UMA ALEGORIA DA REALIDADE

por Bruno Ruiz
6ºA – Unid. Morumbi

Livro : Rangers – Ordem dos arqueiros
Editora: Fundamento
Autor: John Flanagan
190 páginas

Na escuridão de um vale, situava-se um reino. Em volta desse reino, moravam os camponeses, fazendeiros, e famílias normais. Também haviam os protegidos do castelo. Esses moravam no silêncio e na calma. Entre eles, viva-se um menino chamado Will. Will foi encontrado ainda criança nos portões do castelo, com apenas um bilhete dizendo um pouco sobre ele. Depois desse dia, então, Will foi considerado um protegido graças a generosidade do barão.

Esse menino tinha características físicas bem incomuns: diferentemente dos outros meninos, que tinham características que ajudariam na vida de guerreiro, secretários ou outras funções do castelo, Will era pequeno, magro e bem ágil. Por causa dessas características,

Will era, de vez em quando zombado por seus colegas protegidos. Sempre que arranjava uma briga, ele corria, e por causa de suas ágeis habilidades, conseguia fugir subindo em alguma árvore, onde seus outros colegas não conseguiam subir.

É muito legal como o autor expressa as características de Will, pois no livro, mesmo Will sendo um protegido do castelo, ou seja, tendo boas condições de vida, etc., ele continua sen

do zombado. Também acho legal comentar, que as pessoas que querem zombar e debochar não conseguem ou mesmo não querem encontrar o lado bom da pessoa.

Isso acontece tanto no livro quanto na realidade. As pessoas estão interessadas em zombar e não param para pensar no lado positivo/legal dos outros. Também, às vezes as pessoas não pensam se fazer o que fazem é certo ou não. Isso acontece no livro, e acho que isso é uma mensagem que o autor tenta passar.

O autor, John Flanagan, fez uma interpretação muito legal de uma realidade, colocando como exemplo uma situação medieval muito bem formulada e interessante.

Porém, um dia, chegou o Dia da Escolha. Nesse dia, os chefes das diferentes funções do castelo, escolheriam, entre as crianças protegidas do reino e as que moravam nas redondezas do castelo, quem seriam seus futuros aprendizes. Na hora da escolha, os colegas de Will fizeram muitas zombarias com o tamanho de Will, utilizando, por exemplo, de seu tamanho, colocando-o no final da fila. Por fim, chegou a hora de um chefe escolher Will como seu aprendiz… Então… Quem o escolheu???

Autor: John Flanagan

Editora: Fundamento

O MUNDO ATRAVÉS DE “O JARDIM SECRETO”

por Maria Eduarda Pamponet Lavi
6ºB – Unid. Butantã

Livro: O jardim secreto
Editora: 34
Autor: Frances Hodgson Burnett
252 páginas

O livro “O jardim secreto” relata a história de uma menina muito rica e mimada, que morava na Índia. Ela perde sua família em uma crise de cólera e, assim, é levada para morar com o tio em Londres. Lá, não recebe mimos da mesma forma que antes. Ela tem que resolver suas coisas sozinha e, com isso, descobre um jardim cheio de segredos.

Frances Hodgson Burnett escreve uma obra na qual são representados fatos tristes, mas que nos fazem refletir que sempre há um lado bom, mesmo em situações de tristeza.

O fato de Mary Lennox ter perdido sua família, faz ela ficar com ódio e tristeza, por não receber mais os mimos de antes. Pensando que, enquanto seus pais estavam vivos, nem a davam atenção, e que assim, Mary teve uma infância triste, a pobre menina termina deprimida. Mas no meio desses trágicos acontecimentos, existiam também fatos bons.

Primeiramente, Mary encontra o Jardim secreto. Assim que ela o encontrou, ficou encantada. Naquele momento, ela achou uma forma de se divertir e fica, de certa forma, feliz. “…, afastou a cortina de hera que balançava e empurrou a porta, que se abriu devagar, bem devagar. Depois, se esgueirou, passou e fechou a porta atrás de si, ficando com as costas encostadas nela, olhando em volta, ofegante de emoção, maravilhamento e encantamento. Estava dentro do jardim secreto.”. O jardim foi uma forma de distração e fuga para a dor que a pobre menina sentia.

