MONOMANIA

por Teresa Novis Rossi
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Vertigo (O corpo que cai)
Editora: Rocco
Autor: Thomas Narcejac e Pierre Boileau
188 páginas

 A obra “Vertigo”, de Thomas Narcejac e Pierre Boileau, se passa durante a segunda guerra mundial e  Flaviéres, um advogado preocupado, angustiado e acrofóbico, afastado do cargo de policial, é chamado para vigiar a esposa de um velho amigo de infância, Gévigne, que ele já não encontrava há muito tempo. Gévigne está aflito e desesperado, pois sua esposa, Madeleine, uma linda jovem, age de uma forma muito estranha e anormal, relacionada a sua Bisavó falecida. A moça está obcecada por sua antepassada, vestindo-se de tal forma e tendo tais hábitos que se assemelham aos de Pauline Lagerlac.

Em busca de explicações e vestígios, o detetive acaba se apaixonando perdidamente pela mulher. Este amor faz com que ele se aproxime e que possamos conhecer Madeleine, cada vez sabemos mais fatos.  E quando a esposa de seu amigo se joga nas águas do Sena e ele a salva, Flaviéres começa carregar o peso de sua amada em suas costas.

Tudo isso é contado de uma forma muito bem formada, com uma estrutura muito boa, aonde cada detalhe faz diferença, a cada momento descobrimos uma nova peça do quebra cabeça para o suspense. E o livro“Vertigo”,  por trás de tudo isso, fala sobre a obsessão, a angústia e o medo.

Anteriormente, o personagem é afastado do cargo de policial por não poder ajudar o seu amigo, que caiu de um prédio e morreu. Então, quando é novamente  impedido de salvar a vida de alguém por conta de sua acrofobia, quando Madeleine se joga do alto de uma igreja, se suicidando, ele fica nauseado. Flaviéres carrega a culpa por todo o resto de sua vida. Como nós, por mais que queremos, não conseguimos esquecer, e ao tentar esquecer, iremos lembrar e isso nos angustia, nos deixa preso em um pensamento. Essa identificação que temos com o personagem, conseguindo sentir o que ele sente, faz com que consigamos entrar no clima do mistério.

“Você nem mesmo se lembra daquela vez no museu do Louvre?”.  Flaviéres pergunta isso quando encontra uma atriz, Renée, que pensa ser sua bela e falecida Madeleine. Ele desacredita, então pergunta muitas coisas estranhas sobre seus passeios e memórias antigas construídas com sua amada.

A partir disto, o personagem não consegue se controlar, é impossível reter seus pensamentos. Ele fica nauseado, inconformado, e principalmente obcecado, se afogando em copos de whisky.

É muito interessante, pois o livro traz uma reflexão ao cotidiano, através do  personagem protagonista. Ele mostra como nós podemos ser obsessivos por algo e por alguém. Quando esquecemos que tem algo envolta de nós e apenas pensamos no que queremos.

Muitas coisas vão sendo descobertas na narrativa, cada vez sabemos mais sobre Pauline Lagerclac, Madeleine e Renée, porém sempre ficamos nos duvidando de quem são elas realmente, se são a mesma pessoa. Nenhuma explicação é feita sobre este aspecto, e isso é o que torna a trama excelente .

A obra é contada de um jeito surpreendente e envolvente. Não é possível esperar para depois, é impossível que a mão não vire a página. O leitor não se pergunta o que aconteceu, mas sim, o que vai acontecer.

CRÔNICAS DO ESQUECIMENTO

por Gustavo Liba Franco Barbosa
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Separados
Editora: Seguinte
Autor: Pauline Alphen
256 páginas

O livro “Separados”, segundo livro da série “Crônicas de Salicanda”, de Pauline Alphen, apresenta um mundo quase que medieval em que dois gêmeos, Jad e Claris, começam a desenterrar os mistérios do passado. Em uma noite chuvosa no aniversário dos gêmeos, um raio atinge o farol deixando Jad, o irmão de Claris, desaparecido e o pai dela morto, depois disso a gêmea vai tentar ajudar os feridos, mas no caminho de volta ela se perde  pelas passagens do castelo, que acabam dando em um sistema de cavernas escuras e labirínticas.

As cavernas simbolizam o trauma de Claris ao perder sua família, mas a ilha representa o processo de se recuperar, reconstruir, e melhorar depois de um evento traumático.

