Author Archives: Fernando Santos
Na sala de aula
Por Marilza Alberto Baptista
Na sala de aula, de Antonio Candido, é um caderno que contém 6 análises de poemas que sugerem ao prof. e ao aluno maneiras possíveis de se trabalhar o texto poético partindo da noção de que cada um requer tratamento adequado à sua natureza, embora com base em pressupostos teóricos comuns. Um desses pressupostos é que os significados são complexos e oscilantes. Outro é que o autor combina consciente e inconscientemente elementos de vários tipos.
Com maior ou menor minúcia, conforme o caso, as análises focalizam aspectos relevantes de cada poema: às vezes a correlação dos segmentos, às vezes a função estrutural dos dados biográficos, às vezes o ritmo, a oposição dos significados, o vocabulário etc.
CANDIDO, Antonio. Na sala de aula. São Paulo: Ática 1998.
O rei maluco e a rainha mais ainda
Por Angela Müller de Toledo
O rei e a rainha desse lugar são estranhíssimos, pelo menos no início do livro. O rei é o maior trabalhador do reino, trabalha mais que qualquer súdito, e sua mulher só faz confusão. Por onde a rainha passa acontecem as maiores maluquices e todos acham tudo muito natural. Os súditos, e também o próprio rei, levam muito a sério os disparates que a rainha fala. Todos estes personagens têm muito bom humor e consideram Heloisa uma menina que sofre de um mal chamado “Dicionário”, já que ela fala tudo corretamente, valoriza a lógica e está quase sempre cheia de aflição.
Você pode pensar que esta história é para criancinhas, uma historinhazinha qualquer de uma formiguinha que fala, de uma menininha no reino da fantasia, de uma rainha dizendo bobagens… mas acredite, você está bastante enganado. Este enredo é cheio de episódios engraçados que os pequenos não entenderiam.
Temos este livro nas duas bibliotecas da escola.
ALMEIDA, Fernanda Lopes de. O rei maluco e a rainha mais ainda. Ilust. Luiz Maia. São Paulo: Ática, 2007.
Brinquedos e companhia
Por Marilene Penha Reyes
O autor analisa de modo surpreendente os brinquedos e suas implicações na vida e na cultura das crianças.
Uma reflexão do papel da produção dos brinquedos, suas implicações no universo cultural infantil, mantendo uma distância da crítica à sua indústria e chegando muito perto do lugar que eles ocupam na vida das crianças.
Os brinquedos refletem as mudanças culturais e também permitem o acesso a elas. Gilles nos mostra que eles não se limitam apenas a uma dimensão material, mas possuem significados sociais mais ou menos estáveis. É através deles que podemos compreender melhor o lugar da criança na sociedade. Eles representam antes de tudo, a relação entre o mundo adulto e o mundo das crianças.
Uma análise de grande interesse para pais e educadores. Afinal, sem criança não há brinquedo, é por ela que ele é construído; mas onde estão os adultos que os produzem? Quais as relações destes adultos com o universo infantil?
Vale a pena ler sua análise e ir um pouco mais além da nossa nostalgia em relação aos brinquedos!
BROUGÈRE, GILLES. Brinquedos e companhia. Trad. Maria Alice Sampaio Dória. São Paulo: Cortez, 2004.
Stardust
Por Angela Müller de Toledo
A Vila de Wall tem esse nome porque no seu lado Leste existe um extenso muro de pedras cinzentas que a separa do reino das fadas. Só há uma abertura no muro, guardada por dois homens armados com bastões de madeira. Eles a vigiam para impedir a travessia das crianças do vilarejo ou de algum adulto distraído.
No entanto, uma vez a cada 9 anos, no festival da primavera, uma feira se instala na pradaria do lado de lá do muro. Nessa ocasião abre-se a passagem entre os dois mundos para o livre comércio e ambos os lados ficam lotados de forasteiros. No mercado das fadas vende-se de tudo: tecidos, flores, instrumentos musicais, sonhos engarrafados, camadas de crepúsculo, varinhas de poder, olhos de todos os tipos e cores, cremes, poções, comidas e bebidas.
