A VIDA POR TRÁS DE UMA AVENTURA

por Isabela Lourenço Fuchs
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Editora: Rocco
Autor: J.K. Rowling
224  páginas

Em uma casa comum, numa cidade pacata onde nada acontecia, em um dia como qualquer outro, um garoto chamado Harry Potter recebe uma carta da escola mais renomada de bruxos e bruxas, chamada Hogwarts. Quando consegue colocar as mãos neste maravilhoso envelope, que a partir daí mudará para sempre sua vida, ele fica deslumbrado e parte para esta aventura imediatamente.

Harry, em seu início neste mundo mágico, logo faz amigos,  Rony e Hermione passando por diversas e incríveis aventuras. Apesar de seu famoso nome, Harry Potter que é mais conhecido como a pessoa que enfrentou Voldemort e saiu ileso apenas com uma pequena cicatriz de um raio em sua cabeça, ele acha que não pode e é incapaz de fazer algo grande a ponto de ajudar sua sociedade. Esta magnífica obra chamada “Harry Potter e a pedr filosofal”  é escrita por J.K.Rowling.

Um fato é que todos estão maravilhados com a imagem que criaram de Harry Potter, apenas pelos boatos que surgem em Hogwarts, porém, para Harry, ele acha que será uma decepção para todos, não sabendo nem por onde começar para se tornar o bruxo ao qual todos estão iludidos. ‘

“Eu lhe falei, não foi? Falei que você era famoso. Até o professor Quirrell ficou tremendo de emoção em te conhecer, mas, em geral, ele está sempre tremendo.- disse Hagrid”, isto ocorre quando Hagrid e Harry após passar pelo beco diagonal, se encontram com o professor Quirrell que se emociona com a deslumbrante imagem a sua frente, Harry Potter. Este trecho mostra como Harry se sente a partir daquele novo mundo ao qual se encontra, que é totalmente diferente da percepção de todos os habitantes de Hogwarts, pelo novo integrante que parece ser muito interessante e especial.

Outro fato muito importante de nossas vidas, retratado neste livro, é a  inveja, pois um personagem já experiente na escola, chamado Draco Malfoy, não aceita que os atos de Harry estão mostrando quem realmente é. Apenas consegue aceitar e suportar, enganando a si mesmo que o nome “Harry Potter” é a única coisa que o torna famoso em Hogwarts. O invejoso personagem e seus dois companheiros, Crabbe e Goyle, são os únicos na escola que possuem esta opinião sobre Harry, tentando menosprezá-lo. Como nesta parte: “É verdade? – perguntou.- Estão dizendo no trem que Harry Potter está nesta cabine. Então é você?” Logo em seguida, após um diálogo, ele diz novamente “Ah, você vai querer brigar com a gente?”. Podemos perceber que Draco acha que é superior a Harry, mesmo por suas magníficas e deslumbrantes atitudes, ele continua e persiste em sua opinião própria.

Este livro é uma obra muito emocionante e deslumbrante, especificamente no ponto da história  em que Harry se desfaz dessas algemas que o cercam, o prendendo e limitando-o de poder mostrar quem realmente é para todos, que seu nome não importa. Uma aventura que nos faz refletir sobre nós mesmos, uma espécie de espelho de nossas vidas, porém em uma vida na qual você no início não se encaixa, um mundo paralelo totalmente diferente. Com o decorrer da história, os atos dos personagens são mais explícitos causando, assim, a identificação do leitor com os personagens.

MONOMANIA

por Teresa Novis Rossi
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Vertigo (O corpo que cai)
Editora: Rocco
Autor: Thomas Narcejac e Pierre Boileau
188 páginas

 A obra “Vertigo”, de Thomas Narcejac e Pierre Boileau, se passa durante a segunda guerra mundial e  Flaviéres, um advogado preocupado, angustiado e acrofóbico, afastado do cargo de policial, é chamado para vigiar a esposa de um velho amigo de infância, Gévigne, que ele já não encontrava há muito tempo. Gévigne está aflito e desesperado, pois sua esposa, Madeleine, uma linda jovem, age de uma forma muito estranha e anormal, relacionada a sua Bisavó falecida. A moça está obcecada por sua antepassada, vestindo-se de tal forma e tendo tais hábitos que se assemelham aos de Pauline Lagerlac.

