por Lucas Meirelles
modo: tirando a poeira o blog
Bom dia, boa tarde, boa noite!
Já iniciamos o ano de 2021 há um tempo e vamos voltar a publicar conteúdo aqui para o blog 🙂
Para iniciar falaremos sobre contos indígenas e africanos (fruto de uma pesquisa para a Educação Infantil e de nossa constante atenção). Com isso, não pretendemos esgotar o assunto, mas certamente abrir possibilidades para discussões futuras.
Em nosso acervo, essas duas expressões de contos estão alocados em classes distintas e separadas do restante da literatura infantojuvenil. Estão dentro da Coleção de Literatura Infantojuvenil (CIJ) e dentro de Contos, mitos e lendas – dentro dessa classe as histórias são separadas por nacionalidades, povos e/ou etnias.
Ambos os indígenas e africanos são contos, geralmente, bastante conhecidos, lidos, adaptados e até corporificados em contos, mitos e lendas ditos brasileiros. Temos uma cultura muito diversa com influências dos povos de dentro e dos povos de fora, trazendo algumas dificuldades para saber a exata localidade do conto e saber se é um conto tradicionalmente brasileiro ou de algum outro povo. Muitos desses contos têm características similares a outros contos folclóricos: contos com animais que falam, contos de repetição, histórias com dilemas, fantasia e aventura, etc.
E esses contos ainda têm raízes de tradições orais, então não é fácil ter certeza do local ou do povo que criou o conto. Devemos muito a antropólogos, antropólogas e pessoas que estudaram (e estudam) o folclore por sabermos as histórias.
A África são muitas. Grande parte da imigração de lá para o Brasil se deu por conta do triste período do tráfico de escravos para o Brasil. Atualmente essas imigrações chegam também por conta de guerras e outros problemas socioambientais, e também por algum acordo entre os países lusófonos (na África temos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe). As religiões e sociedades africanas são tantas e muito representadas dentro da literatura e das histórias, trazendo esses pontos de vistas.
Sem medo de ser redundante: os povos indígenas do Brasil também são muitos! E sobre os contos indígenas comentamos os criados e contados a partir da chegada dos portugueses e da divisão territorial do Brasil (dizimação de populações de diversas tribos, processos de aculturação, etc.). Por muito tempo (até hoje!) os povos originários sofrem com seus territórios e a luta é constante. Os contos têm, em geral, uma grande complexidade e uma fase de adaptação na leitura. Hábitos alimentares, espiritualidades, relações com a natureza são algumas das adaptações que grande parte dos leitores e leitoras precisam passar quando não têm um contato mais significativo com culturas indígenas.
Ler essas literaturas, nos faz apreciar e conhecer culturas únicas e que, por mais diferentes que sejam, podem nos aproximar e fazer perceber o quão parecidos somos todos – ou que não temos nada a ver também 🙂
Para saber mais sobre literatura infantojuvenil e sobre povos indígenas e africanos, indicamos os seguintes sites:
… além, é claro, de nosso acervo de literatura infantojuvenil!!