A revolução dos bichos

Por: Michel Lacman  Sarfatti

Ficha Técnica

           Título do livro: “A Revolução dos bichos”

            Autor: George Orwell

Editora: Companhia das letras

Números de paginas: 147

O livro “A revolução dos Bichos” é uma história muito original, ela apresenta um tema muito serio não só nos livros, mas na vida real de hoje em dia: a injustiça e a decepção.

Neste livro narra à história de uma fazenda chamada “Granja dos bichos”, em que os animais queriam tomar a liderança da fazenda, querem uma revolução. Depois de terem a fazenda em suas mãos, os porcos tomam a liderança e com isso nem tudo sai como os liderados queriam. Quando nem tudo acontece como o planejado os líderes ficam injustos, os liderados decepcionados e os leitores podem refletir.

A história ajuda a refletir sobre a forma injusta como alguns líderes governam uma cidade, o que causa decepção nos liderados. Podemos ver isso nesse trecho: “De certa maneira, era como se a Granja dos bichos tivesse ficado rica sem que nenhum animal tivesse enriquecido”. Com o trecho vimos quem ficava rico eram os porcos (os líderes) e podemos relacionar isso com os líderes da atualidade.

Neste livro tem muitos exemplos inovadores, mas o segundo que irei usar é: “Mesmo na casa grande, dizem que Napoleão [o líder] habitava um apartamento separado dos demais. Fazia as refeições sozinho, com dois cachorros para servi-lo e comia no serviço de jantar de porcelana da cristaleira da sala”.  Este outro trecho também pode apresentar a injustiça dos líderes, como podemos ver a mordomia deles e a falta de privilegio dos outros.

Essa é uma história inteligente que mostrava a relação de poder, ou seja, a injustiça dos líderes e a decepção dos subordinados com uma forma de governar nada democrática.

Podemos dizer que essa é uma história muito envolvente, pois nós conseguimos perceber se você está sendo injusto com alguém ou se está se decepcionado com alguma pessoa. O mais impressionante é que você consegue fazer tanta coisa a partir de um único livro de histórias nem tão infantis e nem tão complexas, então eu acho que esse livro é ideal pra qualquer leitor experiente.

Caninos Brancos

Por: Tomé Antunes

Ficha técnica

Título do livro: Caninos Brancos

Autor: Jack London

Editora: Companhia Editora Nacional

Número de páginas: 215

 

“Caninos Brancos” é um livro que tenta causar muita influência, reflete muito sobre o modo de vida de animais maltratados por humanos.

Mostra de uma maneira sensível o modo de vida de animais com que convivemos. A grande beleza do texto é quando os sentimentos e pensamentos do lobinho são expressados de um jeito muito bem descrito, mas sem nada que um lobo não iria pensar e refletir. “Oh, a loba! Vinha sempre para a caverna com carne na boca, que repartia com ele. E era corajosíssima, não temendo coisa nenhuma. O lobinho ignorava que aquela intrepidez decorria da sua muita experiência de vida.”

É uma obra linda e triste, conhecida mundialmente. A beleza do texto é, de verdade, os sentimentos do lobinho sobre o mundo. Uma das obras mais conhecidasde Jack London.

Reinações de Narizinho

Por:Natalia

Ficha técnica

Título: Reinações de Narizinho                                                         

Autor: Monteiro lobato

Editora:Globo

Número de páginas:206

 

A obra “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, apresenta as boas descrições ricas e detalhadas ao longo da leitura do livro. A história fala de uma das melhores aventuras que já aconteceu a Narizinho, virar a rainha do lago dos peixinhos.

Durante o livro, o autor demostra sua criatividade, ao detalhar bastante suas descrições ao longo da historia, as melhores descrições são as de lugares: “O salão parecia um céu aberto, mas em vez de lâmpadas havia buquês de raios de sol colhidos àquela manha”. Nessa descrição para entender é necessário que o leitor use sua imaginação para pensar: Mas como há buquês de raios de sol? Parece ser um livro de crianças, mas esse livro pode também ser um desafio para as mentes adultas.

Outra coisa que pode ser apontada são as descrições dos sentimentos dos personagens: “Ando até desconfiada que foi esta diabinha quem desencaminhou o Polegar, aconselhado-a a fugir.O coração de Narizinho bateu apresado.” Essa descrição é muito bela, pois o autor, apesar de falar dos sentimentos do personagem, também encerra com beleza o parágrafo.

