Henri Cartier-Bresson

Henri Cartier-Bresson (1908-2004), fotógrafo

por Lucas Meirelles

Nossas bibliotecas não têm somente livros literários. Revistas, jornais, enciclopédias e outros materiais sobre outras áreas, além da literatura, também fazem parte do nosso acervo.

Hoje, nosso perfil será sobre um fotógrafo chamado Henri Cartier-Bresson!

Esse simpático francês da foto, nascido em 1908, começou, antes da fotografia, a estudar pintura – o que parece ter depois criado uma estética em suas criações fotográficas. Os instantes que são revelados por ele são dignos de uma pintura.

Após uma temporada na África, na Costa do Marfim, no começo de 1930, Henri começa a tomar gosto pela fotografia e, em 1932 quando compra sua primeira câmera Leica, fez uma viagem com amigos pela Europa e sua produção fotográfica começa.

Nos anos antes da Segunda Guerra Mundial, trabalhou na assistência de direção e fotografia de cinema, principalmente com o diretor Jean Renoir e também fez alguns documentários próprios.

Mas quando chegou a Segunda Guerra ele serviu no exército francês como cabo na unidade de Cinema e Fotografia. Foi capturado pelo exército alemão na Batalha da França, em 1940 e tentou fugir algumas vezes, mas só conseguiu em 1943.

Detalhes do cotidiano foram frequentemente retratados em suas fotos. Após seu envolvimento na guerra, fotografou muitos países em diversos tempos diferentes e realizou muitas exposições mundo afora. E com outros fotógrafos fundou uma agência de fotografia, a Magnum Photos, em 1947.

A fundação que leva seu nome, situada na França, cuida de seus materiais e produção, além de apresentar exposições de outros fotógrafos e fotógrafas.

Faleceu aos 95 anos de idade, em 2004.

Como não pode deixar de faltar, aqui estão os livros dele ou sobre ele em nossas bibliotecas. Além desses, há a Coleção Folha Grandes Fotógrafos em que ele aparece em vários volumes:

 

CARTIER-BRESSON, Henri. Henri Cartier Bresson: fotógrafo. São Paulo: SESI, 2017. 342 p. ISBN 9788550402499.

 

 

 

 

CARTIER-BRESSON, Henri. Henri Cartier-Bresson. São Paulo: Cosac Naify, 2011. 1 v. (Photo poche ; 1). ISBN 9788540500006.

Roald Dahl

Roald Dahl é um dos nossos escritores preferidos!

Você sabia que ele, além de criar tantos personagens que vivem conosco desde a infância, trabalhou em uma petrolífera na África, foi roteirista para televisão e cinema e pilotou caças durante a Segunda Guerra Mundial?

Pois então! Mas vamos do começo…


Roald Dahl nasceu em 1916, no País de Gales, país que faz parte do Reino Unido. Filho de pais noruegueses, recebeu seu nome em homenagem ao explorador norueguês Roald Amundsen (que fez parte da primeira expedição ao Polo Sul!).

Em meados de 1930 começou a trabalhar na empresa petrolífera Shell, ainda no Reino Unido, mas logo foi ao Quênia, Tanzânia, entre outros países africanos trabalhar com o abastecimento de petróleo nessas regiões.

Em 1939, no início da 2º Guerra Mundial, Dahl ingressou na Royal Air Force. Realizou treinamentos, dirigiu caças em missões, sofreu um acidente em uma queda de um avião (que quase lhe custou a visão!), trabalhou na inteligência e deixou o serviço como Líder de Esquadrão.

Após essa turbulenta parte da vida, começa a escrever e é aqui que temos a seção que mais nos interessa.

Desde “Os Gremlins”, de 1943 (seu primeiro livro infantil que tem uma adaptação para o cinema com uma história bem diferente da do livro) a “Os Minpins”, lançado em 1991, seus livros nos encantam por muitos motivos. Grande parte deles são escritos sob o ponto de vista de uma criança. E isso torna os livros muito mais divertidos.

