Uma fantasia no Mundo da realidade

 Por: Laura Murakami Conte

Ficha técnica

Título do livro: A Culpa é das Estrelas

Autor: Jonh Green

Editora: Intrísnseca

Número de páginas: 283

Pensamos que os adultos sempre estão certos sobre o que fazer e o que não fazer, porém no livro ” A Culpa é das Estrelas”, percebemos que, às vezes os adolescentes podem ter uma visão melhor da sociedade em que vivemos, mesmo que sejam classificados como imaturos nesta sociedade. Ele  nos mostra que talvez não seja um total desperdício a juventude ser usada nos jovens. Vemos isto neste livro de Jonh Green, no qual é contada uma história inventada, porém verdadeira ao mesmo tempo. É como se fosse o que está escondido por trás dos romances e contos de fadas tipicamente terminados em “felizes para sempre”. Este livro é o romance fantástico do mundo real.

Ele é o mundo real dentro de um pequeno conto de fadas, pois apesar de o livro tratar sobre algo tão real e devastador como o câncer, ele fica quase oculto em meio a todos os acontecimentos do romance envolvente entre Hazel Grace e Augustus Waters. O câncer de Hazel dá para ela uma certeza que vai morrer, talvez amanhã, ou depois, porém ela sabe que irá morrer mais cedo do que os outros. Com a doença, os pais de Hazel ficam muito preocupados e seguem tudo o que a doutora Maria diz, sem nenhuma vírgula a mais, o que incomoda a adolescente. Uma das coisas que Hazel tem que fazer é o grupo de apoio com outras pessoas vítimas do câncer, e lá ela conhece Augustus e os dois se apaixonam, vivem felizes até que o inesperado acontece.

Se pensarmos, os adolescentes Hezel Lancaster e Augustus estão certos, não devemos nos reduzir a pensar no que poderá acontecer em um futuro ruim, pelo contrário, não devemos ver isto como algo que irá acabar com o “agora”, vemos isto no trecho a seguir:

” -Você chamou Van Houten de feio? – o Augustus perguntou.

-Continue, Gus. – falei para ele.

-Nau sou feiu. Você que é feia garota de nariz entubado!” (o erro de ortografia é proposital nesta parte do livro)

Vemos que neste momento o casal está representando de uma forma hilariante o encontro com Peter Van Houten, o escritor favorito de Hazel, também percebemos que Gus brinca com o câncer de Hazel, claro que ele sabe que a doença é algo grave, que pode acabar com a vida dos dois a qualquer momento, mas também sabe que não pode acabar com ele em um estalo de dedos. Assim, tira proveito disso, como algo divertido.

Também vemos que o câncer não os impede de realizar sonhos, como quando eles vão encontrar Van Houten em Amsterdã, mesmo que o encontro tenha sido um fracasso, o sonho de Hazel, de conhecer seu ex-escritor favorito na Holanda, foi realizado em uma viagem nada mais, nada menos que mágica e romântica.

Contudo, esta é uma leitura emotiva e verdadeira, desenvolvida por um olhar adolescente, mas que envolve leitores de todas as idades em seu enredo comovente e apaixonante.

 

A guerra dos botões

Por: Ramiro Carioba

Ficha técnica

Título: A Guerra dos Botões

Autor: Louis Pergaude

Ilustrador: Aude Soleilhac

Editora: Salamandra

Número de páginas: 48

 

O livro de Louis Pergaude “A Guerra de Botões”, apresenta uma história surpreendente, pois apresenta uma guerra por motivos aparentemente banais.

A historia deixa o leitor surpreendido, pois o livro conta sobre uma grande guerra entre crianças de aldeias distintas, em que o grande objetivo é não deixarem roubar seus botões ou rasgar suas roupas. Por exemplo, tem um momento no livro em que as crianças de uma das aldeias arrecadam  dinheiro para comprar botões e fazer remendos.

O que faz os motivos da guerra serem aparentemente banais, mas não realmente, é que eles estão lutando para que suas roupas não sejam rasgadas. Se chegassem com as roupas rasgadas em casa, iriam apanhar de seus pais. Na realidade as crianças não se importam com suas roupas, e sim seus pais, que teriam de comprar ou costurar novas. Isto é mostrado quando estão em sala de aula e um de seus amigos está se contorcendo de dor, porque seu pai o havia espancado.

Se você gosta de livros de ação, ou acha divertido, este livro é uma excelente amostra de uma guerra divertida.

