História das histórias em quadrinhos

por Lucas Meirelles

Yellow Kid, personagem criado por Richard Felton Outcault

Olás! Vamos contar um pouco sobre a grande história das histórias em quadrinhos!

Os quadrinhos, gibis, HQs fazem parte da vida de muitas leitoras e leitores. Dentre as muitas características, temos duas mais marcantes: são formados por duas partes: imagem e linguagem escrita e são usados balões para as falas, pensamentos, etc. Desde os primeiros quadrinhos até hoje, a narrativa dos acontecimentos com imagens (seja nas pinturas rupestres das cavernas, seja em páginas do Instagram) faz parte do ser humano.

A história das histórias em quadrinhos começa em meados do século XIX com algumas publicações em livros, algumas em jornais. Vários quadrinistas (talvez ainda não com esse nome) de diversos países começaram a publicar as primeiras histórias sequenciais em quadrinhos. Nota-se que histórias ilustradas, ilustrações com balões – principalmente em livros infantis – já eram comuns na época mas a palavra “sequenciais” revela esse marco fundador.

Revista em quadrinhos “Gibi”, lançada em 1939. Gibi, atualmente, é sinônimo de qualquer revista em quadrinhos no Brasil

As características dos assuntos dos primeiros quadrinhos eram bem diferentes entre si: havia quadrinhos com personagens mais infantis e histórias infantis; quadrinhos com temas políticos com histórias humorísticas; sátiras sobre o cotidiano, etc. Com o passar dos tempos, foram sendo absorvidos assuntos de outras mídias e os quadrinhos chamaram cada vez mais atenção no sentido da possibilidade de ser usado na comunicação.

A passagem dos jornais para revistas em quadrinhos foi gradual. Alguns personagens foram se destacando e ganhando revistas próprias e também do seu universo (por exemplo, surgiram primeiro as tiras dos personagens Cebolinha, Mônica, etc e depois se formou a Turma da Mônica). Os super-heróis e seus universos, aparecem nos anos 1930, nos quadrinhos, juntamente com a chamada “indústria dos quadrinhos”, onde nascem grandes editoras e quadrinistas e agências de distribuição (as comic strip syndication).

Há uma discussão iniciada nos anos 1960 sobre as graphic novels. São, por tradução, romances gráficos e são definidos como grandes histórias publicadas no formato de livro. Em uma comparação rasa com a literatura, as graphic novels seriam os grandes romances e as revistas em quadrinhos os livros de contos, novelas, crônicas. Porém há muita discordância e interpretações quanto ao uso do termo e essa segmentação dentro do universo das HQs.

Como exemplos de graphic novels, podemos elencar: Um contrato com Deus, de Will Eisner (que foi o primeiro quadrinhos que estampou a palavra graphi novel na capa); Persépolis, de Marjane Satrapi; Maus, de Art Spiegelman; Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons; As aventuras de Tintim, de Hergé; Retalhos, de Craig Thompson; Sandman, de Neil Gaiman; Corto Maltese, de Hugo Pratt; etc.

Como curiosidade, vocês sabem como se chamas as histórias em quadrinhos em outros lugares do mundo? Na França, é conhecido como bande dessinée; parecido com Portugal que é conhecido como banda desenhada ou história aos quadradinhos; em inglês é comics; em italiano, fumetti (tradução de “fumacinhas”, os balõezinhos que saem da boca das personagens); no Japão, são os mangás; nos países que falam espanhol são chamados de historietas.

A personagem “Mafalda”, criada pelo argentino Quino

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