Nesses quase 50 anos de escrita, de ficção a poesia, Dahl nos trouxe personagens muito marcantes como Charlie Bucket e Willy Wonka, o senhor e a senhora Peste, o senhor Raposo, Jorge e seu remédio para a avó e Matilda, entre muitos outros.

Além disso também escreveu contos para adultos e participou de roteiros de alguns filmes para cinema e TV (adaptados de obras suas ou não), entre eles a série “Alfred Hitchcock Presents” (1955-1962) e o filme “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes” (1967).

Faleceu aos 74 anos, em 1990, esse grande contador de histórias que, em 2008, ganhou um prêmio com seu nome (o Roald Dahl Funny Prize) para premiar ficções infantis bem-humoradas 🙂

Temos, em nossas bibliotecas, muitos livros traduzidos para o português e alguns no original, em inglês:

 

André Neves

Olá!

Seguimos com a apresentação de perfis das nossas escritoras e escritores. Hoje temos o caso de um ilustrador que sempre escreveu, com outros autores ou sozinho, histórias muito poéticas e que trazem muitas reflexões. Trata-se do pernambucano, radicado em Porto Alegre, André Neves.

Ele nasceu em 1973, em Recife e se formou em Relações Públicas e em Artes Plásticas.

De 1997, quando lançou seu primeiro livro como ilustrador, já ganhou duas vezes o Prêmio Jabuti (que premia a excelência em produção literária nacional), uma em 2011 pela categoria Infantil, com o livro Obax e a outra em 2013, pela categoria Ilustração de Livro Infantil e Juvenil, com o livro Tom.

Suas ilustrações brincam muito com o brincar e conversam bastante com o texto das criações das histórias. Sua infância em Recife parece trazer muitas referências para seus livros.

Em 2004 recebeu ainda o “Prêmio Açorianos” de melhor ilustração. E também recebeu por parte de sua obra selos “Altamente Recomendável”, concedidos pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil).

Ele tem um blog (que não é atualizado desde 2013) que tem informações de livros que ele fez, homenagens que recebeu, outros prêmios que ganhou e ilustrações que não estão em livros.

Temos em nossas bibliotecas 34 títulos deste autor, 19 em que ele aparece como ilustrador ou co-autor e 15 em que ele é o autor principal.

Ei-los:

Cotidiano escolar

por Alana Vaz*

Acordar cedo, desligar o despertador e levantar, mais um dia de aula ou batalha com o consciente.  Algo normal em questão de força emocional e física.

Comer algo, se arrumar, e enfim sair de casa. Enfrentar o caminho até a escola e então chegar ao lugar onde te causa tantas emoções, tanto como alegria e entusiasmos como tédio e cansaço.

A hora que se passa com as aulas é diferente, e pode causar uma angústia pelo tempo. Ou rápido de mais ou realmente devagar, como se cada aula fosse um sopro ou como se todo minuto passado fosse ficando cada vez mais longo.

Bate o sinal, hora do intervalo, como o meu lanche e vou até a biblioteca. Meu refúgio mental está lá dentro. Onde tudo se espairecer e pode-se encontrar certa ordem momentânea nos pensamentos. Acabou o intervalo. Voltei para a sala.

As aulas depois do intervalo geralmente são monótonas e sonolentas, o que faz ser mais difícil de entender as coisas, deixando meus pensamentos confusos e ao mesmo tempo preocupados, por querer entender a matéria.

Tirando os momentos de puro desvio de atenção, onde no meio da aula, viajo para um mundo completamente diferente, mas, logo me acho de volta na sala, sentada com a voz do professor ecoando no fundo da minha cabeça.

A aula acabou, mas, ainda não vou para a casa, tem muita coisa a ser feita e decido ficar mais um pouco, vou parar na biblioteca, um canto de paz e tranquilidade para a minha consciência. Termino o que eu preciso e então tenho que partir para casa.