A obra exige paciência, atenção e criatividade do leitor para imaginar as cenas tão bem descritas na obra “Reinações de Narizinho”.

Os gêmeos

Por: André Kenji

Ficha técnica

Título: Os gêmeos

Autor: Pauline Alphen

Editora: Companhia da Letras

Número de páginas: 350

Um livro contra o abuso dos recurso, das drogas e da medicina.

O livro “Os gêmeos”, de Pauline Alphen, critica de maneira reflexiva como nós abusamos dos recursos, da medicina e das drogas, fazendo você refletir. Dois gêmeos iguais, porém diferentes, vivem em um futuro que foi destruído pelo abuso dos recursos, medicina e drogas, onde havia também poderes parapsíquicos escondidos que Claris e Jad (os dois gêmeos) vão descobrir e passar por várias aventuras.

         No livro os seres humanos abusam inconsequentemente da fauna e dos recursos criando uma catástrofe. Isso é mostrado por exemplo nas crônicas do tempo de antes, (como nosso tempo é chamado). Feito por Bahir: “‘O terceiro milênio será verde’, tal era o slogan dos políticos esclarecidos do século XXl. Este século de transição detinha todos os elementos para antecipar a grande catástrofe”. Isso mostra como nós abusamos da natureza e achávamos levianamente que tudo iria ficar bem.

         Os argumentos contra nossa sociedade são falados de modos reflexivos, falando de nossas tecnologias e da nossa medicina avançada, porém nem tudo são rosas, eles também falam de como usamos os recursos sem pensar, como nós não controlamos o petróleo por exemplo. Este livro fala de como devemos cuidar do planeta.

O livro critica de maneira reflexiva como nós abusamos dos recursos, da medicina e das drogas, fazendo você refletir, fazendo você pensar em como diminuir esse abuso.

Pânico na biblioteca

Por Angela Müller de Toledo

Já pensou se você fosse obrigado a ficar sentado num pequeno tapete vermelho da biblioteca da sua escola lendo livros de criancinhas por duas horas sem poder sair ou conversar? E se a bibliotecária fosse uma MEGERA que usasse uma arma estranha para lançar batatas nas crianças que fizessem bagunça?

Pois foi exatamente o que aconteceu com os irmãos Marcos e Duda quando eles foram forçados a passar duas intermináveis horas, três vezes por semana, na Biblioteca Municipal da cidade em que moravam.

Dona Angela, a bibliotecária, era temida por todos. Não tolerava risinhos nem brincadeiras, muito menos o atraso na devolução dos livros.  Além disso, não gostava que os meninos mexessem nas estantes e os ameaçava com castigos terríveis.

Este livro foi escrito pelo mesmo autor de Artemis Fowl, mas é muito mais divertido.

Aliás, se eu fosse você, eu me apressaria em lê-lo, só pra saber como Marcos e Duda se livraram dessa enrascada. Mesmo porque, parece que tem uma tal de dona Angela circulando pelas bibliotecas da Escola daVila…

COLFER, Eoin. Pânico na biblioteca. Trad. RytaVinagre. Ilust. Tony Ross. Rio de Janeiro: Record, 2005.

 

Projeto Catálogo literário – 3º ano EF – Histórias de Andersen

O projeto de trabalho do 1º trimestre do 3º ano, Catálogo literário – histórias de Andresen, tem como objetivo tanto vivenciar situações de leitura e análise dos contos escritos por Hans Christian Andersen, estudando seus textos, um pouco da sua vida e do seu perfil como autor, como escrever indicações literárias de alguns contos escolhidos por cada grupo. Nesta etapa da escolaridade, escrever indicações representa um grande desafio, pois, não se trata simplesmente de tecer uma crítica a respeito de uma obra, sim de elencar aspectos que a destacam em relação a outras, para motivar, instigar que outras pessoas leiam, apreciem; ou seja, é um desprender-se de uma opinião pessoal.

Tendo em vista toda a complexidade desta produção, algumas etapas foram imprescindíveis para a composição dos catálogos:

– A leitura de vários títulos de Andersen.
– A pesquisa sobre alguns fatos da vida do autor.
– A produção de registros sobre as leituras.
– A seleção das obras que fariam parte catálogo da turma.
– O planejamento e a textualização de indicações em duplas.
– O processo de revisão dos textos, incluindo aspectos que envolvem a coerência e a coesão, a pontuação, a ortografia, entre outros definidos por cada professor.
– A edição do material feita por cada uma das duplas.

