FUMAÇA NA MENTE

Titulo: “Fumaça”
Autor: Antón Fortes
Ilustrador: Joanna Concejo
Editora: Positivo
40 p.

O livro “Fumaça” conta a história de um garoto misterioso que vive um dos vícios do mundo, a guerra. O autor conta a história da visão de uma criança sobre a guerra, ele mostra como uma coisa tão sofrida, para uma pequeno ser humano é algo tão simples, o garoto vai levando na brincadeira, enquanto a mãe vai adiando cada vez mais a mentira de que eles estão em uma guerra, ex: O pai da criança acaba desaparecendo no campo de concentração e a mãe vai fingindo que ele só saiu para trabalhar.

Mas mesmo assim o conto não fica fácil, ele deixa o conto mais difícil, o autor faz o leitor pensar, principalmente quando algo importante aparece na história, faz com que o leitor reflita em toda a guerra que o mundo criou e que ele deve fazer a sua parte, pois a única guerra que uma pessoa deve lutar e a guerra do dia a dia.

O pequeno menino acaba vivendo uma mentira que adia cada vez mas a confusão em sua cabeça, um trecho que mostra muito a mentira é esse: “Hoje perguntei para mamãe aonde papai havia ido. Ela me disse que papai havia ido fazer compras, comecei a rir e disse que quando ele chegasse com as compras eu iria ajuda- lo, pois poderiam estar muito pesadas, e ele não iria aguentar…”.

Esse trecho mostra muito isso, pois a mãe fala que o pai havia ido apenas fazer compras, e isso é uma mentira, pois o pai havia morrido.

O autor não usa tantos detalhes para o personagem primário, mas utiliza detalhes para personagens secundários, como o menino chamado Vadio que é como se fosse o melhor e único amigo do menino naquele local.

O pequenino conta o dia a dia da guerra, como se fosse o dia a dia de sua vida, um trecho que mostra muito essa simplicidade é esse: “Hoje Vadio e eu estávamos levando água para os homens, o Vadio derrubou tudo sem querer, pois não era tão forte, então os homens bateram nele…”

Outro trecho que mostra esse jeito de levar as coisas, é esse: “Hoje as mulheres que estavam com a minha mãe esconderam eu e o Vadio, para que os homens não nos encontracem, nós estávamos brincando de esconde – esconde, ai eu e o Vadio encostamos na parede e fomos campeões”

Nos dois trechos mostra o pensamento da criança, como é simples e feliz. O que ajuda muita a criança a não ter pensamentos ruins é o fato dela não saber a onde ela esta.

O narrador é o próprio menino, então é muito mais interessante a sensação de primeira pessoa, pois você se coloca no lugar da criança.

Por: Vitor Afonso Pimentel