Vampíria

Por Angela Müller de Toledo

Quer dar boas risadas?  Então leia Vampíria, o livro recomendado aqui.

Para você ter uma idéia, trata-se da história da última família de vampiros da Terra que, por circunstâncias que não vou explicar, tornou-se prisioneira em um apartamento. O pior de tudo é que frequentemente eles são obrigados a fazer uma encenação patética para assustar os turistas. Um daqueles teatrinhos de horror básico.

Papai Voivoda é o mais inconformado com a situação. Afinal, ele pertence a uma linhagem especial de vampiros, é descendente direto de Drácula da Transilvânia. Sua filha Letúcia também anda mal dizendo o fato de ser vampira, pois gosta de namorar jovens mortais, o que é expressamente proibido.

Além desses personagens há um mordomo que gosta de tomar umas e outras, o avô já sem os dentes, mamãe Dárvula e um vampirinho adolescente chamado Horloc.

Enfim, esta história de vampiros não tem nada de “terrorífica”, ao contrário, é super cômica.

 

JACOB, Dionísio. Vampíria. Ilust. de Eduardo Albini e César Landucci. São Paulo:Saraiva, 2005.

O fabuloso Maurício e seus roedores letrados

Por Angela Müller de Toledo

Maurício é um gato falante que se associou a um bando de ratos que também passou por essa estranha mutação.

O esperto Maurício lidera essa gang que vai de cidade em cidade aplicando um golpe baseado na história clássica “O Flautista de Hamellin”.

O estratagema é o seguinte: primeiro chegam os ratos, fazem a maior bagunça nas casas e celeiros do lugar. Pensando tratar-se de uma praga, os moradores contratam os serviços de um flautista mágico que, naturalmente, faz parte do grupo de farsantes. No final os ratos fingem estar hipnotizados, saem da cidade ao som da flauta e Maurício divide o dinheiro do pagamento em partes não exatamente iguais.

Se você pensa que esta resenha já contou toda a história, está completamente enganado. O livro é muito mais. Só adianto que, em determinado momento, há um desacordo no grupo, uma briga interna que vai mudar toda a relação entre os membros do bando. Também digo que há outros personagens que vão fazer a diferença no desfecho da narrativa, principalmente uma menina chamada Malícia, perita em se meter em encrencas e responsável por grande parte do humor da história.

Este autor é conhecido por suas aventuras mirabolantes e por sua fina ironia. Maurício e sua turma reservam muitas surpresas ao leitor. Aproveitem.

PRATCHETT, Terry. O fabuloso Maurício e seus roedores letrados. Ilust. David Wyatt. Trad. Ricardo Gouveia. São Paulo: Conrad, 2004.

O ataque da segunda série

Por Angela Müller de Toledo

Horace é um garoto de dez anos que se transforma em super-herói ao comer os bolinhos feitos por sua irmã chamada Melodia.

Quando come um bolinho, Horace passa por uma fase preliminar imprevisível antes de poder usar os superpoderes do “Paladino dos Bolinhos“. Esta espécie de reação, ou efeito colateral do bolinho, é sempre surpreendente e faz o menino passar a maior vergonha! Depois que o estranho efeito vai embora, ele veste uma fantasia de lycra lilás com capa e capuz, e vai salvar as pessoas.

Outro problema para o Paladino dos Bolinhos é que nunca se sabe que tipo de poderes ele terá. Ora é capaz de voar, ora pode soltar fogo pela boca, às vezes consegue escavar a terra velozmente com as mãos, enfim, o efeito dos bolinhos é sempre uma surpresa.

Além de Melodia, só os gêmeos Xax e Auggie conhecem a verdadeira identidade do Paladino dos Bolinhos e é essa turminha que vai viver grandes aventuras.

Você vai rir muito com este super-herói, ou será anti-herói?

DAVID, Lawrence. O ataque da segunda série. Ilust. Barry Gott. São Paulo: Arxjovem, 2004.

Poesia de Roseana Murray

Por Angela Müller de Toledo

   

Desde a década de 80 Roseana Murray vem encantando crianças, jovens e adultos com sua poesia. Neste ano de Festival de Poesia na Escola da Vila, vale a pena ler e reler alguns dos livros que a consagraram.

