O medo contra a verdade

Por: João Ryoki Gutierrez Inoue

Ficha Técnica

Livro: Minha Querida Assombração

Autor: Reginaldo Prandi

Editora: Companhia das letrinhas

Numero De páginas: 138

 

O Medo Contra A Verdade

O assustador livro Minha Querida assombração, de Reginaldo Prandi, tem um final surpreendente, pois apresenta uma hesitação mais do que fundamental para o livro, que deixa o leitor com muitas dúvidas no final.

Essa hesitação vem de que, um dia um sociólogo faz uma viagem ao campo, com seus filhos. Lá na fazenda todos são muito bem recebidos por dona Santa, seu Juvêncio e os empregados. Porém durante a incrível viagem dona Santa vai contando histórias de terror, como por exemplo a dos gêmeos do espelho. Essa história é de um casal que tinha gêmeos e um era mau e outro era bom. Um dia eles viajaram para uma fazenda, quando o celeiro pegou fogo e os gêmeos estavam  lá, o pai podia salvar só um, então ele salvou o bom, a partir dai toda vez que o filho bom vê um espelho ele vira seu irmão, entre outras. O mais estranho é o fato de coisas parecidas com as histórias acontecerem na realidade, como um casal aparecer com um filho e todos esconderem os espelhos

Em “minha querida assombração” tudo está a um fio da magia e da realidade. Por exemplo, há um personagem muito enigmático. Em uma noite, seu Juvêncio, marido de dona Santa, aparece para ouvir as histórias de sua esposa e reclamar delas. No entanto, os outros personagens percebem que ele nunca está presente nos almoços, situações que reúnem todos em um momento de confraternização. Em determinado momento, Rita pergunta sobre ele  e as cozinheiras falam que ele está morto há mais de 30 anos. Quando dona Santa foi contar uma história, seu Juvêncio apareceu com uma palidez de “cadáver”:

“Nesse instante Juvêncio, o marido de dona Santa, entrou na sala com uma palidez peculiar(…)”

Com esses indícios sabemos que devemos tomar sempre cuidado.

Se você gosta de um livro e um enredo muito interessante, e de adentrar em histórias incríveis de terror, esse é o seu livro.

Com amizade ou com realidade?

Por: Antonio Fonseca Kehdi

Ficha técnica

Título do livro: Criatura contra Criador

Autora: Sarah K.

Editora: Barco a Vapor

Número de páginas: 270

Uma série de assassinatos ocorre, e Victor, um professor dedicado e inspirado, percebe que os homicídios são os mesmos presentes em seu antigo esboço de um romance. Ao longo do livro, Victor tem encontros distantes com seu personagem sempre envolvendo muito mistério, e, quando tudo indica que Pierre Boulkachietsky, seu melhor amigo, é o culpado, descobrimos que Pauline, mãe de Pierre, é a pessoa que comanda os assasinatos.

Em “Criatura contra Criador”, apesar do nome infantil, é tratado um terror psicológico sufocante, provocando sentimentos extremos do que é realidade, ou do que não é. Fazendo você desconfiar de seus melhores amigos.

Numa certa parte do livro, o leitor entra em transe, por conta de uma série de sonhos e alucinações de Victor, uma delas no trecho: 

-É nojento o que você fez!

-E o que foi que eu fiz?

-Acusar seu amigo de infância. Ir fuçar nas coisas dele, no apartamento dele.

-Não é culpa minha! Foi o comissário que me meteu essa ideia na cabeça. Eu precisava ter certeza”

Este trecho mostra claramente como certos acontecimentos podem fazer com a loucura tome sua alma, chegando ao ponto de ter uma série discussões consigo mesmo. 

Quando o detetive encarregado do caso informa Victor que uma pessoa envolvida a uma pista diretamente ligada ao assassinato era P.Boulkachietsky, Victor e o leitor se congelam, será que Pierre era o culpado? Este trecho faz refletir como confiamos nas pessoas que amamos e duvidamos cegamente quem é o inimigo. Quando Victor duvida da única verdade provável, ele corre sério perigo.

Este livro, apesar do final “tranquilizante”, faz você refletir como é perigoso confiar em pessoas quando não deve, porque, apesar de toda confiança que você deposite nela, ela pode te querer o mal.

