por Fernanda Passamai Perez
Lupicínio João nunca entendeu por que seu pai detestava seu avô materno a ponto da mãe ter que mentir quando levava os filhos para visitá-lo. Tudo bem que aquele senhor não era dos mais simpáticos, o menino mesmo não se sentia a vontade na presença dele, e, agora, diante daquele corpo rijo e sem vida, não sentia nada.
Apesar disso, Lup, como era chamado em casa, teve uma infância comum e feliz. Mas, prestes a completar 13 anos, mudanças em seu corpo anunciavam que além da puberdade, chegara o momento de conhecer o significado daquela marca vermelho rubi abaixo da axila direita: como seu avô, Lupicínio João era um… lobisomem!
Porém, havia uma chance de mudar sua sorte. No momento certo, ele teria de fazer sua escolha: ser ou não um lobisomem para o resto de sua existência. Sua vida era boa, sem dúvida. Era amado por seus pais e gostava da irmã, mas como resistir ao poder que brotava de si, graças à sua herança?
Esqueça tudo o que você ouviu falar sobre lobisomens e acompanhe o desfecho dessa emocionante história.
SILVEIRA, Maria José. A trágica escolha de Lupicínio João. São Paulo: Scipione, 2012. (Diálogo)