Mesmo caminho de volta, coloco o fone para me distrair ao máximo pelo longo percurso, penso em visitar um amigo para que o dia termine um pouco melhor do que de costume, porém, decido que é melhor ir direto para casa.

Já em casa, vou tomar banho para que possa então encerrar o dia letivo e rotineiro. Em direção da cama vejo o livro que tanto queria ler antes do início das aulas, mas que ficou desinteressante depois de todas as responsabilidades apresentadas.

Enfim, vou para a cama dormir, deito e então passasse um turbilhão de pensamentos em minha mente, o que me faz ficar acordada e pensativa por um tempo, até que de repente pegue no sono e termine mais um dia.

Aquamare


* Alana Vaz é aluna do 1º ano Ensino Médio, apaixonada por livros e frequentadora assídua da biblioteca da unidade Morumbi

Carolina de Jesus

Olá!

Vamos apresentar alguns perfis biobibliográficos de algumas escritoras e alguns escritores que povoam as estantes de nossas bibliotecas. Também de alguns ilustradores e ilustradoras. A escolhida de hoje é a Carolina de Jesus, que no dia 14 de março de 2020 completaria 106 anos:

Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus foi uma escritora brasileira. Nascida em Sacramento (MG), no ano de 1914 veio morar na cidade de São Paulo em 1937, após idas e vindas entre cidades mineiras e paulistas. De origem humilde, sempre trabalhou em fazendas como lavradora ou empregada doméstica nas cidades. Os pais eram analfabetos, porém conseguiu estudar e aprender a ler quando criança pois a esposa de um fazendeiro resolveu pagar pelos seus estudos, que foram interrompidos logo no segundo ano.

Quando chegou em São Paulo, morou em favelas, em casas construídas por ela mesma e trabalhava como catadora de papel para sustentar a família. Em 1948 muda-se para a favela do Canindé, na zona norte da cidade, e teve seu primeiro filho João José de Jesus. Teve ainda mais dois filhos: José Carlos e Vera Eunice, nascidos em 1949 e 1953 respectivamente. Enquanto trabalhava como catadora, começou a escrever seu diário com registros do cotidiano da vida em comunidade na favela. Esse diário deu origem ao “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”, publicado em 1960, com a primeira tiragem de 10.000 exemplares vendida apenas na primeira semana.

Ao longo da vida ainda escreve outros livros, grava um disco onde canta algumas de suas composições, tem seus textos adaptados para cinema e teatro. Aos 63 anos, em 1977, após uma crise de asma morre no sítio dela em Parelheiros – SP. Fez muito sucesso em vida e seus livros foram traduzidos para catorze línguas.

Eis aqui a lista de livros lançados em vida:

Quarto de Despejo (1960) ; Casa de Alvenaria (1961) ; Pedaços de Fome (1963) ; Provérbios (1963)

e as obras póstumas:

Diário de Bitita (1977) ; Um Brasil para Brasileiros (1982) ; Meu Estranho Diário (1996) ; Antologia Pessoal (1996) ; Onde Estaes Felicidade (2014) ; Meu sonho é escrever – Contos inéditos e outros escritos (2018)

Temos nas nossas bibliotecas duas edições do “Quarto de Despejo” e “Carolina”, uma biografia em quadrinhos, feita pelos autores Sirlene Barbosa e João Pinheiro.

 

 

 

 

 

 

 

Parte das informações foram retiradas do site: https://www.vidaporescrito.com/, onde podem encontrar mais curiosidades, fotos e vídeos dessa grande escritora.

ADOREI MESMO, DE VERDADE

Eu indico porque é uma cultura muito diferente da que a gente está acostumada. É muito legal, ele mostra o ponto de vista de cada um dos lados. Eu queria que a continuação estivesse traduzida. Estou muito curiosa para saber o que vai acontecer com Chagun. Adorei mesmo, de verdade.

Sofia, 5º ano.

Título: Moribito, o guardião do espírito

Autor: Nahoko Uehashi

Editora: WMF Martins Fontes

211 p.