Enquanto a escuridão das cavernas, labirintos frios e rochosos, em que a desenhorentada menina se perdeu, depois daquela noite chuvosa que destruiu seu mundo. Ela começa a vagarosamente desabar em si mesma. Por não ter mais nada bom em que se sustentar, ela começa a esquecer tudo e todos e conforme seu mundo desaparecia nas profundezas daquele labirinto rochoso, que de certa forma a engolia, de que já não queria mais se livrar.  Começou a se sentir vazia e sem sentido enquanto ia para as profundezas daquele mundo escuro e desconhecido, que simboliza a frieza do destino. Mas nada mais fazia sentido para ela enquanto ia sucumbindo por dentro, nada era claro, nem mesmo palavras. “Eu não agradeci ao meu pai, não desejei feliz aniversário para meu irmão. Não agradeci ao meu pai, não desejei feliz aniversário para meu irmão. Não agradeci não desejei meu pai meu irmão irmão irmão’ Ela repetiu tantas vezes a mesma frase que não lembrava mais o sentido das palavras.” Como esse trecho mostra, Claris estava esquecendo de tudo para tentar se recuperar do trauma, virou um fantasma do que ela era, graças essa tentativa desesperada de esquecer como ela sempre fazia, mas isso só a machucou mais, porque como tudo desapareceu, a dor só ganhava mais espaço em meio aquele vazio.

Mas como para tudo há um contrapeso na vida, Claris acaba indo para uma incrível Ilha, onde o céu é diferente, onde o mar tem vida, e onde ela ganha um novo nome e junto com isso uma nova identidade. E no final, é essa identidade falsa que a faz lembrar quem ela é, como é dito no trecho: ”Meu nome é Claris! não Aran, é Claris! Claris de Salicanda!” Esse trecho mostra que a identidade dela só foi salva pela estadia na ilha. Como se ela se escondesse só para desabrochar depois, a ilha foi como um ritual de passagem, como ela entrasse uma pessoa e saísse uma uma outra, mais madura e com essas experiências da ilha que ela volta para casa determinada a achar o que tinha perdido.

O desamparo que Claris sentiu ao perder sua família está refletido no desamparo de não conseguir achar o caminho de volta, a frieza de perder sua família está refletida nas paredes duras e frias das cavernas, o vazio de perder tudo que conhecia está refletido na escuridão sem fim das cavernas, mas a esperança está refletida nos brilhosos três sóis da ilha, a sua determinação para voltar está refletida na floresta e sua gentileza e bondade estão refletidos nos habitantes da ilha. E isso faz o livro ser muito profundo, tanto como os mistérios de seu passado e tanto como os sentimentos que se sente ao ler e o significado do livro.

O MAL QUE PODE SER CONSIDERADO ALGO BOM?

Livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Editora: Rocco
Autor: J.K. Rowling
190 páginas