Em segundo lugar, Mary conhece um menino que anda de cadeira de rodas, tem a pele muito branca, pois não tinha contato com o sol, que não sai de seu quarto, que quase não vê seu pai, e que ela descobre que é seu primo, filho de seu tio, o dono daquela mansão. Ao ver o estado de seu primo, quis ajudá-lo,  levando-o para o jardim, e assim os dois ficam muito próximos. “Então ela andou até a porta, empurrou-a até abrir, e num instante estava no quarto.” Em uma cama havia um menino deitado chorando, “O menino tinha um rosto bonito e delicado, muito pálido, cor de marfim, com os olhos que pareciam grandes demais. Tinha também muito cabelo, caído sobre a testa em cachos grandes, que faziam o rosto parecer menor.”. Ela ganha um amigo, com quem se diverte muito.

Esse livro é uma obra que causa a qualquer um, de qualquer idade, uma ansiedade de querer lê-lo cada vez mais e descobrir os mistérios do Jardim Secreto.

REALMENTE ADULTO?

por Diego dos Santos Bruttin
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Ninguém vira adulto de verdade
Editora: Seguinte
Autor: Sarah Andersen
111 páginas

O livro “Ninguém vira adulto de verdade”, escrito pela autora Sarah Andersen, trata de uma menina de quase 20 anos que em sua vida de criança não conseguia fazer tudo o que queria pois, ela não tinha nenhum amigo, fazendo com que então sua vida de diversão fosse triste e não pudesse brincar ou ir em lugares com amigos. Com isso, o livro nos mostra que, em nossas vidas, não importa a idade que temos, mas sempre teremos um pouco de criança dentro de nós.

Este livro fala que tem que se aproveitar a vida, já que a menina que aparece no livro e é a personagem principal a nos mostra que, enquanto estava em sua infância não tinha amigos, com isso não conseguia fazer tudo o que queria. Então, quando ela cresceu, decidiu que ia fazer tudo o que não tinha conseguido fazer em sua infância, tanto que ao longo do livro dá para se perceber que a menina é bem infantil e parece uma criança, pois ela faz ações infantis, passa o dia inteiro brincando e falando com seu coelhinho de pelúcia. E um trecho que comprova isso, é um trecho que fala assim:

        

Mas esse livro não é só uma mulher de 20 anos infantil que forma a história, pois ao longo do livro nós percebemos que ela está representando que não largamos nossa infância, na verdade, ele nos mostra a infantilidade que os adultos ainda podem ter em si mesmos, mostrando que cada pessoa, desde sua fase adulta até sua fase idosa, sempre terá um pouco de infantilidade ou vontade de ser uma criança dentro dela.

                

Se há alguém em sua casa ou alguém que você conheça que não é muito fã de fazer uma leitura de vez em quando, este livro seria uma boa escolha para um adulto dar risadas um pouco, e se algumas crianças quisessem ler um livro burlesco, conciso e  interessante, este livro é uma boa escolha também, que serviria para além de crianças, adultos.

 Leia o livro, ninguém vira adulto de verdade

 

NÃO SEJA MAUS …

por Tomás Trinca
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Maus
Editora: Quadrinhos na Cia.
Autor: Art Spiegelman
296 páginas

Na Alemanha, pouco antes do holocausto acontecer mundial  os judeus estavam ocupando cargos de negócios muito importantes. O que fez com que eles tivessem uma vantagem em dinheiro, os alemães, por serem piores nos negócios que os judeus criam um certo preconceito pelo povo judeu. Triste, pois eles não tinham culpa! Então surgiu um certo homem… O nome dele era Hitler, que tinha um pensamento antisemita e que fez coisas horríveis. Tinha um rancor pelo povo judeu, como a maioria das pessoas na Alemanha. Ele conseguiu concretizar isso na Alemanha fazendo coisas terríveis com qualquer um que fosse diferente deles. Fazendo acontecer a segunda guerra mundial.

Como “Maus” se passa na segunda guerra mundial, os grupos étnicos são muito definidos, talvez não corretamente.Art nosso protagonista, autor e narrador, deixa explícito na história de 1939 até 1945,

que os judeus eram muito rebaixados pelos alemães, por pensamentos da época. Em “Maus” eles são retratados como ratos, (“Maus” em alemão é rato). Porém, os nazistas eram vistos pelo povo alemão por libertadores são gatos. O que retrata a caça. Os gatos caçam os ratos. Os poloneses (não judeus)  são porcos o que retrata presa fácil ou inúteis. Os americanos são cachorros, que são mais fortes que os gatos.

