos jogos e Peeta que como a irmã de Katniss foi sorteado

Os personagens principais não se conheciam e nunca haviam se falado, porém após serem escolhidos para os jogos acabam se conhecendo um pouco, mas não queriam criar uma relação muito forte, pois só poderia haver um vencedor. Durante os jogos Katniss tenta se virar com suas habilidades de caça e de subir em árvores, já Peeta tenta ir atrás de uma aliança que estava se formando entre alguns distritos, mas tudo isso muda quando a regra do jogo muda para dois vencedores desde que sejam do mesmo distrito, é quando Katniss percebe que Peeta ainda está não está morto e vai o procurar ele e acaba o achando machucado, então decide ajudá-lo, passando remédio em seus machucados e dando sopa.

Ao longo dos jogos os dois personagens acabam criando uma relação muito forte com um cuidando do outro como podemos ver na seguinte parte do texto ‘‘Dou a mim mesma uma série de comandos simples, tais como “agora você tem de se sentar, Katniss”, “agora você tem de beber água, Katniss”. Reajo às ordens com movimentos lentos e robotizados. “Agora você tem de selecionar os suprimentos, Katniss.”.

Quando resta apenas os dois inesperadamente a regra do jogo muda novamente para apenas um vencedor, mas eles não tem coragem de matar o outro então decidem se matar juntos e ao mesmo tempo com uma fruta venenosa ‘‘Desamarro a parte de cima da bolsinha e coloco algumas amoras na palma de sua mão. Depois, coloco um pouco na minha. – Contamos até três?’’. Graças a essa linda atitude dos dois de trabalhar em conjunto rapidamente anunciam que eles foram os vencedores.

No livro o jeito que é descrita as cenas é muito importante para o leitor, pois para entender o objetivo dos jogos de matar  o outro e sobreviver na natureza sem nada é necessário saber onde e como é o lugar que se passa a história.

A SURPREENDENTE GENTILEZA POR TRÁS DE FERA

por Lara Campos de Almeida de Castro Monteiro
6ºA – Unid. Butantã

Livro: A Bela e a Fera
Editora: Universo dos livros
Autor: Elizabeth Rudnick, Cely Couto
216 páginas

Você já percebeu que muito do que você pensa de alguém, todas as suas características ruins, toda a maldade e a arrogância, pode desaparecer com a presença do amor? Que cada palavra que você diz a alguém a provoca um sentimento diferente?

Bela deseja para sua vida muito mais do que sua pequena cidade enfadonha e monótona, Villeneuve, pode lhe dar. Lá, ela é destacada do resto dos moradores por causa de uma independência grandiosa e um estranho amor pelos livros, segundo o ponto de vista dos aldeões. Bela quer um futuro tão empolgante quanto as histórias que lê. Seu pai, Maurice, vai a uma espécie de feira, mas no caminho encontra um castelo semimorto, onde entra em busca de hospedaria. Lá é aprisionado por uma Fera, e esse castelo tem uma história oculta, obscura e sombria. Ele guarda muitos segredos como objetos vivos e maldições. O destino de Bela muda para sempre ao arriscar sua liberdade quando assume o lugar do pai como prisioneira, jurando a ele que escaparia em segredo. Felizmente, os objetos mágicos são gentis com ela e a tiram daquela “cadeia”. A Fera é extremamente arrogante com Bela, tentando ser gentil, o que recebe em troca é um comportamento triste e desumano. A garota tenta fugir do castelo, mas é atacada por lobos pelo caminho. Surpreendentemente a Fera encontra Bela na floresta e a salva daquela gigante alcateia. Depois disso, a relação entre a Bela e a Fera começou a mudar. Eles começaram a caminhar juntos pelo jardim, a conversar sobre literatura e a jantar juntos. Essa obra nos faz perceber que mesmo as pessoas mais arrogantes podem te surpreender com seu lado gentil.

Bela é surpreendida pelo lado gentil de Fera diversas vezes durante a obra. Como no  instante em que ele a salva dos lobos. “Ao se virar, ela ficou perplexa ao ver a Fera. Ele havia saltado no meio da alcateia”. São nos momentos mais decisivos que o nosso lado doce e amável desperta. Nessa ocasião a Fera provou que tinha um pequeno  borrão de amor por Bela, senão, não a teria salvado.

Quando Bela e a Fera começaram a compartilhar mais de seus momentos, a Fera a surpreende outra vez quando completa um verso do livro favorito da garota. “O amor não pode transpor a forma e a honra. O amor não vê com os olhos, vê com a mente.” –  Para a sua surpresa, a voz profunda da Fera se juntou a dela e eles terminaram o verso em uníssono: “Por isso é alado, cego e tão potente.” Bela desconsidera escapar do castelo, pois o borrão de amor que Fera tinha por ela se dividiu em dois, e parte dele foi para o coração da garota.