Em busca de explicações e vestígios, o detetive acaba se apaixonando perdidamente pela mulher. Este amor faz com que ele se aproxime e que possamos conhecer Madeleine, cada vez sabemos mais fatos.  E quando a esposa de seu amigo se joga nas águas do Sena e ele a salva, Flaviéres começa carregar o peso de sua amada em suas costas.

Tudo isso é contado de uma forma muito bem formada, com uma estrutura muito boa, aonde cada detalhe faz diferença, a cada momento descobrimos uma nova peça do quebra cabeça para o suspense. E o livro“Vertigo”,  por trás de tudo isso, fala sobre a obsessão, a angústia e o medo.

Anteriormente, o personagem é afastado do cargo de policial por não poder ajudar o seu amigo, que caiu de um prédio e morreu. Então, quando é novamente  impedido de salvar a vida de alguém por conta de sua acrofobia, quando Madeleine se joga do alto de uma igreja, se suicidando, ele fica nauseado. Flaviéres carrega a culpa por todo o resto de sua vida. Como nós, por mais que queremos, não conseguimos esquecer, e ao tentar esquecer, iremos lembrar e isso nos angustia, nos deixa preso em um pensamento. Essa identificação que temos com o personagem, conseguindo sentir o que ele sente, faz com que consigamos entrar no clima do mistério.

“Você nem mesmo se lembra daquela vez no museu do Louvre?”.  Flaviéres pergunta isso quando encontra uma atriz, Renée, que pensa ser sua bela e falecida Madeleine. Ele desacredita, então pergunta muitas coisas estranhas sobre seus passeios e memórias antigas construídas com sua amada.

A partir disto, o personagem não consegue se controlar, é impossível reter seus pensamentos. Ele fica nauseado, inconformado, e principalmente obcecado, se afogando em copos de whisky.

É muito interessante, pois o livro traz uma reflexão ao cotidiano, através do  personagem protagonista. Ele mostra como nós podemos ser obsessivos por algo e por alguém. Quando esquecemos que tem algo envolta de nós e apenas pensamos no que queremos.

Muitas coisas vão sendo descobertas na narrativa, cada vez sabemos mais sobre Pauline Lagerclac, Madeleine e Renée, porém sempre ficamos nos duvidando de quem são elas realmente, se são a mesma pessoa. Nenhuma explicação é feita sobre este aspecto, e isso é o que torna a trama excelente .

A obra é contada de um jeito surpreendente e envolvente. Não é possível esperar para depois, é impossível que a mão não vire a página. O leitor não se pergunta o que aconteceu, mas sim, o que vai acontecer.

CRÔNICAS DO ESQUECIMENTO

por Gustavo Liba Franco Barbosa
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Separados
Editora: Seguinte
Autor: Pauline Alphen
256 páginas

O livro “Separados”, segundo livro da série “Crônicas de Salicanda”, de Pauline Alphen, apresenta um mundo quase que medieval em que dois gêmeos, Jad e Claris, começam a desenterrar os mistérios do passado. Em uma noite chuvosa no aniversário dos gêmeos, um raio atinge o farol deixando Jad, o irmão de Claris, desaparecido e o pai dela morto, depois disso a gêmea vai tentar ajudar os feridos, mas no caminho de volta ela se perde  pelas passagens do castelo, que acabam dando em um sistema de cavernas escuras e labirínticas.

As cavernas simbolizam o trauma de Claris ao perder sua família, mas a ilha representa o processo de se recuperar, reconstruir, e melhorar depois de um evento traumático.