A obra “Harry Potter e a pedra filosofal”, da autora J.K Rowlings, é um livro de suspense, aventura e fantasia, que mostra a bruxaria como algo que pode ser bom, diferentemente do senso comum, que acha que a bruxaria é algo negativo ou maléfico. No livro, vários integrantes da sociedade de bruxos são pessoas boas e que fazem o bem.
Sendo o primeiro livro da saga de Harry Potter, publicado em 1997, mostra a bruxaria e o mundo dos bruxos como algo bom, onde, em uma escola no meio da floresta, um monte de crianças estudam para no futuro se tornarem bons bruxos, encarando novos desafios, aprendendo novos truques e ficando mais maduros.
Essa escola de bruxos é especial, tendo o nome Hogwarts e sendo composta por quatro casas, pois os alunos moram na escola enquanto estudam, voltando para a casa de seus pais ou familiares somente nas férias. Estas casas são: Gryffindor, Ravenclaw, Slytherin e Hufflepuff. Em Gryffindor há um bruxo especial chamado Harry Potter. Ele é um menino bem pequeno e órfão, pois seus pais morreram quando ele era bebê, tendo que enfrentar um dos maiores vilões desta escola e destes bruxos já no seu primeiro ano de escola. O vilão, chamado Voldemort, foi o responsável pela morte de seus pais. Neste primeiro livro, Voldemort busca uma pedra que está escondida em Hogwarts e que poderá deixá-lo mais forte e preparado para dominar o mundo dos bruxos.
Nesta obra, a bruxaria é mostrada como algo positivo, de pessoas boas e de bom coração. Pode-se usar como exemplo alguns dos personagens do livro, como o bruxo Hagrid, um gigante amigo de Harry Potter que mora numa pequena casa na floresta de Hogwarts.
“Hagrid secou o nariz com o dorso da mão e disse:
Ah, isso me lembra. Trouxe um presente para você.
Não é um sanduíche de carne de arminho, é?- perguntou Harry ansioso e, finalmente, Hagrid deu uma risadinha.
Não, Dumbledore me deu folga ontem para eu providenciar. Claro, devia mais é ter me demitido. Em todo o caso, trouxe isto para você…
Parecia ser um belo livro encadernado em couro. Harry abriu-o, curioso. Estava cheio de retratos de bruxos. De cada página, sorrindo e acenando para ele, estavam sua mãe e seu pai.
Mandei corujas para todos os velhos amigos de escola de seu pai e sua mãe, pedindo fotos… Eu sabia que você não tinha nenhuma… Gostou?
Harry nem conseguia falar, mas Hagrid compreendeu.” (pag. 259)
Neste trecho, Hagrid, um dos melhores amigos de Potter, consegue montar um álbum de fotografias para Harry, que fica emocionado. Vê-se que Hagrid, mesmo tendo uma aparência assustadora e sendo do mundo dos bruxos, possui grande pureza no coração, capaz de imensos sacrifícios para fazer feliz seu grande amigo Potter.
Por outro lado, os tios de Harry Potter, que não são bruxos, são extremamente malvados com ele, como se observa na passagem a seguir:
“Chegaram à estação de King’s Cross às 10:30h.Tio Valter jogou a mala de Harry num carrinho e empurrou-o até a estação para ele. Harry achou o gesto curiosamente bondoso até tio Valter parar diante das plataformas com um sorriso maldoso.
Bom, aqui estamos, moleque. Plataforma nove, plataforma dez. A sua plataforma devia estar aí no meio, mas parece que ainda não a construíram, não é mesmo?
Ele tinha razão, é claro. Havia um grande número nove de plástico no alto de uma plataforma e um grande número dez, no alto da plataforma seguinte, mas no meio, não havia nada.
Tenha um bom período letivo – disse tio Valter com um sorriso ainda mais maldoso. E foi-se embora sem dizer mais nada.
Harry se virou e viu o carro do Dursley partir. Os três estavam rindo.” (p. 82)
Para deixar mais claro que ser bruxo não é uma coisa tão ruim quanto parece, ao contrário do que pensam as pessoas que têm medo deles, neste livro a maioria dos bruxos são boas pessoas, ao contrário da família trouxa de Harry Potter (no livro trouxa quer dizer pessoas normais, não bruxos) que não gosta dele e o trata como um problema e um intruso.
O livro mostra que nós não precisamos ter medo do que é diferente, mas devemos entender e respeitar a diferença, pois nem sempre tudo será igual a você.
Portanto, se você conhece uma criança ou um adulto que não é fã de ler, este livro será uma boa escolha para uma criança conhecer as magias de um bruxo, ou um adulto que poderá entender informações um pouco mais aprofundadas como ver a bruxaria de algo diferente de que a criança vê.

O QUE TEM DE OCULTO NOS CONTOS DO LIVRO: TODO MUNDO QUER VER O MORTO

por Lorenzo Morariu Barboa
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Todo Mundo Quer Ver O morto
Editora: Patuá
Autor: Natália Zuccala
140 páginas

Natália Zuccala escreveu um livro chamado “Todo mundo quer ver o morto”, para a editora Patuá, com mini contos de 4 a 7 páginas, que alguns poderiam ensinar como prevenir o ser humano. Fora disso, o livro é muito bom, com contos que farão você pensar sobre eles, mas com sua vantagem, sempre terá desvantagens. Como: alguns contos são muito difíceis para um jovem. Este conto a seguir será um deles.