Amizade é amizade

Por: Ana Julia Tanaka

Ficha técnica

Título do Livro: Lin e o outro lado do bambuzal

Autora: Lúcia Hiratsuka

Ilustradora: Lúcia Hiratsuka

Editora: Barco a vapor

Número de páginas: 72

 

A amizade está presente em todo lugar, não importam as condições, mas é preciso ter coragem para achá-la, Lin, um pequeno e curioso filhote de raposa, corre atrás de um misterioso, porém lindo e encantador som que ouve de dentro da floresta. Depois de atravessar o grande bambuzal ele descobre uma bela casa com uma menina tocando flauta. A partir daí ele passa a visitar Yumi, a menina que estava tocando, todos os dias, desse modo uma forte corrente de amizade nasce entre os dois. Quando a menina derruba a bandeja com bolinhos em um chá da tarde, Lin percebe um coisa que não era evidente, a menina não pode ver, ela era cega. Ela sempre sabe quando ele está chegando por mais que não possa vê-lo…

Grandes revelações ocorrem a partir daí: “A menina segurou a mão de Lin. Era uma patinha. Assustado ele tentou recolhê-la. Mas Yumi segurou firme e amarrou o sino com um cordãozinho. Lin ficou sem saber o que fazer. Deu um passo para trás e perguntou: -Você já sabia que eu era um filhote de raposa?”. Yumi já sabia disso… ainda assim ela insistiu na forte e maravilhosa amizade que unia os dois.

Lin conhece um toco de bambu, que está em fase de crescimento, mas tem um grande coração. O toquinho e a raposa conversam por muito tempo e uma nova corrente de amizade é formada, quando os dois se encontram, o bambu faz de tudo para tentar ajudar nos pequenos problemas da raposa, apoiando-o e dando conselhos. O toquinho, sempre que percebe que a pequena raposa está para baixo faz de tudo para animá-lo “-Não fique assim, você vai conseguir!”. Lin e o bambu são dois seres bem diferentes, mas isso não importa, eles são amigos, só isso interessa.

O livro “Lin e o outro lado do bambuzal” é bem infantil, mas fala de uma maneira disfarçada sobre a amizade, Lúcia Hiratsuka quer nos ensinar que a amizade não é uma coisa simples que pode ser descartada, ela é uma coisa valiosa pela qual devemos insistir, a autora escreveu um livro simples e infantil para tentar nos ensinar isso desde cedo. Esse livro é bem infantil a primeira vista, mas exige um leitor mais experiente para ele poder entender que Lúcia fala sobre a amizade em quais quer condições, um leitor novato provavelmente acharia que é apenas mais um conto simples que foi apenas escrito sem um propósito.

A amizade é uma coisa valiosa que está presente em todo o lugar, não importa se a pessoa é normal ou não, não importa se ela tem dinheiro ou não, apenas importa que ela é sua amiga. Esse livro infantil retrata sobre a amizade de forma simples, mas feliz e divertida usando como exemplo três seres bem diferentes.

 

As verdadeiras intenções

Por: Ana Clara Moreira da Silva

Ficha técnica

Título do livro: A Guerra dos Fae – As crianças trocadas
Autor do livro: Elle Cassey
Editora: Geração Jovem
Números de páginas: 285

O livro “A Guerra dos Fae” – Volume 1, “As crianças trocadas”, conta a história de Jayne, uma adolescente de dezessete anos, como todas as outras, que não gosta da escola, não presta atenção na aula e é um tanto desbocada. Seu melhor amigo Tony, por mais incrível que pareça, é totalmente diferente da garota. Presta atenção na aula, faz parte de vários clubes extracurriculares e está sempre ansioso para não perder uma migalha de sabedoria vinda do professor. Um dia, Jayne vai à casa de Tony depois da aula, e lá ele pega um mochilão. Agarrando o braço da menina, ele sai de casa decidido. “‘Para onde estamos indo?’ Pergunta a garota. ‘Para a rodoviária. E, de lá, para Miami’ –  retruca Tony”. Então vão até Miami, fugindo de casa.