Enquanto a escuridão das cavernas, labirintos frios e rochosos, em que a desenhorentada menina se perdeu, depois daquela noite chuvosa que destruiu seu mundo. Ela começa a vagarosamente desabar em si mesma. Por não ter mais nada bom em que se sustentar, ela começa a esquecer tudo e todos e conforme seu mundo desaparecia nas profundezas daquele labirinto rochoso, que de certa forma a engolia, de que já não queria mais se livrar.  Começou a se sentir vazia e sem sentido enquanto ia para as profundezas daquele mundo escuro e desconhecido, que simboliza a frieza do destino. Mas nada mais fazia sentido para ela enquanto ia sucumbindo por dentro, nada era claro, nem mesmo palavras. “Eu não agradeci ao meu pai, não desejei feliz aniversário para meu irmão. Não agradeci ao meu pai, não desejei feliz aniversário para meu irmão. Não agradeci não desejei meu pai meu irmão irmão irmão’ Ela repetiu tantas vezes a mesma frase que não lembrava mais o sentido das palavras.” Como esse trecho mostra, Claris estava esquecendo de tudo para tentar se recuperar do trauma, virou um fantasma do que ela era, graças essa tentativa desesperada de esquecer como ela sempre fazia, mas isso só a machucou mais, porque como tudo desapareceu, a dor só ganhava mais espaço em meio aquele vazio.

Mas como para tudo há um contrapeso na vida, Claris acaba indo para uma incrível Ilha, onde o céu é diferente, onde o mar tem vida, e onde ela ganha um novo nome e junto com isso uma nova identidade. E no final, é essa identidade falsa que a faz lembrar quem ela é, como é dito no trecho: ”Meu nome é Claris! não Aran, é Claris! Claris de Salicanda!” Esse trecho mostra que a identidade dela só foi salva pela estadia na ilha. Como se ela se escondesse só para desabrochar depois, a ilha foi como um ritual de passagem, como ela entrasse uma pessoa e saísse uma uma outra, mais madura e com essas experiências da ilha que ela volta para casa determinada a achar o que tinha perdido.

O desamparo que Claris sentiu ao perder sua família está refletido no desamparo de não conseguir achar o caminho de volta, a frieza de perder sua família está refletida nas paredes duras e frias das cavernas, o vazio de perder tudo que conhecia está refletido na escuridão sem fim das cavernas, mas a esperança está refletida nos brilhosos três sóis da ilha, a sua determinação para voltar está refletida na floresta e sua gentileza e bondade estão refletidos nos habitantes da ilha. E isso faz o livro ser muito profundo, tanto como os mistérios de seu passado e tanto como os sentimentos que se sente ao ler e o significado do livro.

O MAL QUE PODE SER CONSIDERADO ALGO BOM?

Livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Editora: Rocco
Autor: J.K. Rowling
190 páginas