Existem também outros personagens retratados diferentemente, como os Ingleses, que são sapos e os Franceses são peixes.                                  

Em “Maus”, o antissemitismo é a trama da obra. O protagonista da história, Art Spiegelman, é um judeu que conta a luta de seu pai no holocausto. Vladek, o pai de Art, passa por muitos perigos em sua fuga de Hitler. Art conta de uma forma emocionante o relacionamento entre pai e filho mesmo em uma guerra, e como a determinação de uma família unida pode

ser muito intrigante e forte para superar o Holocausto de uma forma brilhante.

Tudo o que Vladek passa no campo de concentração nazista Auschwitz  parece ser absorvido pelo amor que o acompanha e a esperança de sair de  Auschwitz se torna maior. Isso se torna incrível e mágico para o leitor. Vladek era ótimo nos negócios. Conseguia convencer a fazer trato com os nazistas era muito fácil. Graças a essa característica ele tinha uma “leve vantagem”, comparando-a com os outros judeus.

Porque no campo de concentração sua passagem pelos campos de concentração foi menos torturante do que muitos. A fome que passou foi levemente menor do que a dos outros. As surras que levou foram muito menos excessivas. E sua esperança e determinação de sair vivo de Auschwitz eram muito maiores que  qualquer outro.

SIMPLICIDADE COMPLEXA

por Clara Fernandes De Carvalho
6ºB – Unid. Butantã

Resultado de imagem para o velho e o marLivro: O velho e o mar
Editora: Bertrand
Autor: Ernest Hemingway
127 páginas

O velho Santiago já estava aborrecido, mais um dia sem pescar um peixe, aquilo se tornou constrangedor, todos pescadores cheios de peixes e crustáceos, e ele 84 dias sem apanhar um ser do mar. Ainda por cima ele estava ficando idoso, mais fraco, mais cansado, cada vez estava mais difícil, a única coisa que ainda lhe incentivava era o jovem Manolin, que sempre lhe ajudava nas pescas e no cotidiano de Santiago. Aos poucos o rapaz incentiva o pescador, algo que influencia a vida deles. Assim, em um dia, Santiago fisga um peixe enorme, que a partir daí fez ele amar com ternura o ser, ficando somente o velho, o peixe e o mar.

Assim é contado por Ernest Hemingway o romance “O velho e o mar”, que aos poucos nos apresenta uma relação linda entre o jovem Manolin e o pescador Santiago, mostrando a capacidade de uma amizade com um rapaz e um senhor.  A relação familiar do velho com o rapaz influencia a história, pois ao refletirmos, percebemos que, sem Manolin incentivar Santiago, sem a amizade deles, não haveria o conteúdo principal, Santiago em uma jornada com o mar e um enorme e descomunal peixe. Essa relação constrói o ínicio da história e dá estrutura para o final.

A história constrói aos poucos uma linda relação entre eles, apresentando como cada um se ajuda, o jovem apoia Santiago com a pesca e com o cotidiano do velho, e o pescador ajuda a incentivar o rapaz a apanhar peixes e crustáceos, além de lhe dar todo dia comida. Essa irmandade leva os leitores querem saber como essas ações podem influenciar o livro. Podemos  perceber a existência deste auxílio em vários “episódios”, na página 25 por exemplo, podemos observar uma relação muito familiar…

“ – Agora devia ir deitar-se para estar descansado amanhã de manhã. Vou levar estas coisas para a Esplanada.

– Então, boa noite. Irei acordá-lo de manhã.

–  Você é meu despertador, disse o rapaz.”

Apesar de a amizade entre o rapaz e o velho nesta história não ser o elemento principal da narrativa, Ernest Hemingway a apresenta por um motivo. Em muitos olhares pode ser uma introdução, em outros um rumo para a história. Eu acredito que a história tem esta relação, para que apresentasse mais o comportamento do velho Santiago que iria protagonizar o texto com outros personagens, e acho que com uma criança mostraria muito mais um lado alternativo do que ele sozinho em alto mar durante toda a história. Os episódios nos quais notamos essas características são justamente quando Manolin e o velho convivem juntos e quando são separados e com isso o pescador começa a amar, porém com ternura, o enorme peixe.

A obra de Ernest Hemingway constrói nos leitores um  olhar que até o mais simples há de ser o mais complexo, justamente por ser tão simples.