O primeiro volume da saga de 4 livros conta sobre a realização de um experimento com uns jovens, todos na mesma condição de Jayne e Tony, fugitivos de casa. Um dia veem um folheto anunciando um experimento que daria 500 reais para quem realizasse o experimento. Isso, lógico, ajudaria a todos, que viviam sem dinheiro algum, então concordaram em participar.  Mas, na verdade, no fundo, esse teste só serviria para os organizadores dele verem se os jovens têm sangue de Fae, uma comunidade de seres sobrenaturais. E se sim, ativar esse sangue no fim de tudo. O livro é contado em primeira pessoa por Jayne, que é obviamente uma das personagens principais. O legal do livro é que, no entorno todo, nem Jayne, nenhum de seus amigos, conseguem perceber que esse teste era para observar suas habilidades, e ver se são dignas de habilidades de Fae. Acham que é um teste normal, mas os organizadores do experimento conseguem fazer com que ninguém descubra o que realmente está acontecendo. No livro, o próprio Jared (O jovem que acabou levando todos os jovens para o armazém) mesmo é um Fae, e oferece ajuda para ter mais a quem recrutar para os Fae da Luz que ajudem na guerra contra os Fae das Trevas.

Algo que comprova que o livro consegue enganar os jovens com esse experimento é esse acontecimento, quando Jayne e Tony chegam em Miami e logo que descem do ônibus, pegam um mapa para localizar um canto para ficarem. Porém, misteriosamente um rapaz loiro aparece, oferecendo ajuda. Jayne desconfia e fala que não precisa de ajuda nenhuma, mas o jovem continua insistindo até que, cansada, Jayne fala ” – Está bem. Quer nós ajudar? Mostre um lugar barato para a gente comer e dormir. – Estiquei o braço e quase esfreguei o mapa na cara dele.” Jared, o loiro, manda seguirem-no. Tony e Jayne seguem seus passos, e acabam se deparando com um velho armazém. Outro trecho, por exemplo, é quando eles estão no meio do experimento, que consiste em amarrar uma bandeira em quatro balizas em lugares distintos da floresta. Outra parte do livro que comprova essa coisa de Jayne não perceber, talvez até duvidar um pouquinho.. Mas não descobrir a verdadeira intenção do experimento, é quando eles estão amarrando uma bandeira em uma baliza, e acham uma bandeira amarela velha, que já estava lá a muito tempo. Mas o problema, é que amarelo era a cor de Jared, que havia amarrado a bandeira em anteriores recrutações. Por mais que Jayne duvide um pouco das coisas, continua o livro sem saber o real motivo daquele teste.

Então, se você é alguém que gosta de seres sobrenaturais, guerra, mistério, e ansiedade, este livro será ótimo e envolvente para sua leitura!

A realidade adolescente.

Helena Carpenter

Ficha tecnica

Livro: Quem é você, Alasca?

Autor: John Green

Editora: Martins fontes

Número de páginas: 229

A realidade adolescente.

O livro “Quem e você, Alasca?”, de John Green, é um dos primeiros da lista dos livros mais vendidos do New York Times, narra a simples história de um jovem, apelidado de “Gordo”, que vai para um novo colégio chamado pelos alunos de “Creek”, onde conhece uma linda menina com o nome de  Alasca , que os mete em confusões.  A história, conta sobre algo do cotidiano em um pedaço, no outro ela é escrita de uma maneira inovadora. Os detalhes que complementam a história de maneira única a deixam comovente.

 O livro é separado entre ‘antes’ e ‘depois’ e no antes a vida é normal, até que, o livro muda no meio da noite os personagens são acordados pela Alasca, dizendo que precisava sair do campus, e sem perguntar, distraíram o diretor para ela sair, até aquele momento eles não desconfiavam que no inicio da manhã eles seriam avisados de que: “Ontem à noite, Alasca Young teve um terrível acidente de carro, ela faleceu. Ela morreu.” A partir daquele momento, começa o depois, a vida das pessoas nunca seria a mesma, ela se tornaria um mistério.

A história também obtém frases únicas, enriquecendo o enredo da história, como  enquanto Alasca estudava pré cálculo, e explica por que ela fuma tanto: Vocês fumam para saborear, eu fumo para morrer”, ela poderia muito bem ter simplificado, mas o autor opuita por criar um personagem eniguematico

Há também uma frase que é uma reflexão: “Ela gostava de mistérios tanto  que tornou sua vida um deles”. Ela por todo o livro foi enigmática e nunca dizia muitas coisas, como resposta para perguntas que indicavam sua morte, e tocou o corações de todos os que conheceu.