A primeira frase desta fascinante obra já a inclui no tipo de narrativa na qual a fantasia e o imaginário norteiam o enredo: “Certa vez, existiu um jovem que queria conquistar o Desejo de Seu Coração”.
A história tem um eixo central e vários episódios paralelos que se desenvolvem de maneira independente juntando-se no final. É um conto de fadas para jovens e adultos com características que lembram as aventuras de RPG (Role-playing games). Há nela humor, romance e suspense, é rica em descrições detalhadas de paisagens, os valores são explícitos através das falas e comportamentos dos personagens, além, é claro, de muita aventura e magia.
As ilustrações são requintadas, oníricas. A dupla Neil Gaiman e Charles Vess é bastante conhecida dos apaixonados por quadrinhos. Fizeram juntos “Sonhos de uma noite de verão”, episódio premiado da série “Sandman”.
GAIMAN, Neil. Stardust. Ilust. Charles Vess. Trad. Ana Ban Pedroso. São Paulo: Conrad, 2001.
AQUISIÇÕES RECENTES ABR. 2012
O pinguim chamado Pinguim que tinha pé frio, de Jorge Chaskelmann (Amarilys) |
João esperto leva o presente certo, de Candece Fleming (Farol) |
Macanudo, vol. 2, de Liniers (Zarabatana Books) |
Artemis Fowl: a colônia perdida, de Eoin Colfer (Record) |
On the road, de Jack Kerouac (L&PM) |
Ficções, de Jorge Luis Borges (Companhia das Letras) |
O dom da história: uma fábula sobre o que é suficiente.
Por Marilene Penha Reyes
Autora de grandes obras como: “As mulheres que correm com os lobos” e “O jardineiro que tinha fé”, ganhadora de importantes prêmios literários como: Keeper of the Lore, ou ainda: Las Primeras, de Mana, da fundação Latino Nacional em Washington.
Clarissa vem demonstrar que a sequência de histórias proporciona um insight mais mplo e mais profundo do que uma história única. Uma puxa a outra, ou melhor, uma se encaixa na outra, numa alusão às bonecas Matrióchka.
Para quem aprecia boas histórias, este livro certamente vai proporcionar bons momentos e boas referências de outras histórias para além desta, como um despertar para o dom que todos têm: de viver o que é suficiente para sua própria vida.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. O dom da história: uma fábula sobre o que é suficiente. Trad. Waldea Barcellos. Rio de Janeiro: Rocco.
AQUISIÇÕES RECENTES MAR. 2012
Nova antologia do conto russo, de Bruno Barreto Gomide (Ed. 34) |
Luuanda, de José Luandino Vieira (Companhia das Letras) |
Leonardo da Vinci e seu supercérebro, de Michael Cox (Companhia das Letras) |
O menino que mordeu Picasso, de Antony Penrose (Cosac Naify) |
O cobertor de Jane, de Arthur Miller (Companhia das Letrinhas) |
Flop: a história de um peixinho japonês na China,de Laurent Cardon (Panda books) |
AQUISIÇÕES RECENTES MAR. 2012
Bibliografia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil
Por Angela Müller de Toledo
Esta indicação de leitura é, na verdade, uma sugestão para consultas.
Trata-se da Bibliografia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil publicada pelo Departamento de Bibliotecas Infanto-Juvenis da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
A publicação relaciona os lançamentos anuais de obras literárias feitas para crianças e jovens, apresentando resenhas críticas para aquelas que se destacaram pela qualidade dentro da produção. As resenhas são elaboradas por uma equipe de especialistas.
A bibliografia é um instrumento de grande ajuda aos mediadores de leitura em geral, já que a produção editorial é muito grande e heterogênea. Ela possui vários índices para facilitar a consulta, inclusive um de faixa etária/competência de leitura.
A bibliografia pode ser consultada nas bibliotecas das duas unidades da Escola da Vila ou em todas as bibliotecas municipais de São Paulo.