“A poesia de Roseana Murray é feita de delicadezas e transparências, como ela falasse para mostrar o silêncio. E assim a linguagem alcança a condição de pluma ou porcelana.” Ferreira Gullar.

MURRAY, R. Classificados poéticos. Ilust. Paula Saldanha. Belo Horizonte: Miguilim, 1984.

—————— Desertos. Ilust. Roger Mello. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.

—————— Fruta no ponto. Ilust. Sara Ávila. São Paulo: FTD, 1986.

—————— Manual da delicadeza de A a Z. Ilust. Elvira Vigna. São Paulo: FTD, 2001.

—————— Poesia essencial. Rio de Janeiro: Manati, 2002.

—————— Receitas de olhar. Ilust. Elvira Vigna. São Paulo: FTD, 1998.

—————— Rios da alegria. São Paulo: Moderna, 2005.

A Menina do fio

Por Andrea Cristina Alves

“A menina do Fio” é um lindo livro que conta a história de uma princesa que tem um fio diferente na cabeça, ele cresce infinitamente enroscando em todos os lugares por onde ela passa. Seus pais, o rei e a rainha, tentaram de tudo para resolver o problema, mas nada conseguiram. A princesa cresceu e tornou-se uma linda moça, mas muito mal humorada, pois esse fio, que enroscou no mundo inteiro, puxava a sua cabeça para trás…  Somente um pretendente a se casar com ela, que fosse sensível e inteligente, poderia ajudá-la!

Nós, leitores, seremos levados por esse fio ao longo da história, algo que é diferente tanto para a princesa como para nós, que vamos perseguindo ‘um fio vermelho’ que vai se emaranhando em cima de uma ilustração toda em branco e preto. Ao final, acompanhamos o generoso pretendente da princesa desenrolar o fio das coisas do mundo, aliviando-a da sua dor e deixando-a mais feliz.

Mas isso não é tudo, vale a pena ver o desenlace para descobrirmos que fio é esse e o que ele significa.

BARBIERI, Stela. A Menina do fio. Ilust. Fernando Vilela. São Paulo: Girafinha, 2006.

O rei maluco e a rainha mais ainda

Por Angela Müller de Toledo

O rei e a rainha desse lugar são estranhíssimos, pelo menos no início do livro. O rei é o maior trabalhador do reino, trabalha mais que qualquer súdito, e sua mulher só faz confusão. Por onde a rainha passa acontecem as maiores maluquices e todos acham tudo muito natural. Os súditos, e também o próprio rei, levam muito a sério os disparates que a rainha fala. Todos estes personagens têm muito bom humor e consideram Heloisa uma menina que sofre de um mal chamado “Dicionário”, já que ela fala tudo corretamente, valoriza a lógica e está quase sempre cheia de aflição.

Você pode pensar que esta história é para criancinhas, uma historinhazinha qualquer de uma formiguinha que fala, de uma menininha no reino da fantasia, de uma rainha dizendo bobagens… mas acredite, você está bastante enganado. Este enredo é cheio de episódios engraçados que os pequenos não entenderiam.

Temos este livro nas duas bibliotecas da escola.

ALMEIDA, Fernanda Lopes de. O rei maluco e a rainha mais ainda. Ilust. Luiz Maia. São Paulo: Ática, 2007.

Stardust

Por Angela Müller de Toledo
A Vila de Wall tem esse nome porque no seu lado Leste existe um extenso muro de pedras cinzentas que a separa do reino das fadas. Só há uma abertura no muro, guardada por dois homens armados com bastões de madeira. Eles a vigiam para impedir a travessia das crianças do vilarejo ou de algum adulto distraído.

No entanto, uma vez a cada 9 anos, no festival da primavera, uma feira se instala na pradaria do lado de lá do muro. Nessa ocasião abre-se a passagem entre os dois mundos para o livre comércio e ambos os lados ficam lotados de forasteiros. No mercado das fadas vende-se de tudo: tecidos, flores, instrumentos musicais, sonhos engarrafados, camadas de crepúsculo, varinhas de poder, olhos de todos os tipos e cores, cremes, poções, comidas e bebidas.