Agora fica o nosso convite para que conheça cada um dos catálogos, escolha as suas histórias preferidas e desfrute dos belíssimos contos de Andersen!

3º ano B 3º ano C
3º ano D 3º ano E
3º ano F

A cor da magia

Por Angela Müller de Toledo
Se você não é daqueles que desistem na primeira dificuldade do texto, indico sem pestanejar o primeiro livro da série Discworld de Terry Pratchett: “A cor da magia”. Fantasia e humor elevados à última potência é o resumo deste livro.

Imagine um mundo plano, em forma de disco, sustentado por quatro elefantes que vagam pelo espaço em cima da carapaça de uma tartaruga gigantesca. Pois é, e isso é só o começo, pois Discworld é um mundo com grande concentração de magia pura, onde acontecem coisas tão mirabolantes que os próprios magos se admiram.

Neste primeiro volume os dois principais personagens são um mago fracassado, reprovado pela Universidade de Magia, e um turista ingênuo e inconseqüente, um vendedor de seguros em busca de aventuras numa terra de bárbaros.

O que torna tudo isso tão interessante é o humor irreverente que permeia a história. Absolutamente tudo da vida contemporânea é ridicularizado pelo autor, principalmente a tecnologia e o consumismo.  Em estilo cinematográfico – duas ou mais ações rápidas acontecendo ao mesmo tempo em cenários diferentes com o corte indicado pela diagramação da página muito mais do que pelo escrito – Pratchett ironiza também o próprio gênero fantasia.

Se você superar a dificuldade das primeiras páginas não vai querer parar de ler os 13 títulos da série lançados no Brasil.

 

PRATCHETT, Terry. A cor da magia. Trad. Márcio Grillo El-Jaick. São Paulo: Conrad, 2001.

A fazenda distante

Por Angela Müller de Toledo
Jan nasceu na Namíbia e desde cedo aprendeu as leis de sobrevivência na savana. Observava com olhos fascinados a variedade de costumes dos povos nativos e aprendeu a respeitar essa diversidade. O aprendizado se torna ainda mais intenso quando seu pai contrata um khoikhoi (grupo étnico da África Austral) chamado Kaboco para trabalhar na fazenda. Jan e Kaboco se tornam inseparáveis.

Este é o início de uma história em que a vida do personagem é marcada pela diversidade cultural e pela presença intensa da natureza selvagem. Na África, reconhecer uma pegada ou uma raiz pode significar a diferença entre a vida e a morte.

Trata-se de um livro em que a aventura está inserida no cotidiano, entre leões, panteras, lendas ancestrais, seca e enchente, luta pela sobrevivência e contra traficantes de marfim.

Este livro eu recomendo!

BEAUDE, Pierre-Marie. A fazenda distante. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. São Paulo: SM, 2007.

Contos de lugares distantes

Por Angela Müller de Toledo
Há muito não ficava tão feliz ao ler um livro de contos (fruição?!). Talvez porque depois de Bradbury eu não conheci histórias que envolvessem situações tão inusitadas, em cenários tão surpreendentes, com personagens tão estranhos, mas com um resultado literário tão poético.

Um búfalo conselheiro, um estudante de intercâmbio que prefere alojar-se na despensa da casa, um escafandrista andando pela cidade, uma estranha casa com um pátio interno onde as estações não correspondem ao tempo exterior, duas crianças em expedição científica aos “misteriosos lugares distantes”, gravetos com questões existenciais, e por aí vai…

São histórias que requerem atenção, mas é aquela atenção sossegada, que deixa a mente aberta para o absurdo, para a intuição, aceitando que as histórias têm uma lógica própria.

No final, voltando sobre os títulos e com a ajuda das belíssimas ilustrações, o leitor começa a compreender as ideias por trás das palavras. Aliás, não poderíamos chamar as imagens deste livro de ilustrações simplesmente, pois elas não ilustram o texto verbal, elas o complementam, as duas linguagens contam as histórias.

O autor é um reconhecido quadrinista australiano e na biblioteca temos mais dois livros dele: A chegada (maravilhoso!) e A árvore vermelha.

TAN, Shaun. Contos de lugares distantes. Trad. Érico Assis. São Paulo: Cosac Naify, 2012