A obra “Harry Potter e a pedra filosofal”, da autora J.K Rowlings, é um livro de suspense, aventura e fantasia, que mostra a bruxaria como algo que pode ser bom, diferentemente do senso comum, que acha que a bruxaria é algo negativo ou maléfico. No livro, vários integrantes da sociedade de bruxos são pessoas boas e que fazem o bem.
Sendo o primeiro livro da saga de Harry Potter, publicado em 1997, mostra a bruxaria e o mundo dos bruxos como algo bom, onde, em uma escola no meio da floresta, um monte de crianças estudam para no futuro se tornarem bons bruxos, encarando novos desafios, aprendendo novos truques e ficando mais maduros.
Essa escola de bruxos é especial, tendo o nome Hogwarts e sendo composta por quatro casas, pois os alunos moram na escola enquanto estudam, voltando para a casa de seus pais ou familiares somente nas férias. Estas casas são: Gryffindor, Ravenclaw, Slytherin e Hufflepuff. Em Gryffindor há um bruxo especial chamado Harry Potter. Ele é um menino bem pequeno e órfão, pois seus pais morreram quando ele era bebê, tendo que enfrentar um dos maiores vilões desta escola e destes bruxos já no seu primeiro ano de escola. O vilão, chamado Voldemort, foi o responsável pela morte de seus pais. Neste primeiro livro, Voldemort busca uma pedra que está escondida em Hogwarts e que poderá deixá-lo mais forte e preparado para dominar o mundo dos bruxos.
Nesta obra, a bruxaria é mostrada como algo positivo, de pessoas boas e de bom coração. Pode-se usar como exemplo alguns dos personagens do livro, como o bruxo Hagrid, um gigante amigo de Harry Potter que mora numa pequena casa na floresta de Hogwarts.
“Hagrid secou o nariz com o dorso da mão e disse:
Ah, isso me lembra. Trouxe um presente para você.
Não é um sanduíche de carne de arminho, é?- perguntou Harry ansioso e, finalmente, Hagrid deu uma risadinha.
Não, Dumbledore me deu folga ontem para eu providenciar. Claro, devia mais é ter me demitido. Em todo o caso, trouxe isto para você…
Parecia ser um belo livro encadernado em couro. Harry abriu-o, curioso. Estava cheio de retratos de bruxos. De cada página, sorrindo e acenando para ele, estavam sua mãe e seu pai.
Mandei corujas para todos os velhos amigos de escola de seu pai e sua mãe, pedindo fotos… Eu sabia que você não tinha nenhuma… Gostou?
Harry nem conseguia falar, mas Hagrid compreendeu.” (pag. 259)
Neste trecho, Hagrid, um dos melhores amigos de Potter, consegue montar um álbum de fotografias para Harry, que fica emocionado. Vê-se que Hagrid, mesmo tendo uma aparência assustadora e sendo do mundo dos bruxos, possui grande pureza no coração, capaz de imensos sacrifícios para fazer feliz seu grande amigo Potter.
Por outro lado, os tios de Harry Potter, que não são bruxos, são extremamente malvados com ele, como se observa na passagem a seguir:
“Chegaram à estação de King’s Cross às 10:30h.Tio Valter jogou a mala de Harry num carrinho e empurrou-o até a estação para ele. Harry achou o gesto curiosamente bondoso até tio Valter parar diante das plataformas com um sorriso maldoso.
Bom, aqui estamos, moleque. Plataforma nove, plataforma dez. A sua plataforma devia estar aí no meio, mas parece que ainda não a construíram, não é mesmo?
Ele tinha razão, é claro. Havia um grande número nove de plástico no alto de uma plataforma e um grande número dez, no alto da plataforma seguinte, mas no meio, não havia nada.
Tenha um bom período letivo – disse tio Valter com um sorriso ainda mais maldoso. E foi-se embora sem dizer mais nada.
Harry se virou e viu o carro do Dursley partir. Os três estavam rindo.” (p. 82)
Para deixar mais claro que ser bruxo não é uma coisa tão ruim quanto parece, ao contrário do que pensam as pessoas que têm medo deles, neste livro a maioria dos bruxos são boas pessoas, ao contrário da família trouxa de Harry Potter (no livro trouxa quer dizer pessoas normais, não bruxos) que não gosta dele e o trata como um problema e um intruso.
O livro mostra que nós não precisamos ter medo do que é diferente, mas devemos entender e respeitar a diferença, pois nem sempre tudo será igual a você.
Portanto, se você conhece uma criança ou um adulto que não é fã de ler, este livro será uma boa escolha para uma criança conhecer as magias de um bruxo, ou um adulto que poderá entender informações um pouco mais aprofundadas como ver a bruxaria de algo diferente de que a criança vê.

O QUE TEM DE OCULTO NOS CONTOS DO LIVRO: TODO MUNDO QUER VER O MORTO

por Lorenzo Morariu Barboa
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Todo Mundo Quer Ver O morto
Editora: Patuá
Autor: Natália Zuccala
140 páginas

Natália Zuccala escreveu um livro chamado “Todo mundo quer ver o morto”, para a editora Patuá, com mini contos de 4 a 7 páginas, que alguns poderiam ensinar como prevenir o ser humano. Fora disso, o livro é muito bom, com contos que farão você pensar sobre eles, mas com sua vantagem, sempre terá desvantagens. Como: alguns contos são muito difíceis para um jovem. Este conto a seguir será um deles.