 

A máquina de Goldberg

Por: Pedro Giovanolli

Ficha técnica

Título do livro: “A máquina de Goldberg”

Nome do autor: Vanessa Barbara

Editora: Quadrinhos na cia

Número de páginas: 111

 

O livro em quadrinhos “A maquina de Goldberg”, de Vanessa Barbara, apresenta o diferenciamento de uma pessoa que não tem as mesmas características das outras, e o narrador como o personagem principal da história.  Além disso, o livro conta sobre Getúlio, que é de uma escola católica que vai para o acampamento de inverno e em uma noite, naquele lugar, Getúlio ouve um barulho e esse barulho o irrita tanto que ele vai verificar.

Podemos perceber o diferenciamento de Getúlio com as outras pessoas quando Rufus (o orientador da escola e professor de educação física) fala que ele tinha que mudar, pois ele era muito zombado e não tinha nenhum amigo.

O narrador da história é o personagem principal dela. Podemos perceber isto quando Getúlio fala: “O Rufus é o nosso professor de edução física e orientador educacional da escola”.

Concluindo tudo isso, podemos dizer que na história aparece o diferenciamento de Getúlio com as outras pessoas e o narrador como personagem principal da história. Recomendo o livro para quem gostar de ler este assunto.

As aventuras do Capitão Cueca

Por: João Fay

Ficha técnica

Título: As aventuras do Capitão Cueca

Autor: Dav Pilkey

Livro: As aventuras do Capitão Cueca-V.1

Editora: Cosac Naify

Número de páginas:128

Um livro com o qual você interage

A obra de Dav Pilkey, “As aventuras do Capitão Cueca”,  ficou muito famosa pelas piadas e travessuras que acontecem no livro. Uma história que foi lançada em 2001, que  eu conheci depois de 8 anos e me apaixonei, pois principalmente nas cenas de ação tinham umas tiras de brincadeira e interação, para que você visse como as lutas aconteciam, mas o mais legal era que havia uma instrução para fazer aquela brincadeira. Essa tira era uma coisa que eu nunca tinha visto em outro livro.

Mesmo o livro não tendo uma certa definição se é em quadrinhos, em textos normais e coisas do tipo, é muito gostoso de ler,pois é uma leitura suave e que você vai dar muitas gargalhadas com essa interação.

Eu indico este livro para pessoas de 8 a 14 anos, pois não importa seu tamanho, o que importa é o seu senso de humor.

Terra de histórias, o feitiço do desejo

Por: Jade Navarro

Ficha técnica

Título: Terra de histórias, O feitiço do desejo.

Autor: Chris Colfer

Ilustrador: Brandon Dorman

Editora: Benvirá

Número de páginas: 382

Seu sonho foi sempre o de viver um conto de fadas, ou apenas ser parte de um. Alex foi sempre super envolvida com este tipo de conto e se apaixonava ao ouvi-los em sua aula de literatura. Seu irmão Conner sempre foi mal na escola, dormia durante as aulas e não estava nem aí para seus estudos, enquanto Alex era a melhor aluna da classe. Em seu aniversário, os gêmeos recebem uma visita inesperada de sua avó e, de presente, ganham um livro de histórias que pertencia a seu pai. A menina se envolve com o livro, percebendo que este tem uma espécie de magia e, certo dia, inesperadamente, ambos caem dentro do livro. Lá, se deparam com locais e personagens de contos de fadas, que acreditavam que eram apenas histórias fictícias, como de princesas, João e Maria, Cachinhos Dourados, João e o Pé de feijão e outras histórias que fazem o leitor relembrar de contos de fadas lidos na infância. Para retornar a seu mundo, descobrem que o único jeito é conseguir O Feitiço do Desejo, coletando objetos, porém não são apenas eles que os procuram. Há uma bruxa malévola rejeitada por todos, portanto, apenas deseja quebrar o encanto que aprisionou sua paixão durante décadas dentro de um espelho. Assim, vivem várias aventuras para obter todos os objetos. Este é o enredo do livro: “Terra de histórias, O feitiço do desejo”, uma aventura emocionante que reúne todos os ingredientes básicos do gênero, uma obra do escritor americano Chris Colfer.

A descrição do cenário está presente nesta incrível aventura, trazendo diferentes sensações ao leitor, como a de um ambiente alegre e cheio de vida. Um bom exemplo disso é quando Alex e Conner chegam ao reino das fadas para coletarem uma única lágrima de fada. As descrições de cenário tem a ver com o clima presente no local, como neste exemplo anterior, que faz com que o leitor se imagine na situação.

