Por Angela Müller de Toledo
História em forma de diário de uma adolescente chamada Mary que viveu na Inglaterra do séc. XVII.
A garota morava com a avó à beira de uma floresta quando a anciã foi presa e enforcada por praticar bruxaria.
Para tentar escapar do mesmo destino, Mary embarca para a América na esperança de poder viver numa sociedade mais tolerante. Porém, não é isto o que acontece, pois nada será fácil para ela, a começar pela exaustiva viagem de navio.
Trata-se de uma narrativa ágil, na qual não faltam intrigas, mistério e uma boa dose de aventura. A protagonista é uma menina inteligente, perseverante, fiel à sua própria natureza e valores. Mary faz seu caminho na vida apesar de todas as dificuldades. O leitor ficará surpreso ao perceber quantas das questões dela são comuns aos jovens de hoje.
O texto é profundo e bonito. Mary é uma feiticeira, mas sua história é bem diferente da do bruxinho Harry Potter. É para aqueles que têm maturidade suficiente para entender o quanto pode ser difícil ser diferente numa sociedade preconceituosa.
REES, Célia. Filha de feiticeira. Trad. Manoel PauloFerreira.São Paulo:Cia dasLetras, 2002.