Por:Thiago Pace
Ficha técnica:
Livro: “Os Miseráveis”.
Nome do autor: Victor Hugo.
Editora: Cosac Naify.
Número de páginas: 1288.
Edição: Terceira de quatro.
Dimensões: 245 x 173 x 78 mm
Peso: 2.320 kg
Resenha: Ânimo político e linguagem reunidos num só livro
“Os Miseráveis”, de Victor Hugo, feito no contexto social da revolucionária França do século XIX, apresenta-se contra a ignorância aos pobres de maneira emocionante e nunca antes de sua publicação feita, tornando-se autêntico e original.
De fato, nada igual antes foi escrito, pois Victor Hugo usa a linguagem com maestria – o que torna o enredo, e assim o livro, muito mais cativante- para uma coisa que, naquela época, era ignorada, isto é, a pobreza – como mostrado no prefácio da edição. Eis aqui um trecho do próprio prefácio que mostra a indignação do autor aos burgueses, que ignoravam os pobres naquela época, e o seu sublime uso da linguagem: “Enquanto por efeito de leis e costumes, houver proscrição social, forçando a existência, em plena civilização, de verdadeiros infernos, e desvirtuando, por humana fatalidade, um destino por natureza divino […], enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis”. Victor sente tanta necessidade de que a pobreza deixe de ser ignorada que muitas vezes faz apelos políticos, o que até nos faz conhecer o pensamento político da época. Um exemplo do livro que apoia este argumento é quando, depois de um enorme discurso, ele faz mais um apelo político contra a plutocracia e o poderio da burguesia e sugere uma então igualdade entre as classes.
Apesar disso, o livro não é nenhum “Manifesto comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, isto é, um texto inteiramente político, pois também fala de outras questões duvidosas – como o amor.
Além disso, está edição traz algumas raras, porém belas, ilustrações.
Obra de leitura emocionante e inovadora, feita com intuito magnífico e realizada de maneira sublime, “Os Miseráveis” é um ótimo livro para todos que gostam de pensar e se emocionar. Tenha certeza de que “Os Miseráveis” não é um livro miserável!