“Era só”, um dos contos mais para o meio da leitura deste livro, que fala sobre, muitas pessoas que se rodearam para ver o morto, aonde no final se explica que Era só algo diferente. Mas com essa informação, sabemos que a curiosidade do ser humano pode ser exagerada o suficiente para não enterrar o morto. E têm uma hora, quando a personagem que conta a história fala o seguinte: “Aí que o morto morreu de novo mesmo. No chão duplamente morrido e sem luto.”, A frase “Duplamente morrido”, afirma que era apenas uma pessoa dormindo ou desmaiada, mas aí depois de tanto tempo perdeu a graça, e descobriram que morreu de verdade o corpo no chão. Agora descobrimos que às milhares de pessoas que ficaram envolta do corpo não fizeram questão de verificar se estava vivo mesmo, e ficou por tanto tempo que morreu. A partir dessa ideia, consigo afirmar que a curiosidade humana é um de seus pecados mais perigosos quando a preguiça da procura de informações vai junto. Sendo assim, sabemos que o humano é curioso e preguiçoso, não ajudando, só vendo ou rindo. Mas dependendo da pessoa ela ajudará.

O conto chamado “Jaqueline” é um conto que fala de uma menina jovem falando para sua amiga ou objeto ou ser imaginário, o livro não afirma com quem ou o que ela está falando, que as esquinas são os lugares mágicos na rua. E explica que quase foi atropelada da primeira vez que tentou atravessar a rua, e que presenteou vários acidentes de carro, enquanto, “ficava” lá. Tem essa hora em que no começo da história ela fala que “da primeira vez quando minha mãe abriu a porta, saí correndo para ver o de fora, e fechou a porta atrás de mim”, significa que ela foi abandonada e gostou. Isso fala que os pais dela não queiram-na em suas vidas, e a transformou em uma mendiga muito jovem. Não sabemos quantos anos ela tem, enquanto conta a história, mas sabemos que faz um ano desde seu abandono. Na minha opinião, boa parte dos mendigos em São Paulo são pessoas abandonadas por suas famílias. Com isso, as doenças mentais podem ter causado tudo isso, e provavelmente foi esse o caso com a mãe dessa menina, que supostamente tem o nome de Jaqueline.

Esta resenha ficaria muito longa se estivessem todos os contos citados , mas vocês podem fazer o que eu fiz e encontrar outros significado nas histórias deste livro maravilhoso quando forem lê-lo.

ONDE HÁ VILÕES SEMPRE HAVERÁ HERÓIS

por Artur Almora da Silva Diaz
6ºB – Unid. Butantã

Livro: Coração de Aço
Editora: ALEPH
Autor: Brandon Sanderson
392 páginas

“Em uma cidade chamada Nova Chicago, eu estava com meu pai em um banco muito grande e cheio de decorações, quando  de repente chegou um èpico*¹, que estava matando muitas pessoas e inclusive um bebê na frente da mãe e de todo mundo que estava por ali. De repente apareceu um homem muito grande e forte voando em cima do teto destruído do banco. Todos estavam achando que ele era um super herói, e que iria nos salvar mas…”

O autor escolhe um menino para ser o narrador do livro, mas não sabemos o nome dele. Podemos perceber que o narrador é uma criança e como é um livro fantástico, ele, como qualquer outra, exagera na hora de contar a história, e por causa disso o leitor fica muito atraído pelo livro.

Coração de Aço é um vilão muito forte e perigoso, ele é capaz de tudo que quer, além disso, um assassino que mata pessoas inocentes e pessoas que os provocam. O pai do menino é uma das vítimas do vilão, que o provocou, enfrentando-o, assim o vilão ficou nervoso e acabou matando-o na frente do menino. Conforme o problema da cidade e dos cidadãos vai aumentando, Coração de Aço vai se apoderando e deixando mais medo às pessoas. As ações deste vilão deixam com que o leitor fique muito mais interessado no livro e sinta os sentimentos dos vilões e os inocentes que sofrem por causa  dos vilões.

O livro “Coração de Aço”, escrito por Brandon Sanderson, é uma história de ação e aventura. Ele escreve de uma forma que o leitor imagine em sua cabeça tudo que ele transmite, descrevendo o lugar muito bem detalhado e deixa o leitor atraído pelo livro.

Se você  for ler esse livro, lembre desta frase “Onde há vilões sempre haverá heróis”, pois estará lá quando chegar no final da história.