“Era só”, um dos contos mais para o meio da leitura deste livro, que fala sobre, muitas pessoas que se rodearam para ver o morto, aonde no final se explica que Era só algo diferente. Mas com essa informação, sabemos que a curiosidade do ser humano pode ser exagerada o suficiente para não enterrar o morto. E têm uma hora, quando a personagem que conta a história fala o seguinte: “Aí que o morto morreu de novo mesmo. No chão duplamente morrido e sem luto.”, A frase “Duplamente morrido”, afirma que era apenas uma pessoa dormindo ou desmaiada, mas aí depois de tanto tempo perdeu a graça, e descobriram que morreu de verdade o corpo no chão. Agora descobrimos que às milhares de pessoas que ficaram envolta do corpo não fizeram questão de verificar se estava vivo mesmo, e ficou por tanto tempo que morreu. A partir dessa ideia, consigo afirmar que a curiosidade humana é um de seus pecados mais perigosos quando a preguiça da procura de informações vai junto. Sendo assim, sabemos que o humano é curioso e preguiçoso, não ajudando, só vendo ou rindo. Mas dependendo da pessoa ela ajudará.

O conto chamado “Jaqueline” é um conto que fala de uma menina jovem falando para sua amiga ou objeto ou ser imaginário, o livro não afirma com quem ou o que ela está falando, que as esquinas são os lugares mágicos na rua. E explica que quase foi atropelada da primeira vez que tentou atravessar a rua, e que presenteou vários acidentes de carro, enquanto, “ficava” lá. Tem essa hora em que no começo da história ela fala que “da primeira vez quando minha mãe abriu a porta, saí correndo para ver o de fora, e fechou a porta atrás de mim”, significa que ela foi abandonada e gostou. Isso fala que os pais dela não queiram-na em suas vidas, e a transformou em uma mendiga muito jovem. Não sabemos quantos anos ela tem, enquanto conta a história, mas sabemos que faz um ano desde seu abandono. Na minha opinião, boa parte dos mendigos em São Paulo são pessoas abandonadas por suas famílias. Com isso, as doenças mentais podem ter causado tudo isso, e provavelmente foi esse o caso com a mãe dessa menina, que supostamente tem o nome de Jaqueline.

Esta resenha ficaria muito longa se estivessem todos os contos citados , mas vocês podem fazer o que eu fiz e encontrar outros significado nas histórias deste livro maravilhoso quando forem lê-lo.

ONDE HÁ VILÕES SEMPRE HAVERÁ HERÓIS

por Artur Almora da Silva Diaz
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Coração de Aço
Editora: ALEPH
Autor: Brandon Sanderson
392 páginas

“Em uma cidade chamada Nova Chicago, eu estava com meu pai em um banco muito grande e cheio de decorações, quando  de repente chegou um èpico*¹, que estava matando muitas pessoas e inclusive um bebê na frente da mãe e de todo mundo que estava por ali. De repente apareceu um homem muito grande e forte voando em cima do teto destruído do banco. Todos estavam achando que ele era um super herói, e que iria nos salvar mas…”

O autor escolhe um menino para ser o narrador do livro, mas não sabemos o nome dele. Podemos perceber que o narrador é uma criança e como é um livro fantástico, ele, como qualquer outra, exagera na hora de contar a história, e por causa disso o leitor fica muito atraído pelo livro.

Coração de Aço é um vilão muito forte e perigoso, ele é capaz de tudo que quer, além disso, um assassino que mata pessoas inocentes e pessoas que os provocam. O pai do menino é uma das vítimas do vilão, que o provocou, enfrentando-o, assim o vilão ficou nervoso e acabou matando-o na frente do menino. Conforme o problema da cidade e dos cidadãos vai aumentando, Coração de Aço vai se apoderando e deixando mais medo às pessoas. As ações deste vilão deixam com que o leitor fique muito mais interessado no livro e sinta os sentimentos dos vilões e os inocentes que sofrem por causa  dos vilões.

O livro “Coração de Aço”, escrito por Brandon Sanderson, é uma história de ação e aventura. Ele escreve de uma forma que o leitor imagine em sua cabeça tudo que ele transmite, descrevendo o lugar muito bem detalhado e deixa o leitor atraído pelo livro.

Se você  for ler esse livro, lembre desta frase “Onde há vilões sempre haverá heróis”, pois estará lá quando chegar no final da história.

 

DIÁRIO DE BLUMKA

por Lucas Meirelles

“Literalmente, acabou de chegar!” 🙂

“Diário de Blumka”, lançamento da autora Iwona Chmielewska, traz uma adaptação do diário da menina Blumka que, junto de outras 200 crianças viveu sob os cuidados de Janusz Korczak (1878-1942). As ilustrações são de uma delicadeza e uma sofisticação muito grandes. Tantos detalhes e tanta simplicidade. A poesia perpassa as palavras e as imagens.