Este mesmo tipo de descrição também podem transmitir o oposto de um lugar alegre e cheio de vida, que seria a de um lugar sombrio. Podemos ver que esta situação está presente neste trecho o livro: “Extremamente larga e incrivelmente funda, a cova estava cheia de plantas até a borda, algumas vivas, outras mortas. As trepadeiras e os espinheiros se moviam como cobras; a cova tinha vida e estava faminta”.

A importância das descrições em um livro é tamanha. Com ela, o leitor consegue imaginar a situação, personagens, objetos ou um local. A pessoa cria em sua mente com mais facilidade, usando todas as informações citadas na descrição. Recomendo este livro a leitores jovens, mesmo sendo um livro com várias situações, personagens e locais de contos de fadas, pois ele não é infantil. É uma obra intrigante, que te envolve até a última frase.

O Caneco de prata

Por: Gabriel Teixeira

Ficha técnica

Título: O Caneco de prata

Autor: João Carlos Marinho

Editora: Global

O “Caneco de prata… Muitos querem poucos conseguem… No livro “Caneco de Prata”, de João Carlos Marinho, um time luta por ele, porém no livro o que mais é notável é o jeito de mudar de assunto do autor. É possível perceber em qualquer parte do livro que o autor faz uma confusão de palavras e assuntos criando uma grande comédia. Isto também  pode ser notado na página 7, onde diz que o professor Giovanni comeu um macarrão e na página 8, tem a chave de um torneio de futebol. Não só neste ponto do livro com em quase todo o livro. Mesmo depois de tanta confusão o time não consegue ganhar o campeonato.

Esta é uma obra muito engraçada para todas as idades, que promete várias gargalhadas.

O menino do pijama listrado

Por: Alexandre Davi Jacomini

Ficha técnica

Título: O menino do pijama listrado

Autor: John Boyne

Editora: Companhia das Letras

Número de páginas: 122

O livro “O menino do pijama listrado”, de John Boyne, apresenta uma obra de leitura forte e triste, construída com a exatidão da linguagem cotidiana, fazendo com que este seja um excelente livro para jovens e adultos, emocionando e instigando a pensar.

Esse livro é bem bonito e detalhado, que conta a vida de duas crianças no meio da segunda guerra mundial. Um filho de militares, chamado Bruno, e outro filho de judeus, chamado Shmuel, que está dentro de um campo de concentração, um dia se encontram e ficam amigos, sem os militares saberem.

Um exemplo disso é que o menino Bruno larga tudo para morar do lado do campo de concentração, por culpa do pai, no meio da segunda guerra mundial.

Os detalhes nesse livro fazem você viajar, parecendo um filme.

O final é a parte mais triste, pois é uma parte de morte, isso acontece quando o Shumel chama Bruno para procurar o seu pai no campo, e bem no dia dos judeus irem para a câmara de gás. Tem uma hora que os pais de Bruno descobrem que o filho some, e procuram na casa, no jardim, até que sobra o campo, e eles vêm que é o dia da câmara de gás, mas quando eles chegam no campo, já era tarde demais.

Esse livro é bem triste, mas também é muito bom, emocionando e instigando a pensar.

Coração de tinta

Por: Mariana Torres

Ficha técnica

Título: Coração de Tinta

Autor: Cornelia Funke

Editora: Companhia das Letras

Número de páginas: 445

O livro “Coração de Tinta”, de Cornelia Funke mistura o real e o imaginário em uma obra envolvente de tirar o fôlego de qualquer um. A autora apresenta dois mundos, o real e o imaginário, demonstrando que um livro não é apenas um conjunto de páginas coladas e uma capa, mas um mundo onde há muito a ser descoberto.

Mo, além de um ótimo encadernador, com sua língua mágica, ao ler um livro em voz alta, tem o autentico dom de trazer alguns personagens do livro para a vida real, e ao mesmo tempo levar alguém do mundo real para o mundo dos livros.

Certa noite, enquanto Mo lia “Coração de Tinta” em voz alta para sua filha Meggie e sua esposa Teresa, os vilões do livro saíram de seu mundo e vieram para o mundo real, ao mesmo tempo que Teresa os substitui no mundo dos livros.

A menina Meggie desconhecia a história do desaparecimento da mãe, até que um estranho visitante aparece na porta de sua casa em uma noite chuvosa e seu pai o recebe como um velho amigo. Parecem ter muito a conversar.