 

AMPLIANDO AS POSSIBILIDADES ÉTNICAS NOS CONTOS DE FADAS

Por Paula Lisboa

Já falamos um pouco aqui sobre a importância dos contos de fadas na formação leitora das nossas crianças. Como parte do universo dos contos de tradição popular, os contos de fadas estão presentes em todas as culturas, com variações a depender de seu país e cultura de origem.

Façamos aqui outra reflexão: para além das narrativas em si, quais são as referências étnicas e culturais trazidas pelo mundo encantado das histórias mais difundidas entre nós, cujos autores e compiladores são de origem européia? Basta uma rápida pesquisa no google para constatar:

Cinderela: sempre loira de olhos azuis / Rapunzel: loira de olhos verdes, às vezes com cabelo castanho claro / Cachinhos Dourados: loira de olhos azuis / Joãozinho e Maria: cabelos castanhos por vezes loiros, mas sempre de pele branca

Não é difícil imaginar que a representação de um universo exclusivamente branco possa afetar diretamente a autoestima das crianças não brancas, assim como limitar a formação de referências étnicas de todas as crianças. Isso se torna ainda mais preocupante em um país como o nosso, onde mais da metade da população é de pretos ou pardos (54% em 2015, segundo dados do IBGE).

Foi com esta preocupação que Ronaldo Simões Coelho e Cristina Agostinho criaram magistralmente estes recontos incríveis, ambientados nas diversas regiões do Brasil. Para completar, Walter Lara ilustrou de maneira belíssima as princesas, príncipes, bruxas, monstros e animais, partindo do nosso imaginário cultural.

Vale a pena conhecer e ler para as crianças toda a coleção, já preparados para os questionamentos que é bem provável que possam aparecer. É importante estarmos abertos para a reflexão, e se ficar sem respostas podemos também expor nossas dúvidas. Afinal de contas, há quanto tempo vemos as princesas sempre brancas e loiras, não é mesmo?

AGOSTINHO, Cristina; COELHO, Ronaldo Simões. Afra e os três lobos-guarás. Belo Horizonte: Mazza, 2013.

AGOSTINHO, Cristina; COELHO, Ronaldo Simões. Joãozinho e Maria. Belo Horizonte: Mazza, 2013.

AGOSTINHO, Cristina; COELHO, Ronaldo Simões. Rapunzel e o Quibungo. Belo Horizonte: Mazza, 2012.

AGOSTINHO, Cristina; COELHO, Ronaldo Simões. Cinderela e Chico Rei. Belo Horizonte: Mazza, 2015.

SACI-PERERÊ, O BASTIÃO DA CULTURA POPULAR BRASILEIRA

Por Fernanda de Lima Passamai Perez

Sabe aquele leite que sua mãe diz azedou mesmo estando na validade e dentro da geladeira? O quarto que você deixou arrumado de e, de repente, tá todo revirado? E a lição de casa? Na hora de entregar à professora você percebe que o texto que você levou horas redigindo não existe mais. Sumiu! E o livro da biblioteca.  Você tem certeza, jura de pé junto, que o devolveu, pois não o encontra em casa, mas a bibliotecária insiste que não.

Pois é, mesmo que você não acredite. Mesmo que você more na cidade.  Cuidado, você pode ter sido mais uma vítima do Saci. Sim, do Saci-Pererê. Só pode ser! Preste atenção! Você já notou quando mal a noite cai, do nada um assobio forte, inumano, chega aos seus ouvidos. Pode ter certeza, é o dito cujo saindo do esconderijo e começando suas travessuras.

Ainda não está convencido? Então é melhor você ler O Saci-Pererê: o resultado de inquérito.

A ideia de tal investigação veio a Monteiro Lobato quando escrevia a coluna “Mitologia brasílica” para a edição matutina do jornal O Estado de São Paulo e “a angústia do gás asfixiante e a selvageria dos modos civilizados de matar em grande” advinda das notícias sobre a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) o incomodavam profundamente. As diabruras do maroto desviou sua atenção “para quadro mais ameno que trucidar povos”. (Anos mais tarde o autor retomaria o tema no imperdível e, ainda atual, A chave do tamanho (1942) quando através da boneca Emília tenta desligar a chave da guerra no auge da 2º Guerra Mundial).