Korczak, dentre outras tantas profissões/ vocações, foi pedagogo e teórico de educação e dirigiu um orfanato (descrito no livro). Lá as crianças tinham tamanha autonomia que um tribunal onde as decisões eram tomadas pelas próprias crianças foi criado. Pela leitura do texto a paixão pela educação e, principalmente, pelas crianças vai aumentando.

CHMIELEWSKA, Iwona. Diário de Blumka. São Paulo: Pulo do Gato, 2017. 70 p. ISBN 9788564974807

MÔNICA É DALTÔNICA?

por Lucas Meirelles 

A Turma da Mônica vem ganhando nova roupagem. Desde 2015 apareceram álbuns com histórias antigas da Turma com ilustradores que não os  habituais dos estúdios Maurício de Sousa.

“Mônica é daltônica?” (1970) é o primeiro da série e inaugura com o traço de Odilon Moraes. Os diálogos são em grande parte respeitados com o original,  mas as personagens estão um pouco diferentes do que estamos acostumados. No final da história aparecem esboços do novo ilustrador e imagens das  histórias que saíram no gibi da época. A história começa com os meninos, capitaneados por Zé Luís (irmão da Mônica), bolando um ~plano infalível~  para enganar a Mônica e fazer com que ela pare de bater nos outros.

É muito interessante pelo fato de fazer uma troca de formatos: sai de histórias em quadrinhos e chega transformado em literatura. O modo de leitura  muda, pois não há quadros, balões e um sistema para ler, assim como expande as ilustrações, trazendo novos significados para a obra.

É um bom modo de ler Turma da Mônica. Quem não conhece, passa a conhecer as personagens e quem já conhece, se deleita com a lembrança da  história.

SOUSA, Maurício de. Mônica é daltônica?. São Paulo: Companhia das Letrinhas: Maurício de Sousa Editora, 2015. 47 p. (Turma da Mônica).

AUTOCRACIA

por Lucas Meirelles

Autocracia

Autocracia é um livro de histórias em quadrinhos. Mas não histórias em quadrinhos como estamos usualmente habituados a ler. Não há aqui heróis, personagens complexos, uma sequência lógica de história; não há aventura, humor. Como uma crítica ao advento dos automóveis na vida cotidiana, ou uma explicação do porquê vive-se  correndo, o autor Woodrow Phoenix cria imagens de estradas, ruas, curvas, placas, estacionamentos e calçadas para falar do seu tratado sobre “velocidade, poder e morte no mundo motorizado” (subtítulo da capa).

Uma característica notável nesse livro são os “estudos de caso” narrados entre curiosidades sobre as leis de trânsito no Reino Unido e Estados Unidos. São histórias de, como frisa o autor: “acidentes” em que percebe-se quais os papéis de executor e vítima e como a sociedade reconhece ambos.

Livro para ler e repensar, ler e discutir.

PHOENIX, Woodrow. Autocracia. São Paulo: Veneta, 2014.

UMA RESENHA DESCONHECIDA

por Giulia Ramondetti
6ºA

Título: Black Bird – A fuga
Autor: Anna Carey
Editora: V&R
225 p.

O livro “Black Bird- a fuga” trata do tema do desconhecido representado por uma  menina que não se conhece e que está completamente perdida. Esse livro tem o foco narrativo diferente, pois normalmente os livros são narrados em terceira pessoa, mas não falam diretamente com o leitor, e nesse caso isso ocorre.

Imagine acordar nos trilhos de um metrô sem saber quem você é? Nem sabe como chegou ali? Pois é, imagine os sentimentos dela. São profundos, são intensos, não podemos saber. Ela mal tem tempo para descobrir sua identidade, e logo percebe que está sendo caçada. Precisa fugir desesperadamente. Não sabe quem são eles, não sabe em quem confiar.