No dia seguinte, o pai diz que terão de fazer uma longa viajem com o desconhecido visitante. Estão prestes a enfrentar uma emocionante aventura para encontrar Teresa. Como mostra o seguinte trecho: “Quando Mo avisa à filha que precisam fazer imediatamente uma viagem, ela entende que algo muito errado está ocorrendo. É o começo de uma aventura perigosa, cheia de acontecimentos fantásticos e reviravoltas imprevistas, que vai mudar para sempre a ideia que Meggie tem sobre os livros e suas histórias.”

Afinal, a nossa vida se resume a um livro, de vidas de tinta, pensamentos e sentimentos de tinta, e, acima de tudo, todos nós temos um Coração de Tinta!

O dia em que Nate entrou para a história

Por: Tiago Provenzano

Ficha técnica

Título: O dia em que Nate entrou para história

Autor: Lincoln Peirce.

Ilustrador: Lincoln Peirce.

Editora: Sextane.

Categoria: Literatura infanto – juvenil.

 

“Nate é muito engraçado, um sucesso!” diz Jeff Kinney, autor de um best–seller da literatura infantil, “Diário de um Banana”. O autor Lincoln Peirce, cartunista e escritor, criou as tirinhas de Nate originalmente chamado “Big Nate”, e logo a seguir foram publicadas em mais de 200 jornais nos Estados Unidos. Vendo que seus fãs adoravam admirar suas belíssimas ilustrações, resolveu criar uma série de livros sobre Nate.

O primeiro livro chama “O dia em que Nate entrou para história”, diz sobre um menino da sexta série que sonha em ser famoso e tem muita confiança de que algum dia isso irá acontecer. Certo dia Nate leu em um biscoito da sorte que estaria destinado a fama, ultrapassar os outros e superar recordes, com isso a confiança foi aumentando cada vez mais. A história trata das tentativas que não dão certo, até uma tentativa que dá certo, fazendo o livro ser uma grande comédia.

Na minha opinião o mais interessante do livro são as detalhadíssimas ilustrações, feitas com apenas cores pretas e brancas com tinta nanquim, uma tinta que normalmente é usada para cartunistas, fazem com que os desenhos tenham um contraste e um toque de realidade, como esta:

A imagem a cima mostra uma das primeiras páginas do livro, quando Nate mostra para o leitor que sempre quis entrar na fama, ou melhor, IRÁ entrar para história.

A imagem ao lado retirada da capa do livro mostra nosso herói, Nate, saindo de um ícone muito conhecido pelos admiradores de gibis e coisas do tipo… Um balão de fala, que mostra que o livro obviamente terá quadrinhos junto com os textos.

Além de ser uma hilariante história, as detalhadas ilustrações fazem o livro ser muito bom e interessante.

A mão do macaco

Por: Bernardo de Carvalho

Ficha técnica

Título: A mão do Macaco

Autor: W. W. Jacob

Número de Páginas: 10

Era uma tarde fria, e a família White estava tranquila, jogando xadrez, até que um ex-oficial do exército, o sargento Morris veio com uma mão de macaco mumificada . O sargento explica que este objeto é capaz de realizar três desejos para três pessoas. Duas pessoas já haviam feito os desejos, e o último desejo do primeiro a usá-la foi a morte. O Sr. White toma a mão para si, mas seus três pedidos só trazem desgosto para sua família.

Em “A mão do macaco”, W.W. Jacob apresenta de maneira terrível a dúvida e o medo apresentados.

A dúvida é apresentada em todos os momentos. Uma  terrorífica cena que apresenta isso é quando o Sr. White pede 200 libras. No dia seguinte o filho vai trabalhar,  fica preso em uma maquinaria e morre. Então a empresa paga aos pais 200 libras para compensar os trabalhos do filho morto. Não sabemos se foi uma coincidência ou se foi a mão do macaco que fez isso, para mim, quando comecei a ler o conto foi esta cena que me fez começar a ter medo. .

O medo é também apresentado em todo o conto, pois não sabemos se foi a mão que causou isso tudo ou se foi uma coincidência, e é essa dúvida que causa todo o medo, mas o autor se preocupa em tentar mantê-lo não tão claro, e também é procurando o medo que ele aparece.

Um elemento que representa estes dois argumentos é o Herbert, o filho do Sr. White, que morre, pois o pai desejou 200 libras, quando o pai pede para ele reviver, começam a soar batidas na porta da casa. É fantasmagórico como o autor conseguiu fazer com que nós sentissem-os medo.

É uma história difícil, pois devemos prestar atenção nos mínimos detalhes da história. Também precisamos prestar muita atenção nos acontecimentos. Indico para leitores experientes e corajosos!