A primeira frase desta fascinante obra já a inclui no tipo de narrativa na qual a fantasia e o imaginário norteiam o enredo:  “Certa vez, existiu um jovem que queria conquistar o Desejo de Seu Coração”.

A história tem um eixo central e vários episódios paralelos que se desenvolvem de maneira independente juntando-se no final. É um conto de fadas para jovens e adultos com características que lembram as aventuras de RPG (Role-playing games).  Há nela humor, romance e suspense, é rica em descrições detalhadas de paisagens, os valores são explícitos através das falas e comportamentos dos personagens, além, é claro, de muita aventura e magia.

As ilustrações são requintadas, oníricas. A dupla Neil Gaiman e Charles Vess é bastante conhecida dos apaixonados por quadrinhos. Fizeram juntos “Sonhos de uma noite de verão”, episódio premiado da série “Sandman”.

GAIMAN, Neil. Stardust. Ilust. Charles Vess. Trad. Ana Ban Pedroso. São Paulo: Conrad, 2001.

Manolito

Por Angela Müller de Toledo

      

Apesar de muitos alunos negarem, aposto que a volta às aulas é sempre uma grande alegria. Rever os amigos, conhecer gente nova, saber das novidades da galera e, aos poucos, conhecer mais uma porção de coisas sobre o mundo em que vivemos e seus habitantes, principalmente o Homem. Porque, resumindo, todas as matérias dos currículos nos contam como funciona a natureza e o que pensam, imaginam, projetam e fazem os homens e mulheres “desde que o mundo é mundo”.

Alguém que diz que detesta ter que voltar ao colégio depois das férias é Manolito, um menino espanhol de nove anos, protagonista de uma série de histórias muito divertidas. O primeiro livro chama-se justamente Manolito, e é a melhor forma de você começar a conhecer este personagem, sua família e amigos. Depois vem o título Super Manolito em que ele conta várias passagens engraçadas do seu cotidiano e uma triste: ficou de recuperação em matemática. Por causa disso, suas férias de verão foram seriamente comprometidas. O que aconteceu nesse período você vai saber lendo Manolito é demais!.

Há outros volumes na coleção, mas nesses três primeiros o leitor já pode perceber que apesar de Manolito encontrar dificuldades na escola, ele as supera com a ajuda da família e por ser um menino inteligente, observador, criativo e, acima de tudo, de muito bom humor.

LINDO, Elvira. Manolito. Trad. Mônica Stahel. Ilustrações Emílio Urberuaga. São Paulo: Martins fontes, 1999.

LINDO, Elvira. Manolito é demais!. Trad. Mônica Stahel. Ilustrações Emílio Urberuaga. São Paulo: Martins fontes, 2002.

LINDO, Elvira. Super Manolito. Trad. Mônica Stahel. Ilustrações Emílio Urberuaga. São Paulo: Martins fontes, 2001

Akimbo e os Leões / Akimbo e os elefantes

 

Por Angela Müller de Toledo
Criar um leãozinho pode ser natural para um menino africano que mora numa grande reserva ecológica. No entanto, difícil é separar-se do bicho de estimação quando seu tamanho e instintos já não permitem a convivência com humanos.

 

Akimbo é o nome do personagem que vive grandes aventuras em uma série de livros, a maioria envolvendo animais que não são propriamente gatinhos.

Dormir no meio do mato ouvindo ao longe os sons dos grandes predadores, perseguir caçadores que desrespeitam as leis que protegem os animais, tomar decisões rápidas para salvar a vida de pessoas, estes são apenas alguns dos episódios relatados do cotidiano deste corajoso garoto.

Temos dois títulos na biblioteca. Confira.

 

SMITH, Alexander McCall. Akimbo e os leões. Ilustr. Peter Bailey. Trad. Vanessa Barbara. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2009.

SMITH, Alexander McCall. Akimbo e os elefantes. Ilustr. Peter Bailey. Trad. Vanessa Barbara. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2008.