Os sentimentos dela não podemos dizer como eram, mas ela era uma garota que era olhada de uma forma diferente pois todos os conheciam como A menina que acordou em um metro que não sabe quem ela, mas a partir disso conseguimos ter uma ideia dos sentimentos dela, não eram contentes, não eram felizes e sim tristes, porque se voce não sabe quem voce é, voce não se sente feliz como podemos perceber nesse paragrafo.
“Abre o bloco de notas em uma página em branco, alisa o papel e escreve, coisas que eu sei que são verdadeiras e que a deixe feliz :

– Estou em Los Angeles

– Acordei nos trilhos do metrô na estação Vermontl Sunset

– Sou uma garota

– Tenho cabelos pretos e longos

– Tenho uma tatuagem de pássaro no pulso direito (FNV 02198)

– Sou boa de corrida”

UM TORNEIO EM QUE A AMIZADE, O AMADURECIMENTO E A UNIÃO VALEM MAIS DO QUE TUDO

por Luana Turano
6ºA

Título: Harry Potter e o Cálice de fogo
Autor: J.K. Rowling
Editora: Rocco
536 p.

O livro “Harry Potter e o Cálice de Fogo” apresenta o tema de amadurecimento, amizade, união e mistério de forma clara e perspicaz.

J.K. Rowling narra as aventuras que os personagens passam enquanto sofrem os problemas e as desvantagens do maior torneio do mundo bruxo, a Competição TriBruxo. Nisso, os personagens passam por várias provas, tentando sobreviver. O propósito desta competição ganhar em troca sua própria vida.

A Competição TriBruxo aconteceu justamente no quarto ano escolar bruxo do personagem principal, Harry Potter. A convocação para isso, era feita de um modo muito especial. Existia na época um cálice, o Cálice de Fogo. Todo bruxo que gostaria de participar desta competição tinha que ter no mínimo 17 anos, assim tinha de colocar um papel com seu nome escrito dentro do Cálice. Eram escolhidos três participantes por vez e assim a competição acontecia, por isso o nome TriBruxo. Existia um dia certo para isso, em que o Cálice de Fogo, iria “cuspir” os três papéis com nomes escritos de três alunos. Mas justamente no ano em que Harry Potter pela primeira vez iria assistir ao torneio, um quarto papel foi “cuspido” pelo Cálice, e neste papel estava escrito seu nome. Como sua idade era inferior a 17 anos, todos achavam que ele tinha violado as leis da competição para poder participar, então estavam  em desacordo com este fato, também pelo caso de que ele era muito novo, apenas 14 anos, mas como o Cálice cuspiu, tiveram que ceder e ele deveria comparecer a todas as provas. Mas como o mesmo afirmava que não colocou seu papel, todos ficaram em dúvida de quem poderia ter colocado. A partir disso, existe todo um mistério que acaba prendendo muito o leitor, e assim faz com que mais um dos livros da autora tenha sucesso.

Durante a competição, Harry mostra ser muito maduro após as provas. Para não perder a vida, entende que pode contar com a ajuda de outros participantes, como Cedrico Diggory, mesmo sabendo que ele poderia morrer por causa deles um dia. Assim a autora mostra o ato de fidelidade entre eles e o quanto todos os desafios que as provas tem deixam Harry mais amadurecido.

Este livro nos mostra como devemos agir diante de todas as nossas dificuldades no dia a dia, como podemos amadurecer com ela, errando. Não só isso, como o quanto podemos contar com as amizades em uma hora destas e como a união é importante.

O trecho a seguir é um trecho retirado do livro que mostra como Harry tinha uma certa ligação de união com Cedrico após ele morrer.

“De muito longe, acima de sua cabeça, ele ouviu uma voz fria e aguda dizer: “Mate o outro.”

Um zunido, e uma segunda voz que arranhou o ar da noite:

  • Avada Kedavra!

Um relâmpago verde perpassou as pálpebras de Harry e ele ouviu alguma coisa pesada cair no chão ao seu lado; a dor de sua cicatriz atingiu tal intensidade que ele teve ânsias de vomitar, em seguida diminuiu; aterrorizado com o que iria ver, ele abriu os olhos ardidos.

Cedrico estava estatelado no chão ao seu lado, os braços e pernas abertos. Morto.

Por um segundo que continha toda a eternidade, Harry fitou o rosto do colega, seus olhos cinzentos abertos, vidrados e inexpressivos como janelas de uma casa deserta, a boca entreaberta num esgar de surpresa. Então, antes que a mente de Harry pudesse aceitar o que seus olhos viam, antes que pudesse sentir alguma coisa além da atônita incredulidade, ele sentiu que alguém o levantava.”