 

Tragédia de amar

Por: Raissa Marques

Ficha técnica

Titulo do livro: A Culpa é das Estrelas

Autor: John Green

Editora: Intrínseca

Número de páginas: 283

Hazel Grace é uma adolescente de dezesseis anos, paciente terminal, descobriu o câncer aos treze anos, faz faculdade e tenta levar a vida como uma adolescente comum. Sua mãe insiste que a filha vá a uma reunião de grupo de apoio composto por jovens que possuem a mesma doença que ela. Apesar de Hazel não ser a favor dessa ideia, passou a frequentar o grupo de apoio e conheceu Augustus Waters, um garoto charmoso, filósofo e cheio de surpresas. Juntos, decidem preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Uma obra bela, ambiciosa e emocionante que John Green, um dos maiores escritores mais queridos pelo público jovem, tratando-se sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar, que coloca uma adolescente como protagonista, como uma porta-voz da doença. Fazendo com que o leitor se prenda em relação a história.

A escrita de John Green é fantástica, sabendo dividir os sentimentos construídos durante a narrativa reflexiva e densa. O amor entre uma garota com câncer e um garoto charmoso faz se tornar um livro mais atraente, mais curiosa aos adolescentes.

Os detalhes expressados de forma criativa pelo autor deixam o leitor mais envolvido com a história. Por exemplo, Augustus decide fazer um pré funeral pra si mesmo e Hazel diz: “Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maiores que outros… Há dias, muitos deles em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter. Queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve.” Um trecho muito famoso para os leitores do livro, e a frase mais reflexiva do livro, demonstra o sentimento da personagem.

Outro trecho muito bonito é quando o autor descreve o modo de que Gus morre: “O Augustus Waters morreu oito dias depois do seu pré enterro, no Memorial, na UTI, quando o câncer finalmente parou seu coração, que também era feito dele.” A dor no coração de Hazel encerra toda a beleza do texto.

Esse romance reúne todos os ingredientes básicos do gênero, despertando uma curiosidade densa, sem dúvidas, establece uma relação de prazer na leitura. Apresenta o amor entre jovens que vão preenchendo seu infinito e seus dias de suas páginas em branco.

Minha querida assombração

Por: Olivia Rocha

Ficha técnica

Título do livro: Minha querida assombração

Autor do livro: Reginaldo Prandi

Editora: Companhia das letrinhas

Número de páginas: 138

 

Quando comecei a ler o livro “Minha Querida Assombração”, o mesmo me tocou de um jeito que nunca pensei que um livro de romance, terror e mistério jamais me tocaria. Uma mistura de terror, mistério e romance, que faz com que o leitor entre na magnífica história.

“Minha Querida Assombração” é um livro com histórias de terror e ao mesmo tempo romance, sempre despertando um pouquinho de mistério.

O romance se apresenta nas histórias contadas por dona Santa, normalmente, personagens se apaixonam por fantasmas, ou algo do tipo. O terror aparece na própria história, e também  nas historias dentro do livro, como a a primeira história, chamada “A Noiva Da Figueira”.

Essa história apresenta o romance, pois uma moça se apaixona por seu criado, e ela é obrigada a casar com um outro homem, que é muito rico, e não querendo ser sua mulher, essa mesma moça enforca-se em uma figueira.

Já o terror aparece mais na última história, junto com romance, claro! Nessa história, um viajante se apaixona por uma linda moça da cidade, que na verdade é uma fantasma. Quando o homem leva a mulher para casa, ele empresta o seu sobretudo a ela, e no dia seguinte ele não a encontra, e pergunta para todo mundo se tinham visto essa linda moça, até que uma hora um homem entendeu quem ela era, e mostrou seu tumulo, e junto ao retrato da mulher, havia a capa de chuva do viajante;

“Então o viajante encontrou sobre o tumulo de sua amada, seu companheiro sobretudo, ao lado de um retrato de sua querida assombração.”