TERROR EXTRAORDINÁRIO

por Estela Smith
6ºB – Unid. Butantã

Resultado de imagem para paper girls volume 1Livro: Paper girls volume 1
Editora: Image Comics
Autor: Brian K. Vaughan
144 páginas

1988, quando quatro meninas, KJ, Mack, Erin e Tiff, entregam jornais na madrugada depois dos dias das bruxas, coisas sobrenaturais começam a acontecer. Misteriosos adolescentes que vieram do futuro tentam ajudar, mas sua ajuda é vista como uma ameaça. Todos da cidade misteriosamente desaparecem, mas as coisas realmente pioram quando uma de suas amigas é levada por ele.

O mistério é muito bem retratado no livro “Paper Girls – volume 1”, de Brian K. Vaughan, com as lindas imagens de Cliff Chiang, que percorrem o livro nessa história em quadrinho. A narrativa deixa os leitores maravilhados e assombrados ao longo de toda a história. As cores usadas combinam com o sentimento de incompreensão que é compartilhado nas horas mais intensas, o fogo é mantido aceso até o final, lá, uma onda de medo causa a escuridão e o leitor fica ansiosamente esperando o segundo livro.

O final aberto deixa o leitor curioso para ver o que acontece com todos, o que eles fizeram, quem são as pessoas que os capturaram e suas razões. A imensidade da tragédia pode ser demonstrada em um quadrinho, onde avistamos a cidade vazia com as luzes das casas ainda acesas, a mesa ainda posta e assim causando um terror extraordinário em uma única imagem.

A VIDA POR TRÁS DE UMA AVENTURA

por Isabela Lourenço Fuchs
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Editora: Rocco
Autor: J.K. Rowling
224  páginas

Em uma casa comum, numa cidade pacata onde nada acontecia, em um dia como qualquer outro, um garoto chamado Harry Potter recebe uma carta da escola mais renomada de bruxos e bruxas, chamada Hogwarts. Quando consegue colocar as mãos neste maravilhoso envelope, que a partir daí mudará para sempre sua vida, ele fica deslumbrado e parte para esta aventura imediatamente.

Harry, em seu início neste mundo mágico, logo faz amigos,  Rony e Hermione passando por diversas e incríveis aventuras. Apesar de seu famoso nome, Harry Potter que é mais conhecido como a pessoa que enfrentou Voldemort e saiu ileso apenas com uma pequena cicatriz de um raio em sua cabeça, ele acha que não pode e é incapaz de fazer algo grande a ponto de ajudar sua sociedade. Esta magnífica obra chamada “Harry Potter e a pedr filosofal”  é escrita por J.K.Rowling.

Um fato é que todos estão maravilhados com a imagem que criaram de Harry Potter, apenas pelos boatos que surgem em Hogwarts, porém, para Harry, ele acha que será uma decepção para todos, não sabendo nem por onde começar para se tornar o bruxo ao qual todos estão iludidos. ‘

“Eu lhe falei, não foi? Falei que você era famoso. Até o professor Quirrell ficou tremendo de emoção em te conhecer, mas, em geral, ele está sempre tremendo.- disse Hagrid”, isto ocorre quando Hagrid e Harry após passar pelo beco diagonal, se encontram com o professor Quirrell que se emociona com a deslumbrante imagem a sua frente, Harry Potter. Este trecho mostra como Harry se sente a partir daquele novo mundo ao qual se encontra, que é totalmente diferente da percepção de todos os habitantes de Hogwarts, pelo novo integrante que parece ser muito interessante e especial.

Outro fato muito importante de nossas vidas, retratado neste livro, é a  inveja, pois um personagem já experiente na escola, chamado Draco Malfoy, não aceita que os atos de Harry estão mostrando quem realmente é. Apenas consegue aceitar e suportar, enganando a si mesmo que o nome “Harry Potter” é a única coisa que o torna famoso em Hogwarts. O invejoso personagem e seus dois companheiros, Crabbe e Goyle, são os únicos na escola que possuem esta opinião sobre Harry, tentando menosprezá-lo. Como nesta parte: “É verdade? – perguntou.- Estão dizendo no trem que Harry Potter está nesta cabine. Então é você?” Logo em seguida, após um diálogo, ele diz novamente “Ah, você vai querer brigar com a gente?”. Podemos perceber que Draco acha que é superior a Harry, mesmo por suas magníficas e deslumbrantes atitudes, ele continua e persiste em sua opinião própria.