A cada momento que compartilhavam, esse borrão crescia no coração dos dois amantes. Ao longo dos momentos que passaram juntos, eles se conheceram mais. Tinham bem mais em comum do que imaginavam, e isso os tornava cada vez mais próximos. Ao longo da obra, a Fera fica mais gentil, muitas vezes a solidão e a falta do amor que nos deixam arrogantes, pois como nos tratam é como tratamos os outros.

A Fera tem um passado sombrio que poucos de nós podemos imaginar que um príncipe um dia teve. Ser tratado de uma forma desumana  vai além de um passado triste que não conseguimos superar. Muitas vezes, memórias infelizes nos afundam na escuridão e no ódio, nos afastam  do amor, principalmente quando ele não está por perto. Quando  recebemos um pouco de companhia, essas memórias vão desaparecendo de nossas mentes e o amor ressurge em nossa alma.

Essa obra, um romance imperdível, é uma história sensível e delicada que mostra a importância do carinho, afeto e amor.

ENTRE JULGAR E SE JULDAGO

por Dora de Carvalho Frankenberg
6ºA – Unid. Butantã

Livro: Entre cabras e ovelhas
Editora: Morro Branco
Autor: Joanna Cannon
472 páginas

“Entre cabras e ovelhas”, de Joanna Cannon, é um livro complicado que apresenta muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. A história se baseia em uma pequena vila na Inglaterra, onde Sra. Creasy repentinamente desaparece, sem dar nem um aviso. Com isso vem a lembrança do bebê que foi roubado há 10 anos, e todos os vizinhos, que borbulham em fofocas,  por algum motivo decidem colocar a culpa de todos os acontecimentos em um único senhor, Walter Bishop. O tal passa a ser excluído por todos os outros, e é julgado em qualquer pequena situação.

O livro apresenta dois pontos de vista. O do narrador onisciente, e a narrativa delicada da pequena Grace, de 10 anos, que tem enorme necessidade em contar todos os mínimos detalhes. “Era sexta-feira de manhã. Tilly e eu estávamos sentadas na sala da frente com o catálogo de roupas da Kays e uma garrafa de refrigerante. As cortinas estavam fechadas para manter o calor lá fora, mas ainda assim ele dava um jeito de entrar, e cada vez que eu virava uma página, o papel brilhante colava em meus dedos e não queria se soltar“. Grace e sua melhor amiga, Tilly decidem que é dever delas arrumar a vila, e com a indicação de um padre, passam de casa em casa procurando por deus.

      O livro nos mostra de maneira marcante e profunda como estamos acostumados a definir alguém por algo que deduzimos. Todos pensam que sabem às ideias que o Sr. Bishop tem sobre o mundo, apenas pelo modo como ele age, fotografando tudo e todos, e seu modo quieto de ser. O menosprezo é fortemente apresentado no livro por todos, que estão acostumados em julgar sem saber. Apenas julgar. “Era sexta-feira de manhã. Tilly e eu estávamos sentadas na sala da frente com o catálogo na sala da frente com o catálogo de roupas da Kays e uma garrafa de refrigerante. As cortinas estavam fechadas para manter o calor lá fora “. A vida de Walter Bishop por trás do que todos sabem é diferente e serena, e Grace e Tilly parecem ser as únicas a se importarem em entender seu outro lado, aquele que todos preferem esquecer, ou até descartarem a possibilidade desse lado existir. É interessante ver que as únicas que se importam com o homem são duas crianças. Ver que tão pequenas pessoas sentem a necessidade de entender mais sobre isso mostra que nós nos construímos, formamos nossa opinião. Se Grace e Tilly seguissem a ideologia da vila, elas nunca ousariam a trocar palavras com o estranho Walter Bishop.

         Todos guardam segredos, e a única pessoa que sabe de tudo é Margaret Creasy. “Margaret era a única que sabia de tudo. Agora nossos segredos estão soltos, sem rumo. Ninguém sabe o que esperar. Se Margaret estiver morta, nossos segredos morreram com ela “. Margaret era a única que conversava com Walter. Era a única pessoa que o entendia. Com seu sumiço, ele é ainda mais . É bonito e ao mesmo tempo triste ver como ele pensa sobre como o julgam. “Acho que você pode suportar qualquer coisa se às experimentar por tempo o suficiente(…)”

“-Às pessoas acreditam em coisas mesmo sem saber se são verdadeiras – Eu disse.

– Porque, todo mundo acredita na mesma coisa, isso faz com que se identifiquem. É como se pertencessem ao mesmo grupo. – Disse Walter.

– Como um rebanho de ovelhas – Disse Tilly

         John Creasy, o marido, também desamparado com o desaparecimento de sua amada esposa, passa a se excluir de tudo e todos, que começam a estranhá-lo, como se não entendessem a sua dor. Comentários como “Ela está morta, certeza” ou “Se fosse para voltar ela já teria voltado” o deixam para baixo, e ninguém parece se importar.

         É uma linda narrativa para quem está se descobrindo, ou quer alterar sua visão sobre o mundo e refletir sobre suas ações.