A partir de 1917, Monteiro Lobato começou o levantamento de dados focado no mito tupi-guarani na região de fronteira do Brasil e Paraguai, chamado de Çaa cy perereg – olho mau saltitante. Nas relatos mais antigos, o maroto possuía características demoníacas como rabo, chifres e cheiro de enxofre, porém ao longo do tempo, ganhou pito, gorro vermelho e teve a tonalidade de sua pele alterada.

Os relatos vieram de vários lugares do Brasil, alguns anônimos, e contribuíram para que o criador de mundo mítico do Sítio do Pica-pau Amarelo reunisse em o que podemos chamar de Documento, histórias que resgatam a cultura popular e ainda são capazes de nos causar arrepios e divertir.

Hoje, 31 de outubro comemora-se o Dia do Saci-Pererê. Tenho que certeza de que você ou alguém que você conhece tem uma história na ponta da língua para contar.

LOBATO, Monteiro. O Saci-Pererê, resultado de um inquérito. São Paulo: Globo, 2008.

DIÁRIO DE BLUMKA

por Lucas Meirelles

“Literalmente, acabou de chegar!” 🙂

“Diário de Blumka”, lançamento da autora Iwona Chmielewska, traz uma adaptação do diário da menina Blumka que, junto de outras 200 crianças viveu sob os cuidados de Janusz Korczak (1878-1942). As ilustrações são de uma delicadeza e uma sofisticação muito grandes. Tantos detalhes e tanta simplicidade. A poesia perpassa as palavras e as imagens.

Korczak, dentre outras tantas profissões/ vocações, foi pedagogo e teórico de educação e dirigiu um orfanato (descrito no livro). Lá as crianças tinham tamanha autonomia que um tribunal onde as decisões eram tomadas pelas próprias crianças foi criado. Pela leitura do texto a paixão pela educação e, principalmente, pelas crianças vai aumentando.

CHMIELEWSKA, Iwona. Diário de Blumka. São Paulo: Pulo do Gato, 2017. 70 p. ISBN 9788564974807

DRUFS E O LIVRO DA FAMÍLIA

Por Paula Lisboa

Os 3ºs anos do Ensino Fundamental realizam um elaborado projeto chamado “Livro da Família”.

O projeto tem uma série de etapas que envolvem tanto conteúdos de Ciências Sociais – Memória e História: quem somos nós? – quanto de Práticas de Linguagem – produção de história de infância e a produção final de um livro individual contando a sua própria história.

Falar em família é também pensar em diversidade. Afinal, o leque de opções para a formação familiar é amplo e envolve aceitar diferenças relativas a diversos aspectos: número de pessoas, pais separados ou juntos, casados de novo ou solteiros, crianças que perderam um dos pais, que moram com avós, que são adotivas, que são filhos de relações homoafetivas, pais ou mães que viajam muito ou moram fora, pais ou mães que criam seus filhos sozinhos…

Para contribuir com a reflexão, convidamos os alunos para vir à biblioteca ouvir a leitura de uma história da brilhante autora e ilustradora Eva Furnari. Em DRUFS, seu último livro lançado em 2016, Eva apresenta “certas coisinhas interessantes (ou desinteressantes) que os alunos da professora Rubi escreveram sobre suas próprias famílias” – mais ou menos o que nossas crianças estão fazendo.

Durante a leitura os alunos se mantiveram bastante envolvidos e levantaram questões importantes de serem ouvidas, acolhidas e esclarecidas.

– Ah, já sei, ela deve ser filha adotiva!

– Ah essa família é igual na minha casa: cada um tem um pai, mas todos têm a mesma mãe.

– Coitado, o pai dele morreu…

– Eles são muito engraçados!!

– Mas ela tem dois pais mesmo ou um deles é o padrasto?

– Eu também, sou a única diferente da minha família, todo mundo é parecido, só eu que não!

– Eu percebi que cada família é diferente e também que cada um tem o seu jeito de apresentar a sua família…

E eu, mais uma vez, percebi que as histórias são um poderoso meio para provocar reflexão, se colocar no lugar do outro e trazer questões pessoais à tona. =)

FURNARI, Eva. Drufs. São Paulo: Moderna, 2016.