Este livro é uma obra muito emocionante e deslumbrante, especificamente no ponto da história  em que Harry se desfaz dessas algemas que o cercam, o prendendo e limitando-o de poder mostrar quem realmente é para todos, que seu nome não importa. Uma aventura que nos faz refletir sobre nós mesmos, uma espécie de espelho de nossas vidas, porém em uma vida na qual você no início não se encaixa, um mundo paralelo totalmente diferente. Com o decorrer da história, os atos dos personagens são mais explícitos causando, assim, a identificação do leitor com os personagens.

TRAJETO DA IRMANDADE

por Fernanda Almeida Salgado
6ºB – Unid. Butantã

Resultado de imagem para Harry Potter e a câmara secreta

Livro: Harry Potter e a câmara secretal
Editora: Rocco
Autor: J.K. Rowling
287 páginas

Em Hogwarts, uma escola de bruxos onde tudo pode acontecer, Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley estão presentes em uma das aventuras que ocorrem no colégio. O livro “Harry Potter e a câmara secreta”, escrito por J.K. Rowling, conta sobre 3 amigos que nunca desistem uns dos outros, assim passando por uma aventura inesquecível.

Ao longo da narrativa, podemos observar que alguns personagens estão precisando de ajuda, marcando o leitor como cada um ajuda o outro em diversas situações. Podemos perceber essas ações da amizade em vários episódios, por exemplo a vez que Rony se machucou, e como uma boa amiga Hermione ficou para ajudá-lo.

Esta magia pode ser chamada de amizade, pois os amigos se ajudam, e está história apresenta justamente como Rony, Hermione e Harry se auxiliam durante o livro, assim retratando um dos elementos mais importantes, a confiança, que um amigo deve ter ao outro.

Esta obra pode se traduziu simplesmente com livro bárbaro sem ser indicado para alguma idade específica.

MONOMANIA

por Teresa Novis Rossi
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Vertigo (O corpo que cai)
Editora: Rocco
Autor: Thomas Narcejac e Pierre Boileau
188 páginas

 A obra “Vertigo”, de Thomas Narcejac e Pierre Boileau, se passa durante a segunda guerra mundial e  Flaviéres, um advogado preocupado, angustiado e acrofóbico, afastado do cargo de policial, é chamado para vigiar a esposa de um velho amigo de infância, Gévigne, que ele já não encontrava há muito tempo. Gévigne está aflito e desesperado, pois sua esposa, Madeleine, uma linda jovem, age de uma forma muito estranha e anormal, relacionada a sua Bisavó falecida. A moça está obcecada por sua antepassada, vestindo-se de tal forma e tendo tais hábitos que se assemelham aos de Pauline Lagerlac.

Em busca de explicações e vestígios, o detetive acaba se apaixonando perdidamente pela mulher. Este amor faz com que ele se aproxime e que possamos conhecer Madeleine, cada vez sabemos mais fatos.  E quando a esposa de seu amigo se joga nas águas do Sena e ele a salva, Flaviéres começa carregar o peso de sua amada em suas costas.

Tudo isso é contado de uma forma muito bem formada, com uma estrutura muito boa, aonde cada detalhe faz diferença, a cada momento descobrimos uma nova peça do quebra cabeça para o suspense. E o livro“Vertigo”,  por trás de tudo isso, fala sobre a obsessão, a angústia e o medo.

Anteriormente, o personagem é afastado do cargo de policial por não poder ajudar o seu amigo, que caiu de um prédio e morreu. Então, quando é novamente  impedido de salvar a vida de alguém por conta de sua acrofobia, quando Madeleine se joga do alto de uma igreja, se suicidando, ele fica nauseado. Flaviéres carrega a culpa por todo o resto de sua vida. Como nós, por mais que queremos, não conseguimos esquecer, e ao tentar esquecer, iremos lembrar e isso nos angustia, nos deixa preso em um pensamento. Essa identificação que temos com o personagem, conseguindo sentir o que ele sente, faz com que consigamos entrar no clima do mistério.

“Você nem mesmo se lembra daquela vez no museu do Louvre?”.  Flaviéres pergunta isso quando encontra uma atriz, Renée, que pensa ser sua bela e falecida Madeleine. Ele desacredita, então pergunta muitas coisas estranhas sobre seus passeios e memórias antigas construídas com sua amada.

A partir disto, o personagem não consegue se controlar, é impossível reter seus pensamentos. Ele fica nauseado, inconformado, e principalmente obcecado, se afogando em copos de whisky.