Uma história linda e misteriosa, incrível para quem quer um livro que toque a si mesmo e ao mesmo tempo que dê um pouco de suspense em sua leitura.

 

Os Ratos

Por: Humberto Granado

Ficha técnica

Título do livro: Maus

Autor: Art Spiegelman

Editora: Companhia das Letras

Número de páginas: 296

 

Um dos quadrinhos mais impactantes que eu já li. Esta trágica história real, é sobre uma família judia que vive na Polônia durante a segunda guerra mundial, mostrando o seu sofrimento, suas angústias e seu imenso e doloroso medo. O autor ao escrever esse livro teve uma ótima sacada de mostrar os personagens de uma maneira diferente, ele pôs os judeus com rostos de ratos, os alemães com os rostos de gatos, os poloneses de porcos, os americanos de cães, os franceses de sapos. A escolha de colocar os judeus como ratos foi para demonstrar como eles se sentiam na quela guerra, todo o seu sofrimento, sua angustia e seu doloroso medo de morrer. Dentro do livro a pior parte que inclui tudo isso é quando ele é levado para o campo de concentração, e começa a viver lá prisioneiro dos alemães.

Os personagens do livro são todos retratados como animais para que cada um represente alguma coisa, os ratos são os que estão fugindo, os gatos os que caçam, os porcos são os que sofrem e os cães os que estão atrás dos gatos.
Todos esses aspectos são o que tornam este livro uma obra tão incrível.

Cada um com seu capítulo

por: Lola Aguiar


 

 

Ficha técnica
Série: Heróis do Olimpo

Autor: Rick Riordan

Editora: Intrínseca

“Heróis do Olimpo” é uma série fascinante de cinco livros, que é uma continuação da famosa série “Percy Jackson e os Olimpianos”, ambas escritas pelo escritor Rick Riordan. A série narra a explêndida aventura de 9 semideuses ao todo, que são filhos de humanos mortais com deuses imortais do Olimpo, e um sátiro, uma criatura cuja é metade homem e metade bode, em uma grande missão, na missão da mais nova grande profecia, contra  a ardilosa deusa da terra, Gaia. A profecia é anunciada no último livro da série “Percy Jackson e os Olimpianos”,  “O último Olimpiano”, que diz o seguinte:

 

Sete meio-sangues responderão ao chamado

 

Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado

 

Um juramento a manter com um alento final

 

E inimigos com armas na portas da morte afinal.

Apesar de ser complicada, mesmo não lendo a série anterior, o leitor acaba entendendo a profecia, com as outras profecias menores também anunciadas nas aventuras menores dos primeiros livros de “Heróis do Olimpo” e com as incríveis descrições das situações que o narrador faz. Espera. Não eram narradores? Ou um só onisciente de tudo? Ah, o narrador…Outro fato bem interessante desta série.

 

Rick Riordan fez uma escolha muito interessante por criar um narrador onisciente, mas que, em cada capítulo, é específico para cada personagem, que conta tudo de seu ponto de vista. Isso  faz o leitor pensar qual o tipo de narrador (onisciente, personagem, personisciente ou outra coisa?) desta narrativa surpreendente que o leitor nunca sabe o que esperar.

 

Rick Riordan fez esta escolha por um narrador onisciente, mas onisciente dos pensamentos de cada personagem em seu capítulo, pois como vários personagens são principais, é bom ver a história do ponto de vista de cada um, ver com o que a narrativa se relaciona com seus pensamentos, seu passado. Isto é muito interessante, pois quando temos um narrador onisciente geral, não nos focamos muito bem em um personagem específico e o que está acontecendo com ele, apenas na situação como um todo, nos focamos apenas no livro, de maneira geral. Deste modo, nos concentramos em cada personagem de uma vez, que não deixa de falar dos outros, mas conta tudo de seu ponto de vista, do que se passa em sua cabeça naquele momento, o leitor sente como se o personagem estivesse contando sua história diretamente para ele. Por exemplo, no quarto livro, “A Casa de Hades”, fica muito mais clara essa divisão dos pontos de vista diferentes de cada pessoa, quando dois dos personagens principais, semideuses, estão no Tártaro, o lugar que todos monstros vão quando morrem, e o resto da tripulação no grande navio Argo ||, que navega tanto nos instáveis ares, quanto nas águas sombrias. O narrador em alguns capítulos conta o ponto de vista dos personagens que se encontram no Tártaro, pensando em como estaria a situação no navio, e os personagens do Argo || pensando como estaria a cena no Tártaro. Não só como o autor diferenciou a narrativa dos personagens nos diferentes lugares, mas diferencia o ponto de vista de cada personagem do Argo ||  e de cada personagem do Tártaro sobre a situação. Isto é uma característica muito interessante para uma narrativa com esta.