É muito interessante, pois o livro traz uma reflexão ao cotidiano, através do  personagem protagonista. Ele mostra como nós podemos ser obsessivos por algo e por alguém. Quando esquecemos que tem algo envolta de nós e apenas pensamos no que queremos.

Muitas coisas vão sendo descobertas na narrativa, cada vez sabemos mais sobre Pauline Lagerclac, Madeleine e Renée, porém sempre ficamos nos duvidando de quem são elas realmente, se são a mesma pessoa. Nenhuma explicação é feita sobre este aspecto, e isso é o que torna a trama excelente .

A obra é contada de um jeito surpreendente e envolvente. Não é possível esperar para depois, é impossível que a mão não vire a página. O leitor não se pergunta o que aconteceu, mas sim, o que vai acontecer.

CRÔNICAS DO ESQUECIMENTO

por Gustavo Liba Franco Barbosa
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Separados
Editora: Seguinte
Autor: Pauline Alphen
256 páginas

O livro “Separados”, segundo livro da série “Crônicas de Salicanda”, de Pauline Alphen, apresenta um mundo quase que medieval em que dois gêmeos, Jad e Claris, começam a desenterrar os mistérios do passado. Em uma noite chuvosa no aniversário dos gêmeos, um raio atinge o farol deixando Jad, o irmão de Claris, desaparecido e o pai dela morto, depois disso a gêmea vai tentar ajudar os feridos, mas no caminho de volta ela se perde  pelas passagens do castelo, que acabam dando em um sistema de cavernas escuras e labirínticas.

As cavernas simbolizam o trauma de Claris ao perder sua família, mas a ilha representa o processo de se recuperar, reconstruir, e melhorar depois de um evento traumático.

Enquanto a escuridão das cavernas, labirintos frios e rochosos, em que a desenhorentada menina se perdeu, depois daquela noite chuvosa que destruiu seu mundo. Ela começa a vagarosamente desabar em si mesma. Por não ter mais nada bom em que se sustentar, ela começa a esquecer tudo e todos e conforme seu mundo desaparecia nas profundezas daquele labirinto rochoso, que de certa forma a engolia, de que já não queria mais se livrar.  Começou a se sentir vazia e sem sentido enquanto ia para as profundezas daquele mundo escuro e desconhecido, que simboliza a frieza do destino. Mas nada mais fazia sentido para ela enquanto ia sucumbindo por dentro, nada era claro, nem mesmo palavras. “Eu não agradeci ao meu pai, não desejei feliz aniversário para meu irmão. Não agradeci ao meu pai, não desejei feliz aniversário para meu irmão. Não agradeci não desejei meu pai meu irmão irmão irmão’ Ela repetiu tantas vezes a mesma frase que não lembrava mais o sentido das palavras.” Como esse trecho mostra, Claris estava esquecendo de tudo para tentar se recuperar do trauma, virou um fantasma do que ela era, graças essa tentativa desesperada de esquecer como ela sempre fazia, mas isso só a machucou mais, porque como tudo desapareceu, a dor só ganhava mais espaço em meio aquele vazio.

Mas como para tudo há um contrapeso na vida, Claris acaba indo para uma incrível Ilha, onde o céu é diferente, onde o mar tem vida, e onde ela ganha um novo nome e junto com isso uma nova identidade. E no final, é essa identidade falsa que a faz lembrar quem ela é, como é dito no trecho: ”Meu nome é Claris! não Aran, é Claris! Claris de Salicanda!” Esse trecho mostra que a identidade dela só foi salva pela estadia na ilha. Como se ela se escondesse só para desabrochar depois, a ilha foi como um ritual de passagem, como ela entrasse uma pessoa e saísse uma uma outra, mais madura e com essas experiências da ilha que ela volta para casa determinada a achar o que tinha perdido.

O desamparo que Claris sentiu ao perder sua família está refletido no desamparo de não conseguir achar o caminho de volta, a frieza de perder sua família está refletida nas paredes duras e frias das cavernas, o vazio de perder tudo que conhecia está refletido na escuridão sem fim das cavernas, mas a esperança está refletida nos brilhosos três sóis da ilha, a sua determinação para voltar está refletida na floresta e sua gentileza e bondade estão refletidos nos habitantes da ilha. E isso faz o livro ser muito profundo, tanto como os mistérios de seu passado e tanto como os sentimentos que se sente ao ler e o significado do livro.