Também, como todos os livros de Rick Riordan, a narrativa desta série é uma grande aventura, em que a vida ou morte de personagens estão envolvidos de uma maneira que o leitor também acaba entrando neste jogo e é uma história totalmente surpreendente, tanto pelo modo que o livro te suga para dentro dele e que você não consegue não pegá-lo para ler ao vê-lo em cima de sua mesa, quanto como você nunca sabe o que esperar, nunca sabe o que vai acontecer, e que, quando formula uma opinião, o que de fato acontece, te tira o fôlego de tão surpreendente que é, (na maioria das vezes no sentido bom). No segundo livro da série, “O Filho de Netuno”,  Frank Zhang, um dos personagens principais da história, está na busca pela descoberta de qual é o grande “dom” que sua família possui, o dom de que sua avó, uma pessoa fria e severa, lhe falou tanto das histórias dos heróis de sua família. É possível pensar várias coisas sobre o que será, tanto moderamente normais, quanto malucas, pela história ser de coisas inexistentes. Mas é muito difícil imaginar o que este dom que é de fato, ainda mais com a personalidade característica do personagem, o que o dom é de fato é uma grande surpresa. Você conseguiria imaginar que o dom que a família Zhang possui é o poder de se transformar em qualquer bicho, existente ou não?

 

“Heróis do Olimpo” é uma série muito gostosa de ler, pois apesar de ser uma aventura bem intensa, o livro te “pega” de um jeito que você não consegue parar de ler, sente um enorme prazer em ler. A maioria dos livros de Rick Riordan é assim e isto é uma característica bem marcante do autor, e, também, da própria série.

As Dores de um Pé na Bunda

Por: Luiza Leme Abrahão

Ficha Técnica:

Livro Resenhado: O Teorema Katherine

Autor: John Green

Editora: Intrinseca

Números de páginas: 299

O livro “O Teorema Katherine”, de John Green, conta de uma maneira sensível e um pouco trágica a vida de um garoto prodígio chamado Colin que decide fazer um teorema sobre o seus namoros com meninas chamadas Katherine. “Quando se trata de garotas, todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguístico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays e muito menos Catherines. K-A-T-H-E-R-I-N-E. Colin conhece Katherine. Katherine gosta de Colin. Colin e Katherine namoram. Katherine termina com Colin. É sempre assim.”

Após o forá das 19 namoradas, ele decide viajar com seu amigo Hassan para ver se consegue preencher esse vazio dentro dele. Durante a viagem ele tenta fazer um teorema chamado “O Teorema Fundamental da Previsibilidade de Katherines” para saber quando e quem vai terminar os namoros, mas acontecem muitos imprevistos na viagem e no teorema, quando você vê um pouco do lado trágico do livro. Isso aparece quando  Colin e Hassan vão caçar um porco, mas acaba que o porco OS ataca eles, então tentam atirar no porco para mata-lo, só que na verdade acertam um ninho de vespas que saem picando-os.

Por outro lado acontecem muitas coisas boas e várias descobertas que trazem o lado amoroso e sensível. Como quando Colin descobre que na verdade foi ele quem terminou com a Katherine 3 e fica triste por sua memória ter falhado, ou quando começa a namorar uma menina que conheceu em sua viagem, Lindsey Lee Wells. No final do livro, Colin descobre que “o teorema não funciona por um simples fato da vida, não podemos saber o futuro”, mas ele não fica triste, pois preencheu seu vazio com Lindsey.

O livro é exelente, com um enredo muito bonito e que consegue capitar a dor do amor não conrespondido. John Green sempre escreve sobre temas sérios da vida, presentes na realidade ou que muitas pessoas sofrem, como o câncer ou o amor.